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segunda-feira, 21 de outubro de 2019

O LADO MAIS CRUEL DAS MANCHAS DE ÓLEO NAS PRAIAS DO NORDESTE NÃO É SÓ A PERDA NOS NEGÓCIOS DO TURISMO

Perita em danos ambientais por vazamento de óleo alerta a população e  a mídia: por que não acionaram imagens de satélites já nas primeiras manchas de óleo?




Especialista alerta que as manchas de óleo estão virando uma tragédia ambiental e que não deveria ser assim





“Estamos sendo feitos de tolos”, diz com revolta diante dos erros nessa situação a cientista Yara Schaeffer Novelli, doutora e professora senior na Universidade de São Paulo (USP) sobre mais esse desastre ambiental no Brasil. Agradecemos um link de informação que nos enviou nesta pauta Gregório Bacic, produtor cultural  e homem de TV em São Paulo. A seguir, aqui no blog da ecologia e da cidadania Folha Verde News um resumo de toda essa situação crítica, em matérias como de Raíssa Ebrafim (Marco Zero) e de Gisele Maia (DCM, site Diário do Centro do Mundo), além destas e outras matérias questionam o lado da saúde pública, também consultamos o tal de bom senso, algo que anda em falta no país. Confira a seguir, OK? 




 Já passou da hora de se buscar solução para este e outros problemas ambientais do país





A revolta consciente de Yara Schaeffer Novelli, doutora da USP e especialista em desastres no meio ambiente, dá o tom nesse que é o maior acidente ambiental do Nordeste. Ela foi a primeira perita judicial da primeira ação civil pública movida no Brasil por danos ambientais, em 1983, num rompimento de oleoduto da Petrobras na Baixada Santista. Naquela época, o Brasil tinha recém-publicado e regulamentado a Lei 6938, de 1981, da Política Nacional do Meio Ambiente. Desde então, leis, normas, protocolos, planos nacionais e experiências foram sendo acumulados.Marcos legais não faltam, mas eles não estão sendo cumpridos. Esta é a questão, que precisamos enfocar por todos os ângulos. O descaso e o silêncio ou até o desgoverno do governo federal neste setor são preocupantes. Por exemplo, diante disso, a Marco Zero Conteúdo conversou por quase 1h  com a cientista Drª Yara Novelli, considerada umas das maiores conhecedoras do assunto no país e sócia-fundadora do Instituto Bioma Brasil: “Nós (o Brasil) começamos com o pé errado. Mas, com todo esse tempo – as primeiras manchas de óleo apareceram em 30 de agosto –, para mim foi intencional não se envolver pessoas e grupos que poderiam definitivamente ter colaborado. Teríamos tudo para ter agido de forma organizada, legal e dentro das normas desde o primeiro momento em que se avistou óleo chegando às praias. Os satélites funcionam. E não precisa de muito, está tudo aí no Google”, avalia esta autora de mais de 100 artigos científicos, que ajudou a organizar mais de 40 livros e pesquisas. 



(Confira depois na seção de comentários deste blog, mais detalhes, mais informações, mais dados, no vídeo hoje aqui a gente abrirá em seguida espaço para a visão do Greenpeace sobre estes fatos)




Prejuízos ao turismo, à saúde, à biodiversidade, à ecologia do meio ambiente


A Lei 9.966, de 2000, estabelece o que deve ser feito em termos de prevenção, controle e fiscalização de poluição causada por lançamento de óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em águas sob jurisdição nacional. São os princípios básicos a serem seguidos por todos os tipos de embarcações, portos, plataformas e instalações, nacionais ou estrangeiros, que estejam em águas brasileiras. Este é o ponto central desta situação crítica e limite. 






A maior especialista do país em danos ambientais está zangada e não é para menos, Yara Schaeffer Novelli, professora doutora da Universidade de São Paulo (USP), vem acompanhando estarrecida as notícias sobre o derramamento de óleo no litoral do nordeste, por motivos diferentes dos da maioria de nós. Segundo suas recentes declarações à jornalista Gisele Maia (DCM)nenhum dos diversos recursos disponíveis no Brasil, técnicos, legais e humanos, foram acionados da maneira que se exigiria em um desastre de tal proporções. Drª Novelli assegura que o Brasil conta com os melhores cientistas para lidar com a situação, técnicos preparados em órgãos governamentais estratégicos, satélites de alta precisão e uma série de leis, há tempos formuladas, que explicitam o be-a-bá do que deve ser feito em um momento assim. A lei e esta estrutura mostram tim tim por tim tim as ações a serem tomadas  quanto à prevenção, controle e fiscalização de poluição causada por derramamento de óleo e outras substâncias em águas brasileiras. Além de todas essas instruções contidas na Lei 9.966, Novelli explica que o Brasil dispõe, ainda, das chamadas Cartas SAO (Cartas de Sensibilidade Ambiental a Derramamentos de Óleo), que orientam o mapeamento: "Estas cartas identificam a sensibilidade ambiental que deve ser protegida, os recursos biológicos sensíveis ao óleo. Está tudo lá, cheio de figurinhas, mapa, bichos, atividades socioeconômicas que podem vir a ser prejudicadas”, orienta a Drª Yara Schaeffer Novelli, 




“Começo a desconfiar que existe algo mais ou uma ordem superior para que alguns técnicos não se manifestem. Essa mudez total, esse silêncio, só podem ser orquestrados. O Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) se calou, mas eles têm oceanógrafos físicos e pessoal especializado em estudo de imagens de satélite de primeira qualidade. Como alguém vê as manchas chegarem às praias e não aciona as imagens dos satélites? Elas dizem onde as manchas estavam ontem, onde estavam antes de ontem. Se alguém foi impedido de divulgar, isso é muito sério”, questionou a cientista da USP. 




Até times de futebol protestam contra as manchas...

O povo tem boa vontade mas a solução é técnica, existe e precisa ser acionada, dizem pesquisadores


Fontes:  DCM - Green Me - Marco Zero - Viomundo

                folhaverdenews.blogspot.com

8 comentários:

  1. Mais tarde, aqui nesta seção, mais detalhes, mais dados e informações, também opiniões e mensagens, venha conferir depois.

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  2. Você pode postar direto aqui a sua opinião ou notícia sobre estas manchas de óleo, nos mande sua charge ou foto ou vídeo, pode desde já então nos enviar pro e-mail do nosso editor padinhafranca603@gmail.com (mais tarde estaremos postando por aqui).

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  3. "Creio que a grande mídia deveria discutir mais profundamente esta questão das manchas de óleo, esta crítica desta cientista da USP precisa ser ouvida": comentário de Neusa Ferreira da Silva Salles, do Rio de Janeiro, que se prepara para estudar Oceanografia.

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  4. "A Lei 9.966, de 2000 estabelece as ações a serem tomadas quanto à prevenção, controle e fiscalização de poluição causada por derramamento de óleo e outras substâncias em águas brasileiras. Ela abrange princípios básicos para todos os tipos de embarcações, portos, plataformas e instalações, nacionais ou estrangeiros, em águas brasileiras. Descreve também as providências a serem tomadas a partir dos primeiros registros de aparições de óleo, incluindo o método para a classificação, prevenção e transporte das substâncias. A legislação explicita, também, de quem é a responsabilidade no mapeamento das áreas ecologicamente sensíveis, visando protegê-las": comentário extraído da mate´ria do site DCM, Diário do Centro do Mundo.

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  5. "Além da Lei 9.966, as Cartas SAO identificam a sensibilidade ambiental que deve ser protegida, os recursos biológicos sensíveis ao óleo. Está tudo lá, cheio de figurinhas, mapa, bichos, atividades socioeconômicas que podem vir a ser prejudicadas”: comentário de Yara Schaeffer Novelli, doutora e professora senior na Universidade de São Paulo (USP) sobre mais esse desastre ambiental no Brasil, no site Viomundo.


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  6. "Não foram tomadas nem mesmo medidas muito simples e baratas, como colocar palha de coqueiro nas praias para absorver o óleo. Quanto aos recursos humanos e tecnológicos, a crítica ao governo federal e ao Ministério do Meio Ambiente é não só pela ignorância e morosidade na atuação, mas também no caso questionando as causas do silêncio de técnicos que são preparados para agir adequadamente em uma situação assim.
    á possível que não fizeram nada disso? Eu, uma idosa de 76 anos, fico sabendo disso e o seu ministro do Meio Ambiente não sabe? Por que ele não perguntou aos técnicos do ministério, Ibama, ICMBio, que são competentes? E isso eu afirmo e assino embaixo” […] “Estou realmente abismada e aborrecida. Estamos passando para os brasileiros, que ouvem essas notícias há mais de um mês, que a gente paga aos pesquisadores que não sabem dizer nada. Não posso ver uma coisa dessas e não reagir. Temos obrigação legal e cidadã de tentar contribuir e colaborar. Fomos financiados a vida inteira pra fazer uma devolutiva para sociedade”: comentário também da cientista Drª Yara Schaeffer Novelli, da USP, no site Marco Zero.

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  7. "A própria Lei 9.966 mostra desde o que deve ser feito quando se registram as primeiras aparições de óleo, como classificar, controlar, prevenir e transportar as substâncias, incluindo marcos legais de infrações e punições, além de elencar quem são os responsáveis pelo cumprimento. A legislação está em vigor porém, não está sendo cumprida": comentário extraído do site Green Me.

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  8. "Hoje jogam Bahia X Ceará pelo Campeonato Brasileiro na Fonte Nova em Salvador, o jogo será mostrado pela TV para todo o país e o time baiano vai usar camisas com manchas de óleo bem visíveis para protestar contra a poluição das praias do nordeste, o povo colabora, voluntários tem ajudar, mas chegou num ponto que é preciso uma solução real, o problema está é aumentando": comentário de João Pedro Gomes, torcedor do Ceará, que está em Salvador para acompanhar o jogo: "Muita gente nem está indo à praia por causa das manchas, até pode contaminar peixes e prejudicar a saúde das pessoas",

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