Elis e Eu: lançado o livro de João Marcello Bôscoli
sobre a grande Elis Regina que sempre estará viva entre nós no amor e na cultura do Brasil de
verdade
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Boa noite para sempre, meu filho |
Ao relembrar o período em que conviveu com sua mãe, o produtor musical João Marcelo Bôscoli escreveu um relato superemocionante de memórias que de sua vida pessoal invade a história cultural deste país: a seguir um resumo do seu livro, da matéria no site e revista Veja ou o que ainda está vivo no coração do Brasil sobre esta cantora e líder cultural que a gente resgata com amor. É assim que abre esta postagem o editor deste blog Folha Verde News, o ecologista Antônio de Pádua Padinha que teve poucos e intensos contatos pessoais com ela, quando por meio de seu produtor Cláudio Petráglia (TV Bandeirantes) preparava um novo show e trabalho que se chamaria fElis. Mas ela se mandou antes pro lado de lá do show da vida, que continua.
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João Marcello Bôscoli, filho e autor |
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A cantora por ocasião do projeto fElis |
A reportagem de João Batista Júnior da Veja é dramática: "Horas após receber o rotineiro beijo de boa noite de sua mãe, o garoto de 11 anos
acorda com ruídos vindos da suíte ao lado: um entra e sai frenético no banheiro
e diálogos entrecortados de inalações rápidas. Foi um choque perceber pela
primeira vez o consumo de drogas dentro do apartamento e, se não bastasse, com
a participação da mãe. Ao revisitar suas memórias
sobre essa festinha, ocorrida alguns dias antes da tragédia que abalaria o
país, João Marcello Bôscoli revela que teve o ímpeto de
interromper a balada, mas lhe faltou coragem: “Se eu tivesse ido lá, o destino
seria outro?”, questiona no capítulo inicial de seu livro, Elis e Eu (Editora
Planeta), que acaba de ser lançado. O destino ao qual João se refere, o país
todo conhece: no dia 19 de janeiro de 1982, divulgada pela mídia como causa uma overdose, a morte da maior cantora da MPB devido a um choque anafilático causado pelo uso de
cocaína misturada ao vermute Cinzano, segundo relato policial. O garoto Marcello ainda viu a mãe sair com um fiapo
de vida de casa, balbuciando palavras desconexas e carregada para o hospital
pelo namorado Samuel Mac Dowell, para alguns, suspeito do que veio a acontecer neste final de um drama que abalou o Brasil.
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Para sempre maravilhosa Elis Regina |
(Confira depois mais tarde na seção de comentários aqui neste blog da gente mais informações, opiniões, mensagens e no vídeo já nesta webpágina do movimento ecológico, científico, de cidadania e da não violência um vídeo que resgata um pouco do genial valor de Elis Regina para a música e para toda uma nação)
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São Paulo visto da janela da casa de Elis na Serra da Cantareira de onde ela partiu |
Produtor
musical e empresário, João Marcello é o mais velho dos três filhos da artista
(seus irmãos são o produtor cultural e cantor Pedro Mariano e a cantora Maria Rita), sendo o Marcelo o primeiro deles a
produzir uma obra mais explícita sobre a mãe. Hoje com 49 anos e pai de dois filhos, Arthur,
8, e André, 3, a quem dedica Elis e Eu, o autor usou as próprias
memórias como matéria-prima, sem objetivar fazer uma nova biografia sobre
a cantora que todo mundo conhece. O livro são recordações de quem cresceu no carinho da mãe, que não vacilava em dar ao filho duros castigos a cada
travessura, vendo de perto o incomum universo em torno de uma estrela do
quilate de Elis. João Marcello foi testemunha privilegiada de cenas como
ensaios na garagem de casa conduzidos por Cesar Camargo Mariano, o pianista que
foi o segundo marido da artista, com quem ela realizou seus melhores trabalhos,
e encontros nos Estados Unidos para a gravação do antológico álbum Elis
& Tom, em 1974. Marcello relata nesta ocasião sua escapada com a mãe para a Disney. Até hoje
ele fica com lágrimas nos olhos ao recordar a primeira vez em que entrou, depois
da morte de Elis, no quarto dos irmãos (Pedro tinha 6 anos e Maria Rita, 4). "Mas todos eles desta família abençoada moram hoje em paz no coração de uma nação que Elis Regina conseguiu ajudar a democratizar com as suas canções depois duma Ditadura brava que na minha opinião foi quem matou esta extraordinária pessoa, ao mesmo tempo gaúcha por ser intensa e humana por estar sempre entre a luta e a poesia", comenta aqui Padinha, editor deste blog de ecologia:..."Entre a guerra e a paz".
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Entre a luta e a poesia |
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Pedro Mariano hoje nos States |
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Maria Rita da Elis e do Brasil |
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Em 1967 |
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Nos dramáticos anos 70 |
Livro de 200 páginas Elis e Eu, de João Marcello Bôscoli, editora Planeta é a nossa pauta eco e cultural aqui e agora
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O amigo dela na casa que foi de Elis |
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Casa de Bôscoli e Elis no Rio |
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Elis Regina... |
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...do sul, do norte, do leste... |
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...do oeste, daqui e de lá... |
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...de muito longe e daqui mesmo |
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Seu companheirão e parceiro César Camargo Mariano, um músico de muito talento ao piano |
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O livro |
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Ela |
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"Elis e Eu - 11 anos, 6 meses e 19 dias com minha mãe" |
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Com Tom Jobim... |
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...Jair Rodrigues... |
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...Milton Nascimento... |
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...Gonzaguinha... |
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"Tiro ao Álvaro" com Adoniran Barbosa |
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Fotos na Band |
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(fElis) |
Fontes: veja.abril.com.br - google.com.br - Band News
folhaverdenews.blogspot.com
Depois, mais tarde, a edição dos comentários, venha conferir.
ResponderExcluirVocê pode postar direto aqui a sua opinião, mensagem, notícia, se preferir envie seu conteúdo como texto, fotos, vídeos, pro e-mail do editor deste blog que aí mais tarde postamos aqui, mande para padinhafranca603@gmail.com
ResponderExcluir"Elis Regina foi com certeza a maior cantora da MPB e mais, uma líder da juventude dos anos 60, 70 ou 80 indo à luta pela liberdade do país e pela paz na vida": comentário de Antônio de Pádua Silva Padinha, ecologista e editor deste blog.
ResponderExcluir"Creio que uma biografia de Elis, que não é a proposta deste liuvro do seu filho Marcello Bôscoli, um livro biográfico dela vai ter que contar várias fases da própria música brasileira, ela e Tom, Jair Rodrigues e ela, mais tarde, Milton Nascimento e Minas, depois ainda, Belchior, enfim, são muitos momentos e personagens": comentário de Rogério Nunes, do Rio de Janeiro, compositor e músico da noite.
ResponderExcluir"Aqui, aí, lá, seja onde for a gente pode ser feliz": esta é a mensagem que teria sido enviada pela própria Elis Regina, segundo um Medium, que usa o pseudônimo de Frank e que atua como radialista na vida normal.
ResponderExcluir"Além das memórias do luto, o livro tem outro eixo emocional, bem mais leve, composto de cenas da intimidade familiar. João descobriu que a mãe era famosa quando estavam em uma feira de rua e ele notou o burburinho em torno dela. Também há o pânico de músicos pelo sumiço do então filho único durante as gravações de Elis & Tom. A cantora, desesperada, pôs toda a equipe para descobrir seu paradeiro. Quando já estavam na rua, veio o alívio geral: João dormia dentro do bumbo de bateria": comentário de João Batista Jr., jornalista, em sua matéria sobre o livro "Elis e Eu".
ResponderExcluir"De Vera
ResponderExcluirO que foi feito, amigo,
De tudo que a gente sonhou
O que foi feito da vida,
O que foi feito do amor
Quisera encontrar aquele verso menino
Que escrevi há tantos anos atrás
Falo assim sem saudade,
Falo assim por saber
Se muito vale o já feito,
Mais vale o que será
Mais vale o que será
E o que foi feito é preciso
Conhecer para melhor prosseguir
Falo assim sem tristeza,
Falo por acreditar
Que é cobrando o que fomos
Que nós iremos crescer
Nós iremos crescer,
Outros outubros virão
Outras manhãs, plenas de sol e de luz
Alertem todos alarmas
Que o homem que eu era voltou
A tribo toda reunida,
Ração dividida ao sol
E nossa vera cruz,
Quando o descanso era luta pelo pão
E aventura sem par
Quando o cansaço era rio
E rio qualquer dava pé
E a cabeça rolava num gira-girar de amor
E até mesmo a fé não era cega nem nada
Era só nuvem no céu e raiz
Hoje essa vida só cabe
Na palma da minha paixão
Devera nunca se acabe,
Abelha fazendo o seu mel
No canto que criei,
Nem vá dormir como pedra e esquecer
O que foi feito de nós": letra da música gravada em 1978 por Elis Regina e Milton Nascimento, clip está no Facebook em posta de chamada desta matéria.
"O pai de João era Ronaldo Bôscoli, jornalista, compositor de valor e produtor, morto em 1994. O autor do livro "Elis e Eu" João nasceu no Rio, em 1970. Ouviu músicas em casa desde sempre e, aos 11 anos, fez sua estreia como instrumentista tocando bateria e cantando no álbum Comissão de Frente. Fez parte de grupos que vieram depois e participou de festivais colegiais também como compositor. Sua primeira aparição à frente de um programa foi em 1994, quando comandou o Cia da Música, tocando ao vivo as músicas de seus convidados": comentário extraído do jornal e site de BH O Tempo, sobre João Marcello Bôscoli, fundador também da gravadora Trama, matéria que nos foi enviada por Clarice Portho, da UFMG, Belo Horizonte (MG).
ResponderExcluir"Foram mais de 30 anos de atividade musical, mais porque Elis começou a cantar de criança, ainda em Porto Alegre, então, são muitos os seus parceiros, mas a gente não pode se esquecer de caras como Walter Silva (O Picapau), João Bosco, Aldir Blanc, Vitos martins, letrista que é de Igarapava, uma pequena cidade aqui perto. Eu pessoalmente elejo O Bêbado E O Equilibrista como a música mais significativa de toda essa parada": comentário de Marina Santos, pesquisadores, que fez História na Unesp em Franca (SP).
ResponderExcluir"Em sua voz, "O Bêbado e o Equilibrista" foi uma espécie de hino da abertura política. Nesse ponto, a historiadora Rafaela Lunardi e a autora da biografia "Furacão Elis", Regina Echeverria, divergem. "A Elis relembrada hoje é a Elis do final de sua vida e carreira, uma artista ligada às questões sociopolíticas de seu tempo, a Elis que atuou artisticamente na oposição ao regime militar", afirma Rafaela Lunardi": comentário extraído de debate em IG, Último Segundo.
ResponderExcluir"Entro aqui para lembrar de Naum Alves de Souza que fez cenários e figurinos para o show de Elis no Teatro Bandeirantes Falso Brilhante, um marco no trabalho dela, à esta época com muita amizade com Cláudio Petráglia, que além de diretor da Rede Bandeirantes era pianista. Naum vieo duma cidade pequena do interior, deu aulas na Eca da USP depois por ser um perito, criou um grupo teatral coletivo Pod Minoga, esteve nos bastidores de sucessos na TV como Vila Sésamo, escreveu roteiros, dirigiu séries, enfim, um talento monstro como Elis Regina definiu e deixou gravado nos estúdios do Walter Silva, o Picapau. Pena que muitos desse povo já se foram": comentário de Juju Manga, ator de teatro que hoje virou Hare Krishna e mora em comunidade no Vale do Ribeira (SP).
ResponderExcluir"Curti na postagem a foto de Renato Teixeira nas casa que era de Elis, na Serra da Cantareira, acho que a matéria foi na EPTV da Globo. Renato Teixeira e seu irmão Roberto Oliveira foram dois grandes amigos dela, Roberto era umexcelente homem de TV, não sei onde anda, fez especiais com Milton Nascimento também, na Band": comentário de Ivo Júnior, ator e cineasta, de João Pessoa, que passou por São Paulo e informa ter achado esta matéria pesquisando Elis Regina no Google.
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