O Beija-Flor por exemplo é importante também por ser um predador do mosquito Aedes e o detalhe é que a maioria das espécies de pássaros são insetívoros
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Beija-flores vão além da beleza e polinização |
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Hoje o Aedes é um inimigo da saúde pública |
Por ter metabolismo acelerado, esses
pássaros precisam de outro alimento além do néctar, como proteínas encontradas
em insetos, nos informa matéria feita por Renata Nagashima e Verônica Holanda no site do Correio Braziliense, entrevistando antes desse boom do Aedes e da Dengue, o pesquisador e ecologista Marcos Woortman. Quem vê o Beija-flor com toda sua elegância entre as flores não imagina
que, além de beleza, esse pequeno animal também tem um papel importante na
natureza e, acima de tudo, no cenário que estamos enfrentando. Esse passarinho,
além de deixar o jardim mais bonito ajuda, também, a combater alguns vilões,
como o Aedes Aegypti, mosquito que hioje apavora a saúde pública em todo o pais transmitindo doenças como a dengue, zika,
chikungunya e febre amarela. Não é só o Beija-flor e a recuperação da ecologia nas cidades inclui um aumento da população de pássaros, algo que influi positivamente na qualidade de vida urbana.
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Também por serem predadores de insetos e mosquitos população de passarinhos precisa ser incentivada e aumentar nas cidades |
Para muita gente, os beija-flores só se alimentam de néctar. Porém, por
ter um metabolismo muito acelerado, a ave precisa de outras proteínas que são encontradas nos insetos. O pássaro come em média 2 mil mosquitos por dia, se
tornando assim, um fator importante para o combate de mosquitos. Uma incógnita poderia ser como atrair uma quantidade considerável de Beija-flores para
obter um resultado eficaz. Foi a partir da observação de uma série de problemas no ecossistema de
grandes cidades pelo mundo que o administrador regional do Lago Norte em Brasília (DF), Marcos
Woortman, criou o projeto Rua Florida, no Viveiro do Lago Norte, com propósito
de doar mudas e educar a comunidade a plantar tipos de vegetações que atraem Beija-flores e outras aves. A grande verdade é que, a partir do momento que a gente tem um
equilíbrio nas cidades, deixamos de ter uma série de problemas, entre eles
surtos de doenças transmitidas por mosquitos, comentou o ecologista Woortman.
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Maioria da espécies de aves brasdileiras são insetívoras |
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Proteger, alimentar e incentivar aves na vida urbana é bom também para a saúde humana |
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A cada revoada pássaros eliminam muitos insetos e mosquistos |
Marcos Woortman recorda que sempre se interessou por Beija-flores, desde
pequeno observava e estudava os benefícios da ave para o ecossistema. Então,
nos últimos quatro anos, ele fez questão de conhecer muitos exemplos em
diversas cidades que têm trabalhado arduamente para reequilibrar o ecossistema: "A gente tem que pensar na cidade como um ecossistema. As pessoas pensam na
cidade, geralmente, como uma exceção, mas ela é um ecossistema muito
importante e ela pode estar equilibrada ou não, eu prefiro ajudar a
equilibrá-la, fazendo o meio urbano mais integrado à natureza".
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Além do Beija-Flor destacamos aqui o Bentivi |
Prevenção - Cientista político, especialista em participação social e
sustentabilidade, Marcos Woortman trouxe então os conhecimentos adquiridos fora e os aplicou no
Lago Norte. Ele ressaltou que a cidade é subtropical e foi muito devastada.
Assim, animais predadores de mosquitos perdem seu refúgio, por isso, é preciso
reconstruir esse habitat. Apesar de o perigo ser de conhecimento público, ainda há muitas calhas,
piscinas descobertas e poças de água que contribuem para a proliferação de
mosquitos, para acabar com este problema, uma boa saída também, é preciso incentivar a criação de
locais para os predadores. A partir dessa necessidade, voluntários do Viveiro
do Lago Norte decidiram juntar o projeto Jardim dos Polinizadores e o da Rua Florida, ambos no viveiro da península, para ensinar a comunidade sobre as
plantas que atraem passarinhjos como os Beija-flores.
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Pássaros fundamentais para a natureza e também para as cidades virem a ser sustentáveis |
Desde 2018 o projeto auxilia a comunidade local sobre as plantas que mais
atraem Beija-flores e cerca de 30 espécies delas estão disponíveis para doação, sendo
que cada pessoa pode levar até cinco mudas para casa. A professora de canto e agrônoma Ana Maria Castro Borges, 56 anos, é
proprietária de uma chácara na colônia agrícola Alto do Urubu e conta que
conheceu o projeto há cerca de dois anos, por meio da administração do Lago
Norte. Desde então, ela visita o viveiro com frequência para receber as mais
diversas mudas: "Eu gosto de plantas, isso traz diversidade imensa. E o viveiro vem facilitando isso para todos nós, pois tem uma variedade muito grande de mudas e é
acessível".
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Marcos Woortman, acima de tudo ecologista |
Esta agrônoma carioca que vive no DF afirma que, depois que começou a plantar as mudas
disponibilizadas pelo viveiro, notou mais cores no jardim: "Não prestei muita
atenção se realmente tem menos mosquitos aqui, mas com certeza tem mais Beija-flores e está mais bonito, só isso já vale". Ana Maria diz, ainda, que o viveiro é importante por incentivar também
pessoas, como a aposentada Elenice dos Santos, 75 anos, que não tinha costume
de plantar, a florir a cidade. Elenice por sua vez conta que sempre gostou de jardinagem e procurava plantar
algumas espécies de plantas floríferas no quintal de casa. Mas, quando ganhou
de presente da filha, de 27 anos, cinco mudas do Viveiro do Lago Norte, ela
começou a gostar da atividade e passou a plantar também no condomínio onde
mora, no Park Way. "Ela me falou do trabalho que faziam no viveiro e me
entregou as mudas. Como eu não tenho muito espaço em casa, plantei pelo
condomínio, e quando começaram a florar, choveu de Beija-flor e outras aves por aqui". Esta paraibana afirma que notou redução de insetos e confessa gostar da
companhia das pequenas aves: "É uma alegria muito grande eu sair no quintal e
ver tanta cor, tanta vida. Até o ar parece estar melhor. Tem dias que fico
horas observando os Beija-flores", comemorou ela, que pretende continuar visitando o
viveiro para aumentar a diversidade de plantas na região de sua casa.
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Ele além de pesquisador é um líder do movimento ecológico e de cidadania na região de Brasília |
"Parece algo simples e até improvável, mas os institutos de pesquisa de biologia e saúde pública deveriam pesquisar esta alternativa com a maior urgência, divulgar mais a força da natureza nas cidades", comenta aqui ao resumir agora esta reportagem o editor deste blog Folha Verde News, ecologista Antônio de Pádua Silva Padinha.
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E então viva o Beija-Flor (e todos passarinhos) |
Fontes: Correio Braziliense – folhaverdenews.blogspot.com