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sábado, 19 de outubro de 2019

RESGATE DO MOVIMENTO DA JUVENTUDE DOS ANOS 60/70/80 QUE MUDOU O BRASIL E O MUNDO: CIDADANIA DA LIBERDADE E DA PAZ

Nesta época nasceu um novo modo de viver, de sonhar (e até de morrer por overdose): o que importava era o jovem fazer uma revolução a bem do ser humano ou em nome da liberdade (no caso de nosso país era um tempo de Ditadura Militar que durou de 1964 a 1986) aqui agora rediscutimos um pouco de tudo isso, confira a seguir neste rascunho que que virá a ser um post mais tarde na história da ecologia e da cidadania que continua hoje



Uma juventude rebelde e crítica...
 ...o movimento cultural foi às ruas pela liberdade

 ...aqui hoje homenageamos Geraldo Vandré...


 ...e também Gonzaguinha (precocemente falecido)


Na primeira onda de mudanças anos anos 60 no planeta todo e no Brasil também surgiu a proposta do original movimento hippie, buscava um questionamento existencial bem amplo, que ia além das considerações econômicas, sociais e políticas: visava um ser humano íntegro em face da vida e do mundo, livre da sociedade de consumo, também liberto de todos os limites e censuras, os hippies adotaram inicialmente um modo de vida comunitário, ou de vida nômade, em  comunidades e em comunhão com a natureza, fazendo artesanato, poesia, teatro, também grupos alternativos do meio rural, pioneiros do movimento ecológico.   




A poesia desta época é criativa e crítica...


As charges do Pasquim marcaram época...
                                                                                                    
...protestos e vaias nos festivais de música...

 ...Sérgio Ricardo quebrou seu violão no palco do Festival da Record em 1967


                                                           
Os hippies, os beatnicks, depois todas as variadas formas de jovens rebeldes ou subversivos negavam todas as guerras, ditaduras, censuras, recusavam desde a gravata aos valores sociais e morais tradicionais, abraçavam religiões orientais pu práticas indígenas que foram a semente da cultura da vida, da arte alternativa  em desacordo com valores tradicionais das economias capitalistas e totalitárias em geral. Os hippies defendiam o amor livre e a não violência. O lema da geração Paz e Amor sintetiza bem a postura política dos jovens de então, constituíram um movimento por direitos civis, igualdade e anti-militarismo nos moldes da luta de Gandhi e Martin Luther King (embora não tão organizadamente) mantendo uma postura mais anárquica do que anarquista propriamente, neste sentido. Os jovens da época usavam cabelos e barbas mais compridos. Muita gente não sintonizada com a contracultura considerava os cabelos compridos uma ofensa, em parte por causa da atitude iconoclasta dos hippies ou revolucionária dos subversivos, às vezes alguns achavam estes cabelões anti-higiênicos ou coisa de mulher, mas eram pura rebeldia.




Rita Lee e Mutantes botavam prá quebrar...


...Caetano e Gil lideraram o Tropicalismo...
 ...que explodiu também com Milton Nascimento...
...o Tropicalismo foi bastante inspirado pelas idéias do músico Tom Zé


Entre os slogans pichados ou grafitados pelos muros de Paris ou de São Paulo, Rio e de qualquer cidade do mundo, mensagens como abaixo a ditadura, poder aos jovens, é proibido proibir, amor e paz. Para muitos parecia uma onda ou uma utopia. No Brasil esse movimento cultural, da juventude e das ruas ajudou a derrubar o governo ditatorial.  A maior parte deste subversivos não formaram um partido político nem desejavam disputar as eleições. Queriam mudar a si mesmos e a vida pelo comportamento, modificando costumes e objetivando avançar a mentalidade do povo em sua época. Sofreram mas conseguiram mudar e avançar a realidade. 



Atores e atrizes do musical Roda Viva foram agredidos por radicais de direita...

...esta peça foi censurada e proibida mas voltou em novas encenações com a redemocratização do país...

 ...que foi uma das conquistas factuais do...


 ...movimento cultural contra a Ditadura...
 ...que invadiu até o futebol com a Democracia Corinthiana com Sócrates e outros jogadores

 Glauber Rocha e Cinema Novo inovando criticavam a realidade do país


Alguns ídolos desta época foram o escritor alemão Hermann Hesse, cujos livros concentravam-se em histórias orientais de iniciação, introspecção e à meditação nirvânica, o escritor Carlos Castañeda que relatava em seus livros a sua experiência com um índio mexicano, Don Juan, que se tornou seu mestre, sobre os “caminhos do conhecimento” e o poeta Dylan Thomas, um rompedor de regras. Ou ainda as poesias de Allain Ginsberg, o Teatro Laboratório (sem palavras e contra a censura) de Grotowski ou as propostas de Wilhelm Reich, psiquiata e pesquisador que associava a agressividade humana à repressão sexual praticada pelo sistema contra adolescentes e jovens. Bertold Brecht e Bertrand Russell, filmes de Goddard, Fellini, Glauber Rocha (Cinema Novo) também fazem parte deste universo cultural. Além de músicos, cantores ou cantoras lembrados aqui neste post com fotos ou vídeo, o movimento revolucionário ou subversivo da juventude dos anos 60, 70, 80 era rock, Jimmy Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison, The Who, Bob Dylan, John Lennon e também todos os Beatles, os Rolling Stones, Joe Coeker, Joan Baez, o festival Woodstock ou também o que rolou na Ilha de Wight, o musical de teatro Hair, milhares de shows ao ar livre, milhões de performances ou de protestos e de happenings como eram chamadas então as manifestações mais autênticas dos jovens com rebeldia e arte. Muitos também viraram vegetarianos e se voltaram para a prática duma espiritualidade pura em busca das energias mais elevadas para o ser humano. Assim, neste embalo, nasceu o movimento ecológico, uma utopia que se aproxima da busca do Reino de Deus na Terra, de todos os profetas, até do Antônio Conselheiro do sertão, com um detalhe: a ecologia, a busca da não violência e dos direitos da cidadania, todos estes conteúdos juntos são capazes realmente de mudar e de avançar a realidade, algo que agora em 2019 a gente percebe com as posições de Greta Thunberg e toda uma nova geração, criando o futuro da vida. Slogan para definir esse movimento de agora, se a gente não criar o futuro, ele não existirá. 

(Pesquisa e texto de Antônio de Pádua ecologista Padinha editor deste blog)



Telepeça Happy End na Cultura venceu festival levando para a TV propostas do movimento da juventude com sátira às novelas que depois virou filme também



Produtores de vanguarda avançaram a TV da época...

 ...como Fernando Faro aqui gravando João Gilberto...
...parceiro de Tom Jobim criadores da Bossa Nova...
 ...Abujamra lançou o programa "Divino Maravilhoso" e...

...buscava atualizar a TV e o teatro...
 ...encenações também faziam nova leitura da vida



(Confira depois mais tarde na seção de comentários mais informações, dados, mensagens sobre este movimento todo, no vídeo aqui em nosso blog nesta edição uma entrevista rara com Geraldo Vandré, perseguido e censurado na época ditatorial do Brasil, mito e ícone da geração dos anos 60 e 70 em nosso país)





Fernando Jordão e Vladimir Herzog trouxeram da BBC...

 ...nova visão de TV e de telejornal...

 ...e ao mesmo tempo Caetano Veloso...

...Nara Leão...

 ...Chico Buarque...
...Edu Lobo...




 ...Milton Nascimento e o som de Minas...

 ...a ousadia dos Tropicalistas e...

 ...a abertura dos festivais de música...

Tom Jobim, um pioneiro do movimento ecológico...

...já nos anos 70 Raoni agitava pelo interior do país...


 ...Elis Regina é ícone desta época e do movimento da juventude dos anos 60/70/80


Fontes: DW - BBC - mundoeducação - jornalggn - google 

               folhaverdenews.blogspot.com

10 comentários:

  1. Já temos alguns comentários e mensagens, aguarde a edição desta seção logo mais, volte mais tarde para conferir.

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  2. "Entre outros destes caras, tive contato com Geraldo Vandré e dividi poucos mas intensos momentos culturais com Gonzaguinha, em especial, na série de shows que ele fez no Teatro Augusta em São Paulo, antes de morrer tragicamente na estrada. Um grande poeta, músico e ser humano, digno do pai dele, o Gonzagão, rei do baião. Eu o vejo como um príncipe da cidadania na luta da nossa gente": comentário de Antônio de Pádua, ecologista Padinha, editor deste blog.

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  3. Você também pode postar aqui nesta seção a sua opinião, notícia ou comentário: se preferir, envie pro e-mail da edição deste blog o seu conteúdo que aí postamos aqui a sua mensagem, mande para padinhafranca603@gmail.com

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  4. "Estes músicos estão entre os melhores do Brasil de todos os tempos": comentário de Márci Márcia na time line do Facebook, ela que vive hoje na Europa.

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  5. "Não existiu no mundo nenhum movimento tão forte como este da MPB": comentário de Vanderley Fontes, professor de História pela Unesp, de Ribeirão Preto (SP).

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  6. "O movimento hippie hippie relatado aqui deixou um legado importante, também no Brasil. Trouxe um mundo mais espiritualizado sem dogmas, respeito às diferenças, liberdade sexual, a não-discriminação das minorias e ainda por cima o ambientalismo": comentário de Assis Ribeiro, blogueiro que nos envia um levantamento sobre este setor do movimento da juventude dos anos 60/70/80, confira a seguir um resumo.



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  7. Alguns legados. Roupas velhas e naturalmente rasgadas, em oposição ao consumismo, ou então roupas com cores berrantes para fazer apologia a psicodelia, além de diversos outros estilos incomuns (tais como calças boca-de-sino, camisas tingidas, roupas de inspiração indiana). Fazer e tocar músicas nas casas de amigos ou em festas ao ar livre. E olha só, amor livre, puro e sem distinções": continue conferindo o comentário (em resumo) que foi um levantamento feito pela página assisprocura.blogspot.com

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  8. "Outros legados. Ideais anarquistas de comunidades igualitárias e total liberdade (não violenta). Uma rejeição a produtos de beleza, giletes de barbear, gravatas, xampus ou outros instrumentos artificiais típicos do consumismo sem nexo. Vida em comunidades onde todos os ditames do capitalismo selvagem são deixados de lado. Por exemplo, todos os moradores exercem uma função dentro da comunidade, as decisões são tomadas em conjunto, normalmente é praticada a agricultura de subsistência e o comércio entre os moradores é realizado através da troca. Existem comunidades hippies espalhadas no mundo inteiro até hoje e vivem para a subsistência, um conceito bem contemporâneo e sustentável para o planeta": segue o levantamento feito pela equipe do blog assisprodura.blogspot.com

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  9. "Parece pouco mas não é, um legado que mexe com as velhas estruturas. O incenso e a meditação são parte integrante da cultura hippie pelo seu caráter simbólico da religiosidade oriental. Culto pelo prazer livre seja ele físico, sexual ou intelectual. Repúdio à ganância, à falsidade e à violência.
    Eram adeptos do pacifismo e, contrários a guerra do Vietnã, participaram de algumas manifestações anti-guerra dos anos 60 e 70. Um bom exemplo para as novas gerações da cidadania. Nos Estados Unidos, pregaram o “poder para o povo”. Muitos não se envolvem em qualquer tipo de manifestação política por privilegiarem muito mais o bem estar da alma e do indivíduo, mas assumem uma postura tendente à esquerda, geralmente elevando ideais anarquistas ou socialistas. São contra qualquer tipo de autoritarismo e preocupados com as questões sociais como a discriminação racial ou sexual. Além de tudo isso, um misticismo de verdade. O movimento hippie trouxe um mundo mais espiritualizado sem dogmas, tipo John Lennon, respeito às diferenças, liberdade sexual, a não-discriminação das minorias e a semente do que viria a ser o ambientalismo": comentário de Assis Ribeiro, que nos enviou este levantamento da webpágina http://assisprocura.blogspot.com/

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  10. "Curti muito as colocações da matéria neste blog Folha Verde sobre o movimento dos jovens que realmente mmudou muita coisa, vou tentar achar o livro Não Me Chamem Vandré, de Gilvan de Brito, muita boa também a entrevista feita por Carla Batista com Geraldo Vandré, na Paraíba, onde ele foi finalmente elogiado, aos 80 anos, apesar dele estar sendo esquecido pelo Brasil, que só valoriza música de consumo": comentário de Luiz Passos Silva, de São Paulo,estudante da USP: "Vou divulgar aqui no campus".

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