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quarta-feira, 20 de março de 2024

RANKING 2024 DE ÁGUA E ESGOTO REBAIXA FRANCA E ALERTA SOBRE O SANEAMENTO BÁSICO NO PAÍS

Só 3 das 100 cidades brasileiras mais populosas neste ano  já universalizaram tratamento de água e esgoto pelo atual ranking do Instituto Trata Brasil


Ainda mais nesta época água e esgoto tratados são emergência

 

Maringá (PR), São José do Rio Preto (SP) e Campinas (SP) são as únicas a ter 99% da população com acesso à água e 90% com coleta e tratamento de esgoto, Porto Velho (RO), Macapá (AP) e Santarém (PA) ficam nas últimas posições, nos informa esta notícia pelo G1 de Marina Pinhoni. O Brasil ainda está bem longe de atingir a meta de universalização do saneamento básico para toda a população. Dados do respeitado Instituto Trata Brasil divulgados nesta quarta-feira (20) apontam que, entre as 100 cidades mais populosas do país, apenas três já cumpriram por enquanto este objetivo, Maringá, São José do Rio Preto e Campinas. Esses três municípios são os únicos, entre os 100 analisados, que em 2022 tinham 99% da população com acesso a água tratada e 90% com serviço de coleta e tratamento de esgoto, critério estabelecido pelo Novo Marco Legal do Saneamento, criado pela Lei 14.026, de 2020. Houve retrocessos, como por exemplo, Franca (SP), que em vários levantamentos anteriores ficava  ficava sempre em 1º lugar, hoje caiu para apenas a 15ª posição do ranking. 


 A Estação de Tratamento de Franca teve uma queda acentuada no atual levantamento do Instituto Trata Brasil



Com uma população de 409.657 habitantes, Maringá é a 3ª maior cidade do Paraná, atrás de Londrina (555.965) e de Curitiba que tem  1.773.718 habitantes, segundo dados do Censo 2022 do IBGE. Hoje ela é point na cafeicultura e nº 1 no novo ranking do Instituto Trata Brasil. Campinas, com 1,1 milhão de habitantes, é a 3ª maior cidade paulista. São José do Rio Preto (SP), com 480 mil, a 10ª. também são destaques neste levantamento. Do lado oposto, as cidades com piores indicadores foram Porto Velho (RO), Macapá (AP) e Santarém (PA).  O ranking do saneamento foi feito em parceria com a empresa GO Associados, analisa distribuição e coleta de água e esgoto, perdas na distribuição, investimento e melhorias realizadas. Dados oficiais são do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), do Ministério das Cidades.


Na periferia de algumas cidades já há investimentos mas....


...em geral houve queda ou má gestão pública municipal


Na prática, o esgoto continua sendo grande desafio em todo o Brasil, em relação ao levantamento de 2021 a coleta cresceu apenas 0,2 pontos percentuais no Brasil, passando de 55,8% para 56%. Também o tratamento de esgoto,  aumento tímido: de 51,2% para 52,2% no mesmo período.Novo Marco Legal do Saneamento Básico estipula que a universalização dos serviços (99% da população com acesso à água potável e 90% com coleta e tratamento de esgoto) seja ao menos alcançada até 2033. Na avaliação técnica do Trata Brasil, para alcançar essa meta, será preciso dobrar o investimento na área que é fundamental para a recuperação da ecologia e para a saúde da população brasileira. 


"Nas localidades, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, onde os indicadores são muito ruins, esse investimento teria de ser muito maior. A gente está falando de virar um canteiro de obras para que essa universalização seja atingida. De perspectiva futura, pegar os 20 piores colocados do ranking, é muito difícil pensar que eles vão conseguir atingir a universalização no prazo estipulado, se eles não correrem para ontem", diz Luana Pretto, presidente-executiva do Trata Brasil.

 

 Nos córregos (também da nossa região)volta a tragédia da poluição das águas



Entre as 20 cidades melhor colocadas no ranking do saneamento divulgado nesta quarta pelo Instituto Trata Brasil, por exemplo, Franca (SP) que já foi 1º lugar vários anos caiu para 15º segundo a atual avaliação.

  Maringá (PR)

2.   São José do Rio Preto (SP)

3.   Campinas (SP)

4.   Limeira (SP)

5.   Uberlândia (MG)

6.   Niterói (RJ)

7.   São Paulo (SP)

8.   Santos (SP)

9.   Cascavel (PR)

           Ponta Grossa (PR)

1              Jundiaí (SP)

1                Praia Grande (SP)

1               Foz do Iguaçu (PR)

1               Londrina (PR)

1.                Franca (SP)

1                Montes Claros (MG)

1.                Campo Grande (MS)

            Aparecida de Goiânia (GO)

1                Goiânia (GO)

2.                Piracicaba (SP)

Entre as 20 cidades mais mal colocadas no ranking de saneamento por mau exemplo estão: 

 Porto Velho (RO)

2.   Macapá (AP)

3.   Santarém (PA)

4.   Rio Branco (AC)

5.   Belford Roxo (RJ)

6.   Duque de Caxias (RJ)

7.   São Gonçalo (RJ)

8.   Belém (PA)

9.   Várzea Grande (MT)

1                Juazeiro do Norte (CE)

                Ananindeua (PA)

1                Maceió (AL)

1              São Luís (MA)

1                Jaboatão dos Guararapes

1                Manaus (AM)

1               Caucaia (CE)

1                São João de Meriti (RJ)

1               Paulista (PE)

1               Cariacica (ES)

              Pelotas (RS)


Luana Pretto, principal coordenadora do ranking 2024,  aponta que há uma correlação direta entre as melhores colocações a quantia de verba investida na área de saneamento pelas prefeituras e/ou governos. "Não existe um modelo de gestão específico nas melhores cidades. Tem concessionária, empresa pública, autarquia, há casos de não haver nada. Mas quem menos investe com certeza não consegue subir posição no ranking. Se a gente pegar ali os 20 melhores e os 20 piores, a média de investimento dos 20 piores é de R$ 73 por ano por habitante, já a média dos 20 melhores colocadas, onde já estão quase universalizados ou muito próximos disso o serviço, é de R$ 201".



Esgoto e efluentes lançados sem tratamento nos rios e córregos isso é um índice zero de sustentabilidade 


Municípios que tiveram avanço - O Trata Brasil destaca a melhora do município de Aparecida de Goiânia (GO), que saiu em um pouco tempo da 85ª colocação na edição de 2015, chegando à 18ª colocação no ranking de 2024. Entre os municípios com maior variação positiva em relação ao levantamento anterior — com dados de 2021 — está Praia Grande, que subiu 22 posições e a que teve o maior valor de investimento municipal por habitante em saneamento 693,01 reais Já Paulista (PE) e Cuiabá (MT) foram as cidades com maior variação negativa entre os rankings de 2023 e 2024. Paulista passou da 64ª para a 83ª colocação (variação de 19 posições), e Cuiabá caiu da 32ª posição para a 50ª (18 posições).


 O perigo pode estar quando alguém em algum lugar abre uma torneira


Outros destaques do relatório -   Apenas cinco municípios da amostra possuem 100% de coleta de esgoto. Outros 35 possuem índice de coleta superior a 90%.  Cinco capitais da região Norte e três da região Nordeste não tratam nem 35% do esgoto gerado. Há 22 municípios que possuem 100% de atendimento de água e outros 18 com valores de atendimento superiores a 99%.  Dos 100 municípios considerados, apenas 14 possuem níveis de perdas na distribuição menores que 25% (valores considerados como adequados). Das 27 capitais brasileiras, somente 9 possuem o mínino de ao menos 99% de abastecimento total de água. 


 Isso tudo num país que tem maravilhosos recursos hídricos


Fontes: Instituto Trata Brasil - G1 - folhaverdenews.blogspot.com


 

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