Desemprego alto e aumento da informalidade faz com que hoje 104 milhões de
brasileiros e brasileiras tenham de viver com o equivalente a meio salário mínimo: nesse contexto de sufoco reportado por El Pais e levantado em outubro pela PNUD Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios Contínua, o número de
ambulantes nas ruas saltou mais de 500% nos últimos 3 anos, nos informa a jornalista Camila Svenson e aqui no blog da gente um resumo desta situação difícil da realidade brasileira aqui, agora
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O dia a dia desta senhora guerreira foi destaque no site El Pais da Espanha |
Se você não faz parte dos 50% mais pobres
da população na verdade não sabe o que é a tal de deseconomia: quase 104 milhões de brasileiros, que no levantamento de um ano viviam em média,
com apenas 413 reais per capita, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios Contínua (Pnad Contínua), conhecem pela própria experiência este conteúdo. Vivem na própria pele esta situação. Estes dados foram publicados agora mesmo em outubro. Já em 2018, 5% da população, ou 10,4 milhões de pessoas no
Brasil, até já vinham sobrevivendo apenas com 51 reais mensais. O super levantamento revelou ainda que a
desigualdade cada vez mais vem se agravando no país. Para exemplificar o fato a amostra revela que a renda domiciliar per capita desses 5% mais
pobres caiu 3,8% de 2017 para 2018, enquanto a renda da fatia mais rica (1% da
população) cresceu 8,2%. Não são necessárias muitas palavras nem altas filosofias para focar e dimensionar o alcance desta realidade.
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O garoto do mate aguenta firme por amor à sua familia que vive do que ele consegue levantar |
Maria Lúcia Vieira, gerente da Pnad
Contínua, avalia que os ricos ficaram mais ricos e os pobres mais pobres (como todo mundo diz nas ruas) porque a renda total das famílias vem
majoritariamente do trabalho: "Com a recessão, o mercado de trabalho
também entrou em crise e o desemprego é algo que só aumenta [hoje há 12,6 milhões de
brasileiros que não tem emprego]. Isso afeta muito mais os mais pobres, já que o estrato mais rico
tem geralmente outras fontes de renda além do emprego, como, por exemplo,
dinheiro proveniente de aluguéis, pensões, ajuda de familiares que estejam em melhor condição". E há ainda um outro ponto central nesta realidade: ainda que nestes últimos
dois anos a população ocupada voltou até a crescer, os empregos criados, porém, foram, principalmente, os informais. "Os postos que estão surgindo são
pouco remunerados e de baixa qualificação", comenta a especialista Maria Lúcia Vieira.
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Muitos dos ambulantes são idosos que não conseguiram uma aposentadoria |
(Confira amanhã mais informações, nos comentários sobre a dificuldade de sobrevivência do povão e sobre o recorde da informalidade hoje em dia aqui neste blog da ecologia e da cidadania, no vídeo do SBT informais criativos no interiorzão do país em nossa webpágina ilustram a situação)
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A criatividade vale muito no mercado da rua |
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Manchas de óleo e também na condição de vida de metade da população brasileira |
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Waldir Vascunhana é advogado que aderiu à informalidade (veja na seção comentários) e aqui ele em ritual xamânico |
Fontes: El Pais - PNDA - folhaverdenews.blogspot.com
Depois mais tarde, amanhã, edição dos comentários nesta seção do blog da gente, participe e venha conferir, OK?
ResponderExcluirVocê pode postar direto aqui a sua opinião, se preferir envie mensagem com o seu conteúdo (charges, fotos, notícias, fatos, pesquisas etc) pro e-mail do editor deste blog que depois a gente posta aqui nesta seção para você, e então, mande agora para padinhafranca603@gmail.com
ResponderExcluir"Que bom que algum veículo de comunicação discuta com dados assim esta situação brasileira, espero que não vire um Chile": comentário de Joelmir Vieira Silva, de Campinas (SP), que está sem emprego há 2 anos e vive de pequenos serviços como capinar terrenos e cuidar de jardins. Foi a 1ª mensagem que recebemos hoje.
ResponderExcluir"Há 3 semanas protesto no Chile, há 2 na Bolívia, quando começarão no Brasil? Se o plano tipo salvação da lavoura do governo não virar nada (megaplanos mirabolantes e com um conteúdo liberal mais que social) costumam não virar nada, então, você pode agendar aí desde já o que vai rolar em nosso país, a não ser que a cidadania consiga mudanças e avanços no rumo da realidade": comentário de Maria Alves Pinheiro, do Rio de Janeiro, que é formada em economia mas hoje atua como boleira, como explica: "Faço bolos mais naturais, com açúcar só de frutas ou mel e estão sobrevivendo assim".
ResponderExcluir"A vendedora ambulante Josefa Severina de Souza mora em uma casa de três quartos com os filhos e o marido no bairro Jardim do Colégio, em Embu das Artes, na Grande São Paulo": comentário de Camila Svenson (jornalista) com fotos de Heloisa Mendoança, destaques no site da Espanha El País, é a 1ª foto deste nossa postagem hoje aqui neste blog.
ResponderExcluir"Fabiano Manuel de Souza, de 26 anos, começou a trabalhar de ambulante para sair da fila do desemprego. Entre julho e setembro deste ano, a taxa de informalidade da população ocupada bateu recorde da série iniciada em 2012, chegando a 41,4% dos trabalhadores. Ou seja, a cada 10 trabalhadores, seis têm ocupação precarizada. Segundo a gerente, o número de brasileiros que trabalham como ambulantes informais vendendo alimentos foi um dos que mais aumentou nos últimos tempos. Entre o segundo trimestre de 2015 e o segundo trimestre de 2019, o número desses ambulantes cresceu 510% subindo de 78,4 mil para 478,3 mil pessoas": comentário também extraído da matéria do El Pais, nossa fonte assim como os dados do PNDA.
ResponderExcluir"Brasil bate recorde neste ano com 41,4% dos trabalhadores na informalidade": comentário neste tema do site Estadão.
ResponderExcluir"Os dados mostram que o desemprego segue persistente e as vagas criadas são precárias. Na comparação com o mesmo trimestre de 2019 com o de 2018, houve aumento de 1,5 milhão de pessoas na população ocupada, que atingiu o recorde de 93,8 milhões – mas essa alta segue sendo puxada pela informalidade, que ficou em 41,4% em setembro (mesma taxa dos três meses encerrados em agosto), e vem crescendo nos últimos anos": comentário em matéria no site G1 da Globo.
ResponderExcluir"Tanto em termos de taxa como do contingente associada a ela, é recorde. A despeito da melhora quantitativa da ocupação, em termos qualitativos a informalidade faz com que a massa de rendimento não avance. Além disso, vemos a queda contínua de contribuintes da Previdência e má condição de vida que chega em alguns casos a níveis subhumanos em algumas regiões do país": comentário de Júlio Marques, que nos mandou notícias do site G1 sobre a pauta de hoje neste blog.
ResponderExcluir"Como vemos o nivel de desemprego causados pela roubalheira e má administração dos últimos 20 anos. nos levou a uma situação de pobreza extrema e hoje somos milhões abaixo da linha da pobreza e o que é pior, hoje sem luz próxima do fim do túnel. Vivemos momentos de angústia e depressão o que agrava ainda mais os encargos da saúde publica. vemos batalhões de catadores de recicláveis, de ambulantes tentando de alguma forma sobreviver, cada cidade poderia desenvolver um plano de recuperação dessas pessoas com baixo custo e dando ainda dignidade. como por exemplo hortas orgânicas urbanas feitas em locais pre determinados e públicos. recicladores cadastrados junto a limpeza urbana. Agora, o q é pior de tudo isto são as pessoas da terceira idade que ainda podem oferecer experiência e trabalho sendo totalmente excluídas e abandonadas por todos desde familiares e poder público": comentário de Waldir Vascunhana, de São Paulo, formado em Direito e que atua na informalidade em Franca (SP) onde mora agora, ele diz "Espero que haja uma luz nessa escuridão".
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