A REALIDADE É QUE O ROMBO É MUITO MAIOR DO QUE AS AUTORIDADES GOVERNAMENTAIS ADMITEM MUITO TEMPO DEPOIS DOS PRIMEIROS VAZAMENTOS

Recuperação de praias atingidas por óleo no Brasil pode levar até 20 anos segundo noticia a RFI na Europa: no Brasil criticam que houve demora em ouvir cientistas e analisar imagens de satélites para detectar e brecar os vazamentos e deu no que deu

 Esta imagem feita por TV francesa roda o mundo

Recebi esta informação de Marta Smill em matéria de Sarah Cozzolino, por e-mail, dando conta que o  Nordeste (que vive uma grave crise ambiental já há dois meses) sofrerá as sequelas do derrame das manchas de óleo, grave como o que aconteceu anos atrás no Golfo do México. Mais de 2.500km do litoral brasileiro foram atingidos por um vazamento de óleo de "origem misteriosa", prejudicando o meio ambiente, a saúde dos moradores e a economia de 9 dos 27 estados brasileiros. Em menos de um ano, é a terceira catástrofe ambiental no Brasil, depois do rompimento da barragem de Brumadinho e dos incêndios na Amazônia. Em Boipeba, no arquipélago de Tinhare, na Bahia, a população da pequena ilha está limpando as praias com a força de seus braços e correndo o risco de doenças.

Voluntários e turistas assim como peixes e meio ambiente no prejuízo por um bom tempo por mais este desastre ambiental no Brasil

Rosane Pamplona está de chinelo e sem material de proteção enquanto limpa a praia da Cueira, em Boipeba. Um trabalho de pente fino, realizado somente graças a um palito de dendê encontrado na praia e uma velha garrafa de plástico usada para recolher o petróleo na areia: “A gente se organiza como pode, porque a gente ama o nosso mar, a nossa ilha”, conta Rosane à RFI, ela que largou tudo há sete anos para viver nessa paisagem de cartão postal. "Estou com vontade de gritar. As vezes não quero fazer mais nada, só chorar… Mas a gente precisa trabalhar, ajudar, e acho incrível essa união de todo mundo. Na pequena ilha, a reportagem encontrou habitantes e turistas limpando as praias. As vezes só com as mãos ou sacolas plásticas. No melhor dos casos, com luvas, botas e máscaras comprados graças a uma vaquinha online organizada pelos próprios voluntários. Eles se sentem abandonados pelo poder público. E a mídia na Europa critica o desgoverno ambiental no nosso país. 

 Protesto de jovens ecologistas sobre esta situação

Pesquisadores com base no que ocorreu no Golfo do México sugerem que se abandone no Brasil os combustíveis fósseis por energia limpas

Até agora, membros do governo brasileiro já acusaram a Venezuela e até mesmo à respeitada entidade Greenpeace (que entrou com processo no MPF) de serem eles os responsáveis pela catástrofe, sem provas concretas. A atitude das autoridades brasileiras revolta também Nilton Freitas, um baiano que mora há dez anos em Boipeba: “Não sabemos quanto tempo isso vai durar, não sabemos o que vai se passar nos próximos dias… Não sabemos a quantidade do que pode chegar, as estratégias que temos que utilizar... A gente está numa incógnita. Só sei que vai ser muitos anos para isso se recuperar. Tanto a fauna quanto a flora, isso vai demorar um bom tempo". Segundo especialistas em recuperação de águas poluídas por óleo cru, o tempo para normalizar a ecologia é de duas décadas, uma geração!

Agora serão 20 anos para se recuperar da sequela ambiental

(Confira mais tarde outras informações na seção de comentários deste blog de ecologia, cidadania, ciência e não violência, OK? No vídeo a gente posta mais uma edição sobre o movimento Extinction Rebellion, os rebeldes pela vida, que precisam atuar por aqui também na nova geração de ecologistas)

Navio petroleiro grego suspeito de ser a fonte dos vazamentos

Fontes: RFI- br.rfi.fr - Google - folhaverdenews.blogspot.com