A primavera começou mas as chuvas não chegaram e de acordo com o Instituto
Nacional de Meteorologia (Inmet) esta estação neste ano deverá ter menos chuvas do que o normal para esta época e isso na maior parte do país. A estação vai até o dia 22 de dezembro, quando
começará o verão, sendo que pela tradição da nossa natureza, este é o período de transição entre a estação mais seca e a mais chuvosa
na região central do Brasil. Estação chuvosa não, 3 meses com chuvas escassas. Na região Norte, no interior do Nordeste e em
algumas áreas centrais do país, as temperaturas estão subindo mais agora durante a primavera. Os estados do Rio
Grande do Sul e Santa Catarina por enquanto têm sido uma exceção até o momento pois a região vem recebendo frentes frias vindas da Argentina e do Paraguai, trazendo
chuva forte para a região, até granizo. Também os estados do Paraná e
do Mato Grosso do Sul serão impactados, mas com menor intensidade. Partes do Sul e do
Sudeste começam a primavera ainda com cara de inverno, registrou uma reportagem do G1 da Globo. Em Goiás, parte do
Mato Grosso e em Minas Gerais, as chuvas durante a primavera deste ano deverão
ser irregulares e um abaixo da média climatológica para a estação. O panorama nada primaveril do país nestes 3 meses agora fica mais claro com as informações da revista especializada Globo Rural. Confira resumo a seguir aqui no blog da ecologia e da cidadania Folha Verde News.
Vulnerabilidade brasileira às mudanças do clima é um estudo coletivo com a participação de vários cientistas, pesquisadores, meteorologistas como Carlos Nobre, Andrea Young, Paulo Saldiva, José Antônio Orsini, Antonio Donato Nobre, Agostinho Ocura, Guilhermo Párraga, Osório Thomaz, Gustavo Moreira da Silva, Ricardo Ogima, Maria Valverde, André Carvalho Silva, Grasiela Rodrigues: um documento que vale a ser e é urgente ser consultado.
ResponderExcluir"Uma grande questão que se coloca para as metrópoles brasileiras é se estão preparadas para enfrentar os impactos das mudanças climáticas. Durante os anos de 2008 a 2011, se buscou lançar alguma luz sobre esse assunto por meio de um estudo interdisciplinar para identificar as vulnerabilidades das duas principais megacidades brasileiras—as regiões metropolitanas de São Paulo e do Rio de Janeiro. Este relatório trata da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), identificando impactos das mudanças climáticas na incidência de desastres naturais e na saúde, tendo como cenário de fundo a continuada expansão urbana nessa ampla região. Projeções indicam que, caso o padrão de expansão da RMSP seja mantido conforme registros históricos, em 2030 a mancha urbana será aproximadamente 38% maior do que a atual, aumentando os riscos de desastres naturais como enchentes, inundações e deslizamentos de massa em encostas, atingindo cada vez mais a população como um todo e, sobretudo, os mais vulneráveis": um trecho que resume este relatório sobre a Vulnerabilidade Brasileira frente às mudanças do clima.
ResponderExcluir"Em geral, significativas transformações no clima local da RMSP são geradas pelo modo como as áreas urbanas se desenvolvem, através de intervenções desconexas com intensa verticalização, compactação e impermeabilização do solo, supressão de vegetação e cursos d’água. Considerando o acelerado processo de expansão urbana e o atraso na implantação de infraestrutura adequada ao ritmo de crescimento das cidades, estas não se encontram preparadas para os efeitos das mudanças climáticas": um outro trecho bem expressivo do relatório sobre a Vulnerabilidade.
ResponderExcluir"Duas fontes de mudanças climáticas convergem sobre a RMSP. De um lado, a própria urbanização intensifica o efeito de ilha urbana de calor, com resultado de aumento de mais de 2° C nos últimos 50 anos no centro de São Sumário SxCHu 13 Paulo e ocorrência duas a três vezes maior de fenômenos de chuvas intensas que deflagram desastres naturais. A isso se somam os riscos do aquecimento global. Os riscos serão potencializados pelo aumento da temperatura e dos padrões de circulação atmosférica regional, tendo como consequência o aumento da frequência de eventos de chuvas intensas, principalmente no verão. Estudos preliminares sugerem que, entre 2070 e 2100, a temperatura poderá sofrer elevação média de 2° C a 3° C e o número de dias com chuvas mais intensas poderá dobrar. Cenários de risco são apresentados neste relatório e se referem a análises que mostram os impactos e vulnerabilidades atuais e futuras, com projeções para 2030, através da aplicação de um modelo de projeção da mancha urbana associado ao modelo HAND (Height Above the Nearest Drainage). Esse estudo permitiu identificar quais seriam as possíveis áreas ocupadas no futuro e seu risco potencial, caso o padrão de uso e ocupação do solo atual se perpetue sem nenhuma alteração e controle. Se esse processo de expansão urbana se concretizar, então mais de 20% da área total em 2030 será suscetível e poderá eventualmente ser afetada por acidentes naturais provocados pelas chuvas. Com auxílio desses modelos também são identificadas as áreas suscetíveis ao risco de leptospirose em virtude da ocorrência de enchentes. Paralelamente, são analisadas ainda questões referentes às doenças respiratórias associadas à exposição de poluentes atmosféricos e às péssimas condições socioambientais. O estudo sugere ainda medidas de adaptação, que envolvem um conjunto de ações que as cidades da região metropolitana e suas instituições públicas e privadas deverão enfrentar em busca de soluções para os impactos e perigos que sofrerão. Entre essas estão maior controle e fiscalização sobre construções, principalmente aquelas localizadas em áreas de risco; investimentos em transportes coletivos, sobretudo metroferroviários; garantias de preservação dos recursos naturais como as várzeas e áreas de proteção permanente ao longo dos rios, através da implantação de parques lineares e em encostas íngremes; investimentos em pesquisas voltadas para a modelagem do clima e quantificação de benefícios decorrentes de medidas de adaptação às mudanças climáticas, entre outras. A experiência real de como esta importante região do país reagiu às grandes mudanças ocorridas nos últimos 50 anos mostra que houve, de fato, acomodação a elas, com escassas políticas públicas de enfrentamento. Em última análise, esta contribuição inicial ao entendimento do impacto das mudanças climáticas na RMSP procura despertar interesse e consciência para a crítica questão da adaptação a essas mudanças, fator essencial à melhoria da qualidade de vida e ao desenvolvimento sustentável que precisa se concretizar cada vez mais agora com maior urgência": comentário extraído também do relatório de cientistas Vulnerabilidade Brasileira à Mudanças do Clima.
ResponderExcluirDepois mais tarde, mais informações e comentários, venha conferir aqui nesta seção, mais tarde, OK?
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ResponderExcluir"É o que faltava, entre tantos problemas ambientais no país, uma "primavera seca" em algumas regiões mais temperadas onde antes chovia bem nesta época": comentário de Victor Pereira, técnico agricola que atua na região de Formiga (MG).
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