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quarta-feira, 18 de setembro de 2019

É POSSÍVEL O AGRONEGÓCIO DO BRASIL CRESCER MAIS SEM AGREDIR NOSSAS FLORESTAS? ESSE É O TEMA DO MOMENTO DEBATIDO EM SITES COMO DW OU TERRA E TAMBÉM PELA EMBRAPA

A questão é: o agronegócio pode crescer sem desmatar? Sim, segundo uma das conclusões dos especialistas e então o que falta para este setor deixar de ser insustentável? Hoje ele ajuda a economia contudo destrói a ecologia em especial no norte do país onde o agronegócio cresce e a natureza desaparece. Por outro lado a BBC já alerta agora que o futuro do agronegócio depende direto da preservação do meio ambiente

A atual estrutura agressiva ao meio ambiente...

...do agronegócio brasileiro precisa agora mudar


Sob pressão internacional agora o Agronegócio enfrenta desafio de conciliar produção com preservação ambiental. Apesar de melhorias na produtividade, modelo expansionista e pecuária extensiva ainda são ameaça econômica e ambiental.A crise provocada pelas recentes queimadas na Amazônia acendeu um alerta pro agronegócio brasileiro. O setor, com participação fundamental na economia brasileira e no fornecimento internacional de alimentos, está sob pressão inédita: a de conciliar o aumento de produção com a preservação do meio ambiente, incluindo a maior floresta tropical do planeta. Será possível? Outros pontos do debate foram por exemplo manchetes em várias mídias.



Brasil perdeu 71 milhões de hectares de vegetação nativa

Governo orienta embaixadas a defender as suas políticas

Empresas e agronegócio reagem com temor de retaliação diante de polêmica ambiental na Amazônia



Além do mais, a overdose de agrotóxicos já deu


Uma sinalização positiva foi dada neste mês, por um porta-voz influente do setor e ex-presidente da Petrobras, Pedro Parente que hoje está à frente do conselho de administração da BRF, uma das maiores empresas de alimentos do mundo, dona das marcas Sadia e Perdigão. Em evento da revista Exame, ele defendeu a expansão do setor pela via da produtividade: "Não é preciso cortar uma árvore da Amazônia para aumentar a produção e a participação do país como um celeiro importante no mundo. Há 200 milhões de hectares de pasto que podem ser transformados. Temos uma pecuária muito extensiva, que pode ser mais intensiva. Não há razão para não querer preservar a Amazônia", argumentou Parente. Já um relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) indica que, entre 1990 e 2005, 71% do desmatamento na América do Sul foi motivado pela demanda por pastos. No Brasil, o índice foi muito pior, chegou a 80%. Somente na Amazônia, a pecuária já abandonou entre 170 mil e 200 mil hectares de terra. Os números refletem um modelo extensivo, em que a vida útil da terra está condicionada ao ciclo da pastagem, que varia de sete a dez anos. Ao fim desse período, o produtor inicia outro ciclo de desmatamento em um novo local. Esta estrutura do agronegócio precisa ser revista agopra com urgência, indica o debate deste tema em variadas mídias importantes como Deutsche Welle, Terra, BBC, Embrapa e Globo News


Nem os ecologistas imaginavam que essa virada sustentável passa a ser vital para o agronegócio

Árvores queimadas e retorcidas na exposição de Franz Krajcberg em foto de Felipe Miguel

(Confira depois mais tarde um resumo deste debate essencial neste momento na seção de comentários deste blog da gente, onde também postamos um vídeo com o artista plástico e pioneiro do movimento ecológico no Brasil, o cidadão da Polônia e do mundo Franz Krajcberg, nestes dias está fazendo 2 anos que ele morreu sem ver o seu sonho realizado, um agronegócio com respeito à ecologia brasileira que ele amava como a paixão de sua vida, o velho jovem Franz, com ideias contemporâneas do futuro)



O modelo extensivo de desmatamentos e queimadas chegou a uma situação limite



O futuro do agronegócio depende da preservação do meio ambiente no Brasil Diversas pesquisas científicas alertam: questões ambientais como desmatamento e queimadas, as mudanças climáticas, o uso e o abuso excessivo de agrotóxicos vão causar mais prejuízos à produção rural em menos tempo do que se imagina (alguns dos efeitos já podem ser sentidos agora, informa a BBC News). Por sua vez, é a Embrapa que alerta: a destruição da vegetação nativa e as mudanças climáticas têm grande potencial para prejudicar diretamente o agronegócio no Brasil, porque afetam diversos fatores ambientais de grande influência sobre a atividade agrícola e pecuária, assim, o agronegócio por interesse econômico terá que passar a atuar com respeito à ecologia. Por essa, nem Franz Krajcberg esperava. 


No fim do túnel uma esperança para a ecologia no meio rural é a informação científica do momento


FontesDeutsche Welle - Terra - BBC - Embrapa 
               folhaverdenews.blogspot.com


11 comentários:

  1. Volte aqui nesta seção mais tarde, amanhã, já temos variados comentários e mensagens nestas duas pautas, o agronegópcio cresce e a natureza desaparece. Um outro é que o atual modelo e estrutura do setor estão utrapassados e para avançar tanto a agricultura como a pecuária dependem de preservação da ecologia.

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  2. "Não sei se será possível o agronegócio aumentar ainda mais o seu faturamento sem desmatar, o que sei vi numa noticia da agência Reuters, acho que do fotojornalista Paulo Whitacker, que o desmatamento afeta o regime de chuvas e o clima local e no continente como um todo, enfim é hopra de mudar todo esse desequilíbrio": comentário de Hermínia Carvalho, do Rio de Janeiro, professora de Geografia.

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  3. "Hoje a bancada ruralista é a principal força pressionando o Congresso Nacional para flexibilizar a proteção ambiental, mas é consenso entre agrônomos e pesquisadores que o futuro do agronegócio depende da preservação do meio ambiente": comentário extraído de matéria do site Terra.

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  4. Agrônomos, biólogos e ecologistas alertam que a destruição da vegetação nativa e as mudanças climáticas têm muito grande potencial para prejudicar diretamente o agronegócio no Brasil, porque afetam diversos fatores ambientais da maior influência sobre a atividade agrícola": comentário de publicação da Embrapa, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária: "O principal é o regime de distribuição das chuvas, essenciais para nossa produção – apenas 10% das lavouras brasileiras são irrigadas. Com o desmatamento e o aumento das temperaturas, serão afetados umidade, qualidade do solo, polinizadores, pragas".

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  5. A BBC News Brasil ouviu pesquisadores do agronegócio e nomes ligados ao setor para entender como esses riscos gerados pela destruição do ambiente que devem afetar a produtividade das plantações brasileiras e mesmo se safras se tornarão inviáveis. Emm resumo, eles dizem que as notícias sobre o setor ambiental no Brasil não são animadoras: se o ritmo de desmatamento na Amazônia continuar como está, atingiremos em pouco tempo um nível de devastação sem volta. Junho foi o mês com mais desmatamento na Amazônia, 920,4 km², desde o início do monitoramento com sistema de alerta pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), em 2015. Foi um aumento de 88% em relação ao mesmo mês no ano passado.

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  6. "Eu conheci Franz Krajcberg no restaurante e galeria Espade, onde tanto ele como eu, já vegetariano, íamos almoçar sempre. A gente conversava. Mais tarde, já desanimado com o surto de devastação das florestas num país sem gestão ambiental, ele queria voltar para a Polônia, parece. Eu me encontrei com ele numa agência de um grande banco, o senhor Franz estava tentando depositar algumas de suas esculturas como se fossem jóias e assim levantar recursos. Foi um pioneiro do movimento ecológico do Brasil, que sofreu muito e que amava de paixão a nossa natureza": comentário de Antônio de Pádua Silva Padinha, ecologista e editor deste blog sobre o personagem do vídeo hoje, aqui: "Na época, mais de 30 anos atrás, ele já falava na necessidade duma produção rural sustentável".

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  7. "A onda de queimadas, o aumento do desmate geraram como um efeito colateral pressões até do mercado e cobranças internacionais chamando a atenção para a agenda ambiental do governo brasileiro, que tem flexibilizado a legislação ambiental e diminuído a fiscalização, o que faz aumentar a destruição": comentário de Dorival Pereira Alves, engenheiro florestal na região de Piracicaba, onde pesquisa matas ciliares em torno do principal rio daquela região.



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  8. "Atualmente, o agronegócio é responsável por 21,6% do PIB brasileiro, segundo o Ministério da Agricultura. Preocupados com questões como logística, estrutura e desafios comerciais como o vaivém das commodities no mercado internacional, a questão da sustentabilidade acaba não sendo prioridade para o setor como um todo": comentário extraído de matéria do G1 sobre a questão em foco hoje em nosso blog.

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  9. "A questão da sustentabilidade, no sentido amplo, é uma preocupação. Mas em primeiro lugar vem a estrutura e a logística e as questões comerciais": comentário de Roberto Rodrigues, agrônomo e ex-ministro da Agricultura (2003-2006) e coordenador da área de agro da Fundação Getúlio Vargas.

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  10. "Os riscos gerados pela devastação ambiental na agricultura são uma ameaça muito mais iminente do que se imagina": comentário do pesquisador Eduardo Assad, da Embrapa.

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  11. Alguns estudos projetam perdas de produtividade causadas por desmatamento e mudanças climáticas para os próximos 30 anos. Outros não trabalham com tempo, mas com nível de devastação, como o estudo Efeitos do Desmatamento Tropical no Clima e na Agricultura, das cientistas americanas Deborah Lawrence e Karen Vandecar, que afirma que quando o desmatamento na Amazônia atingir 40% do território (atualmente ele está em 20%), a redução das chuvas será sentida a mais de 3,2 mil km de distância, na bacia do Rio da Prata": comentário extraído da mat´[eria do site DW, a partir de estudo feito por pesquisadores das Universidades Federais de Minas Gerais e Viçosa.



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