Em várias regiões Verdes discutem neutralidade como necessária para PV e para o Brasil
Marina Silva, assim que se informou oficialmente que, apesar dos 20 milhões de votos e dos 20% da votação para Presidente do Brasil, ficou de fora do 2º Turno, pelo qual lutou tanto, procurou nas entrevistas ainda domingo à noite não assumir se apoiará Dilma (PT) e/ou Serra (PSDB), preferindo no momento a independência em sua posição: ela sugeriu que uma plenária do PV decidirá qual o rumo dos Verdes neste returno eleitoral. A plenária realmente é a melhor alternativa e de certa forma já começou na troca de telefonemas, e-mails e contatos pessoais entre militantes e dirigentes verdes de vários lugares. Na véspera, no Rio, o dirigente nacional Alfredo Sirkis já desautorizava boatos ou articulações de eventuais apoios, chamando-os de "especulação".
No day after, nesta segunda-feira, começa a se formar uma tendência verde de neutralidade. Alguns fundadores e dirigentes do PV alertam que conforme o tipo de acordo, o PV poderá ser "engolido" por algum dos concorrentes do segundo turno, bem maiores do que ele, tanto os tucanos como os petistas não têm em seus principais líderes nem em sua prática política o Desenvolvimento Sustentável, base dos ideais do Partido Verde e do programa de governo de Marina que mexeu tanto com o país. Um dirigente do PV de Santa Catarina, que pediu para ainda não publicarmos seu nome, neste sentido lembrou o caráter desenvolvimentista do Governo Lula (desenvolvimento a qualquer custo, a dano do meio ambiente), bem como a prática nada ecológica ou sustentável dos pessedebistas em São Paulo, por mau exemplo, onde em dezesseis anos não implantaram saneamento báscico nem mesmo na capital, quanto mais no interior...O verde baiano Honório da Mata me enviou um e-mail de alerta, comentando que Ciro Gomes, quando foi derrotado em sua campanha presidencial pelo PPS estava muito forte, aderiu com tudo ao PT e desfez todo o carisma que construira em torno de seu nome e de suas propostas de governo.
No caso do PV-SP parece meio que unânime a posição por neutralidade, a princípio: com maturidade e equilíbrio, os Verdes devem raciocinar, liderados por Marina, para só depois eventualemnte negociar algo, preservando nossa independência e a imagem positiva que conquistamos neste momento com a campanha presidencial. Por que o PV deveria se arriscar e se envolver no jogo político de outro partido? Se para a eleição ninguém quís apoiar ou aceitar as posições dos Verdes, por que motivo querem agora? Os setores da população que apoiaram Marina e as propostas verdes, como reagirão a uma composição de 2º Turno com algum dos candidatos concorrentes, ambos do ponto de vista da sustentabilidade e do nosso projeto político, muito diferentes de nós e muito iguais entre si...Com este alerta, estou querendo abastecer e estimular o debate, para que Marina Silva e o PV continuem avançando por suas próprias pernas, sem ter que assumir erros ou limites de outros partidos, com independência, liberdade e força na criação do futuro da Nação. Elegemos uma bancada verde e ela agora é também outra força a ser considerada, ouvida, podendo articular via Congresso Nacional uma frente pró-Desenvolvimento Sustentável. O povo já está assimiliando a proposta do PV, diante desta postura ética e votação histórica de Marina. Estamos construindo um caminho, será que vale a pena um desvio de rota ou correr o risco de um atalho? O PV aliar-se a um partido de linha diferente para ser governo, aumentando a sua estrutura e pragmatismo, poderá perder a imagem pública que acabou de conquistar agora? A neutralidade agora será a melhor forma de ajudar o avanço do Brasil? Você verde com a palavra. (Antônio de Pádua, ecologista Padinha)
O PV é a nova força política do Brasil, atualiza a vida pública nacional com a cidadania e a ecologia das propostas verdes.
ResponderExcluir