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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Marina cresce e empata com Serra no Rio

A situação no Rio de Janeiro poderá se reproduzir em outras regiões do país

Nas ruas começa um movimento: o voto útil agora é o 43
A candidata do PV à Presidência, Marina Silva, conquistou mais de 1 milhão em intenção de votos no Estado do Rio de Janeiro em dois meses e empatou com José Serra (PSDB) entre os eleitores fluminenses.
O Rio caminha para, mais uma vez, destoar do resto do país ao votar. O crescimento verde pode ser explicado por um vácuo político em um eleitorado de 11,6 milhões de pessoas --o terceiro do país-- bem informado e com forte presença evangélica.
Segundo o Datafolha, Marina tem 22% das intenções de voto no Rio --dez pontos percentuais a mais que em julho e nove pontos a mais que sua média nacional, de 13%--, o que representa mais de 2,5 milhões de eleitores.
No mesmo período, Serra perdeu oito pontos --tem 23%--, o que configura empate técnico com a candidata do PV, estando no Rio oito pontos abaixo de sua média nacional. A petista Dilma Rousseff é líder com 45% --quatro a menos que sua média nacional.
Na cidade do Rio, Marina atinge 24% dos votos contra 21% do tucano. No Distrito Federal, Marina também está na frente de Serra (26% a 23%), mas nos dois casos estão tecnicamente empatados em razão da margem de erro de dois pontos percentuais.
O sociólogo Antônio Lavareda, analista de pesquisas que presta serviços ao Partido Verde, atribui o comportamento de Marina ao "perfil diferenciado" do eleitorado.
"São regiões em que o tamanho relativo das camadas de maior escolaridade e renda --público que não só é mais receptivo a Marina, mas que também a conhece mais-- é maior, facultando assim esse crescimento."
Marina tira votos de Dilma e de Serra, crescendo mais nos segmentos de alta renda e escolaridade. Pesquisa nacional do Datafolha divulgada ontem mostra Dilma com 49%, Serra com 31% e Marina com 14%. Em alguns pontos setorizados a ecologista sobe mais (tem 23% das intenções de votos entre as pessoas com formação universitária, por exemplo).
Em 2006, no primeiro turno, a candidata do PSOL, Heloisa Helena, obteve 17,1% dos votos no Estado, mas apenas 6,9% no país. Sua performance fez minguar a candidatura do tucano Geraldo Alckmin, que teve no Rio 28,9% contra 41,6% dos votos no país.
Para o cientista político Cesar Romero Jacob, professor da PUC-RJ e especialista em análise de mapas eleitorais, a viabilidade de Marina depende do voto útil --se Dilma não tivesse deslanchado, ela poderia ter sido depositária dos votos do lulismo.
No atual momento de campanha, ela pode se beneficiar do voto útil dos que veem a candidatura tucana empacada. "Isso pode se tornar um problema grave para o Serra no final da campanha", diz.
Jacob afirma que há um vácuo político no Rio em razão da desintegração do que chama de família brizolista, aliados e ex-aliados do líder gaúcho que venceram 5 de 7 eleições para o governo do Estado desde 1982.
"Nos anos 2000, ocorre uma crise de hegemonia que abre espaços para um político pós-Brizola como Sérgio Cabral. Justifica, por exemplo, o surgimento de uma candidatura com força como a de Marcelo Crivella, a boa votação de Heloisa Helena em 2006 e agora o crescimento de Marina", afirma.
O ex-prefeito César Maia, candidato ao Senado pelo DEM, aliado estadual do PV na candidatura ao governo de Fernando Gabeira e nacionalmente alinhado com Serra, aponta outra vertente para o crescimento de Marina: "Ela cresce pelo voto evangélico". Marina converteu-se à Assembleia de Deus em 1997. E as propostas do PV batem com a cultura da vida e da não-violência, presentes em todas as religiões.
O último Censo apontou que 15% dos brasileiros se dizem evangélicos, mas lideranças religiosas afirmam que os evangélicos no Rio chegam a 25% do eleitorado.
Fontes: Plínio Fraga, JB Online
             Acauã dos Santos, RedePV
Comentário de RIVERA LISANDRO GUIANZE 13 minutos atrás
E além do crescimento da Marina, isolada de Gabeira, temos a derrota GLORIOSA de César Maia. Só faltava o filho ficar de fora, mas esse vai conseguir se eleger. De qualquer jeito, o DEM estará quase extinto no RJ. Os emplumados que se cuidem. Daqui a pouco teremos segundo turno com Dilma e Marina.


Comentário de Antônio de Pádua Padinha 28 minutos atrás
Por causa das novelas da Globo e também do samba, das favelas, da Bossa Nova, da MPB X censura, do Cinema Novo, da história do nosso povo, do mar, o Rio tem sido uma fonte de cultura para todo o país, ícone do Brasil: quem sabe, o que acontece lá agora com Marina e o PV venha a se reproduzir em outras regiões. Vai da coordenação nacional da campanha usar esta realidade. Independente da poluição e da violência, pelo seu povo, é mesmo a cidade maravilhosa, Acauã. Palavra de um paulista.
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Um comentário:

  1. Pororoca, onda verde, vira-vira, virada da primavera, seja qual for o nome, um fenômeno nasceu nas últimas horas ou dias, que pode levar as propostas do PV para o 2º Turno.

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