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domingo, 24 de dezembro de 2023

INTELECTUAIS CONTRA O CONSUMISMO TENTARAM CRIAR UM PERSONAGEM INDÍGENA PARA UM NATAL DIFERENTE

Vovô Índio foi criado para substituir Papai Noel no Brasil mas isso não vingou

 

A tentativa não vingou nem entre os próprios indígenas


 O contraste entre os mitos permanece até hoje

Edison Veiga (Brasil) e Rolen De Bled (Eslovênia) fizeram esta pesquisa através da BBC e vale lembrar aos mais jovens que desde os anos 1930, uma figura chamava a atenção em jornais brasileiros no período natalino, o Vovô Índio, então artificialmente projetado por intelectuais nacionalistas. Era uma figura que foi alvo de grandes esforços para se popularizar e destronar o Papai Noel nos corações das crianças ávidas por brinquedos. Não deu certo, visto que era e é um mito internacional e até universal do ser humano. “Melhor é priorizar Jesus, que aniversaria no Natal, ele sim nos dá um presente maior, uma nova visão cristã e solidária da realidade, cada vez mais violenta”, comenta o ecologista Padinha que edita o blog Folha Verde News, resumindo este conteúdo. Em síntese, "Vovô Índio e as crianças" foi a chamada de capa do jornal O Globo em 24 de dezembro de 1932, com uma reportagem sobre que uma figura diferente havia sido a responsável pela entrega de presentes em uma escola carioca, ação apoiada por ativistas do nacionalismo e críticos do excesso de consumo no Natal.


 Este livro foi onde tudo começou

 

Este mesmo jornal, do Rio de Janeiro antes um pouco já havia publicado um verdadeiro manifesto em defesa do Vovô Índio — sob o título "Vamos fazer um Natal brasileiro?" — e ainda uma declaração de guerra ao chamado bom velhinho: "Pela deposição de Papai Noel" era o nome do texto. Na capital paulista, foi registrado o mesmo fenômeno. Em 1935, conforme noticiou O Estado de S. Paulo, foi o Vovô Índio quem levou presentes a órfãos paulistanos em ação promovida pela Força Pública, a instituição que antecedeu a atual Polícia Militar. Nos anos 1930 houve ainda um concurso nacional para escolher a imagem que melhor representasse o personagem. E, em 1939, uma peça infantil em cartaz no Rio promoveu o inusitado encontro do Papai Noel com o Vovó Índio. Presidente do Brasil de 1930 a 1945 e de 1951 a 1954, Getúlio Vargas (1882-1954) nutria simpatia pela figura, atestam os pesquisadores. "A fábula do Vovô Índio dizia que ele era filho de um escravo africano com uma índia. Foi criado por uma família branca e, por influência de seus irmãos, deixou de ser escravo", explica o jornalista Marcelo Duarte, que tem programa atualmente na Rádio Bandeirantes de São Paulo, ele incluiu este tema em seu livro O Guia dos Curiosos – Fora de Série: “Até o presidente Getúlio Vargas chegou a pensar em transformá-lo em símbolo nacional". Não virou realidade após anos e anos de tentativas. Hoje os críticos do consumo natalino excessivo preferem destacar o nascimento de Jesus na data mais icônica em todo o planeta. Tanto interesses comerciais, como a magia do personagem vêm sustentando vivo o costume de presentear, escorado na figura do Papai Noel. Talvez o caminho para um avanço cultural seja dar um conteúdo menos comercial e mais humanitário ao Natal, por exemplo, fazendo crescer o apoio às iniciativas já existentes pela condição de vida dos mais carentes da população ou às lutas pela paz, em todas as guerras e contra a crescente violência da atualidade.

(Depois mais tarde na seção de comentários deste blog mais alguns dados e informações dentro dos enfoques desta matéria natalina, venha conferir depois)


 Papai Noel começou como símbolo de carinho às crianças mas caiu depois no consumismo dentro do american way of life...


 A fotinha com o Papai Noel vigora  hoje em dia


Pessoas e movimentos humanitários tentam...

...cada vez mais fazer um Natal solidário

Uma imagem contemporânea de Jesus

O ser humano não pode perder o conteúdo divino e cósmico do Natal para mudar a realidade atual e avançar a vida na Terra


Arte de Van Gogh neste tema (pesquisa de Cris Mayrink)


Fontes: BBC - O Globo - Estadão - folhaverdenews.blogspot.com

 

4 comentários:

  1. "Getúlio Vargas tinha o compromisso de nacionalizar o país, criar um estado nacional, uma estrutura nacional no país. Nesse esforço, ele reforçou a imagem de Tiradentes, por exemplo. E trouxe a ideia do Vovó Índio, deu apoio para difundi-la": comentário do historiador e sociólogo Wesley Espinosa Santana, professor na Universidade Presbiteriana Mackenzie: "Esta estratégia "Vargas tinha o compromisso de nacionalizar o país, criar um Estado nacional, criar uma estrutura nacional. Nesse esforço, ele reforçou a imagem de Tiradentes, por exemplo. E trouxe a ideia do Vovó Índio, deu apoio para difundi-la", explica o historiador e sociólogo Wesley Espinosa Santana, professor na Universidade Presbiteriana Mackenzie: "Mas não pegou na população."

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  2. "Com contornos de lenda e sem constar de jornais da época, mas apenas de histórias publicadas décadas mais tarde sobre o assunto, o mais famoso desses episódios pode ter ocorrido há exatos 90 anos, no Natal de 1931, quando o presidente Vargas teria sido anfitrião de um evento natalino para apresentar o Vovô Índio para a criançada em um estádio do Rio": coimentário de Edson Veiga. jornaliosta da BBC.

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  3. "Nacionalismo como sentimento é bom, com motivação política costuma dar errado, no caso, mais importante do que um Papai Noel brasileiro creio que atualmente é substituir o ícone do consumo pelo conteúdo principal do Natal, que claro é o nascimento de Jesus, um líder para um avanço da humanidade no sentido de fraternidade, de lado divino da vida e da paz que cada vez mais vai falta no Brasil e na Terra, em meio à violência crescente": comentário de Antônio de Pádua Silva Padinha, ecologista, editor deste blog.

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  4. Você pode postar direrto aqui seu com,entário ou a sua informação, se preferir, envie seu conteúdo pro e-mail padinhafranca603@gmail.com que divulgamos depois.

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