PODCAST

sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

200 BILHÕES AGORA EM INVESTIMENTOS EM BIODIESEL DE MACAÚBA ATÉ 2037 NA BAIA E EM MINAS GERAIS

Um novo mapa na agenda dos biocombustíveis é algo positivo na COP28 agora unindo governos, universidades, empresas, sociedade civil e povo do interior do Brasil


 A macaúba no sertão...

...na COP28 é vista como biocombustível do futuro


Técnicos e pesquisadores brasileiros com apoio governamental estão na parte final da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas deste ano empunhando a bandeira dos biocombustíveis como solução para a transição energética não só do país, como também de boa parte do planeta. O Brasil calcula que a produção de combustíveis renováveis (como a partir da macaúba) deverá atrair cerca de 200 bilhões de reais em investimentos nas próximas 2 décadas, nos informa Nayara Machado, da epbr, direto da COP28 em Dubai. Ela destacou que nesta cúpula de transição energética, a macauba (palmeira nativa da divisa de Minas com a Bahia) será fonte para a produção de combustível sustentável de aviação (SAF), diesel verde (também chamado de HVO), etanol de segunda geração (2G), a este coco se unirá também a exploração de biocombustíveis tradicionais (etanol, biodíesel), uma chance de avançar em nosso país uma alternativa para os combustíveis fósseis, uma solução de economia ecológica debatida agora em plena terra do petróleo. Aliás, somando aos contatos com investidores internacionais ou empresas, o governo brasileiro está dando entrada no Congresso Nacional da lei do Combustível do Futuro que semana que vem está previsto entrar em pauta na Câmara dos Deputados. Isso faz parte também da necessidade de elevar a 30% a mistura de etanol ou biocombustíveis à gasolina, tentando agilizar a despoluição e a chegada da economia sustentável até 2030. Só esta última medida, pelos cálculos do MME, deve movimentar R$ 105 bilhões. 


O coco da macaúba usado também na indústria de alimentos

 Ele é produzido nos coqueiros de espinho

O futuro sustentável agradece a natureza do sertão


COP28: a transição energética via o combustível do futuro Alguns avanços regulatórios do Combustível do Futuro foram apresentados a empresas vinculadas a um dos maiores fundos soberanos do mundo. O secretário Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Pietro Mendes, representou o Ministério de Minas e Energia (MME) durante reunião com a empresa de energia Acelen, criada pelo Fundo Suberano de Abu Dhabi, Mubadala Capital. No encontro desta semana que faz parte da agenda de atração de investimentos da delegação brasileira, foi reforçada a importância da colaboração entre Brasil e Emirados Árabes Unidos e integração de investimentos privados e cooperação internacional para a transição energética para uma economia mais ecológica e para conter as mudanças climáticas. Diesel verde, bioquerosene de aviação, combustível do futuro, solução que vem do mato, da macaúba do sertão. 


Esta paisagem brasileira encanta cientistas, ecologistas e investidores em biocombusível como alternativa ao petróleo 


(Na seção de comentários deste blog da ecologia depois você terá mais dados sobre a macaúba e sobre este positivo processo de transição energética para a criação do nosso futuro que apoia também a agricultura familiar e a natureza do Brasil). 


Ao longo de diversos encontros bilaterais, painéis e rodadas com investidores, o combustível de macaúba foi apresentado também como um marco que dará a segurança regulatória necessária, associada à estabilidade política e econômica, para que os investidores optem por investir no Brasil a bem também da condição de vida, trabalho e emprego da população do interior do nosso país. 


 Macaúba hoje mais presente na agricultura familiar


Inovação e agricultura familiar - Uma iniciativa bem-sucedida do Brasil, a produção de biocombustível a partir de oleaginosas, como a macaúba, foi apresentada como ação de redução de desigualdades e valorização da agricultura familiar. O projeto da macaúba, do qual o Fundo Mubadala e a Acelen são parceiros, é uma iniciativa de biorrefino na Bahia, com sistema de produção de 20 mil barris de diesel verde equivalente e combustível sustentável de aviação (SAF), com o diferencial de ser feito a partir de óleos vegetais, especialmente macaúba e óleo de palma. De um modo geral, os biocombustíveis e áreas relacionadas, como a captura e estocagem de carbono, devem atrair mais de R$ 200 bilhões em investimentos até 2037, estimulando que pequenos agricultores invistam tanto na produção de alimentos quanto na de matéria-prima para combustíveis sustentáveis. Pode vir a ser um avanço econômico, social e ambiental. 


 De repente nosso futuro está no mato do sertão


 Fontes: Epbr - Embrapa - MME -folhaverdenews.blogspot.com 

 

8 comentários:

  1. Pesquisadores já projetam a macaúba como combustível para a aviação e esta alternativa ao petróleo talvez já seja usada nos carros da Fórmula Um em 2024. Depois mais tarde, mais dados e debates aqui nesta seção de comentários.

    ResponderExcluir

  2. "Escrevo esta newsletter diretamente de Dubai, onde ocorre desde a semana passada a 28ª Conferência do Clima, a COP28. Minha colega Anna Beatriz Anjos já vinha acompanhando a cúpula in loco desde o primeiro dia e agora eu vim reforçar a cobertura para a segunda semana de negociações, quando os diplomatas precisam acertar os ponteiros, resolver diferenças e começar a chegar a consensos": comentário de Giovana Girardi, Agência Pública, jornalista

    ResponderExcluir

  3. “Um documento de 200 cientistas destaca que a urgente eliminação do uso de combustíveis fósseis e a correspondente adoção de soluções capazes de zerar o balanço de carbono de origem antrópica são cruciais para o futuro de bilhões de pessoas”, escreveu o colega José Tadeu Arantes, para a Agência Fapesp sobre o estudo. No evento de lançamento em Dubai, o pesquisador sueco Johan Rockström, diretor do Instituto Potsdam de Pesquisas sobre Impacto Climático e um dos autores do relatório, fez questão de reforçar: “Em última análise, não existe outro caminho senão a eliminação total de todos os combustíveis fósseis”: copmentário também de Giovanio Giradi, ao vivo em Catar na COP28.

    ResponderExcluir
  4. "Dentro deste cenário superimportante este programa de biocombustíveis, o Projeto Macaúba, pode vir a ser um alternativa energética, crindo um polo de empregos e de tecnologia ambiental em Minas Gerais e na Bahia, este é o sentido desta matéria que a gente postou aqui no blog, na luta pela recuperação da ecologia e pelas energias limpas para existir um futuro sustentável": comentário de Antônio de Pádua Silvas Padinha, ecologista, editor do Folha Verde News.

    ResponderExcluir
  5. Você pode postar direto aqui nesta seção sua notícia ou o seu comentário, se preferir envie seu conteúdo (texto, foto, arte, vídeo, pesquisa etc) para o e-mail donosso editor, mande para padinhafranca603@gmail.com

    ResponderExcluir
  6. "A Acelen já assinou um memorando de investimentos com o governo da Bahia para investimentos de US$ 2,5 bilhões em biorrefino da Macauba.a partir da infraestrutura existente da refinaria de Mataripe. A expectativa é produzir cerca de 20 mil barris/dia de biocombustíveis, a partir de óleo vegetal oriundo da Macaúba. Esta palmeira possui alta produtividade por hectare em relação a outras culturas e é o que se chama de matéria-prima 100% utilizável porque engloba os 4Fs – Food, Feed, Fiber and Fuel (comida, matéria-prima, fibra e combustível)": comentário de Luiz de Mendonça, CEO da Acelen.

    ResponderExcluir
  7. "A Macaúba (Acrocomia aculeata) é uma palmeira nativa brasileira da família botânica Palmae e pode ser encontrada em muitas regiões do território brasileiro. A palmeira é arborescente, espinhosa, tem mais de 15m de altura e se adapta facilmente ao clima e a diversos tipos de solo. É uma planta perene que dura até cem anos e necessita de pouca água para sua sobrevivência. As amêndoas dos cocos são revestidas por uma polpa que tem a capacidade de gerar grandes quantidades de óleo tem sido incorporado ao processo produtivo da indústria de sabões. O óleo obtido das amêndoas dos cocos também é comestível, sendo já bem utilizado na indústria de alimentos. Agora, começa a promissora produção de biocombustíveis": comentário de Talita Delgrossi Barros consultora e de José Gilberto Jardine, pesquisador da - Embrapa.

    ResponderExcluir
  8. "O projeto Macaúba é fruto também do trabalho da equipe de Marina Silva no MMA com muitas articulações agora na conferência da ONU no Catar": comentário de Vladimir Mendes, biólogo, que nos enviou e-mail com este conteúdo.

    ResponderExcluir

Translation

translation