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domingo, 18 de setembro de 2022

MAIORIA DOS PRESIDENCIÁVEIS NEM CITAM O CERRADO EM SEUS PLANOS DE GOVERNO

Também a maior parte dos candidatos a governador de estados ou a deputados e senadores não fazem nem menção nem ao bioma nem à campanha do ISPN que busca mudar o cenário de destruição ambiental no bioma das águas do interior do país, constatou e repórter Cristiane Prizibisczki no site O Eco (dados que resumimos aqui no blog da gente)


 Depois de secas bravas nos últimos tempos...

...a revalorização do Cerrado pode ser o caminho para uma recuperação da ecologia no clima e no meio ambiente


Segundo maior bioma do país, responsável por fornecer água e energia para grande parte do Brasil e importante sumidouro de carbono, o Cerrado é negligenciado pelos candidatos a diferentes cargos nas eleições de 2 de outubro. Segundo o levantamento, poucos dos presidenciáveis citam o bioma em seus planos de governo, há raras exceções. Em geral nos planos de governo ou propostas eleitorais, a palavra Cerrado é citada no mais das vezes só para divulgar o que um ou outro governo fez lá ou ainda promessas do que fará. Caso você queira detalhes, consulte o levantamento do site O Eco. A regra tem sido nesses últimos anos o aumento no número de queimadas e desmatamento ali e em diferentes biomas brasileiros. Cerca de 50% do Cerrado já foram perdidos, segundo dados do WWF, fundo mundial da natureza. 


Vamos à luta para as chuvas voltarem


A IMPORTÂNCIA DO CERRADO MERECERIA MAIS DOS POLÍTICOS - Um estudo publicado na revista científica Journal of Applied Ecology mostrou que as florestas têm uma prevalência em estudos científicos e também nas redes sociais, em detrimento de biomas abertos. Assinada por um grupo de 14 cientistas do Brasil, Austrália, África do Sul, Reino Unido, França e Estados Unidos, a pesquisa analisou cerca de mil estudos científicos, mais de 50 mil tweets de instituições parceiras da Organização das Nações Unidas e mais de 45 mil tweets dos maiores canais de mídia de ciência e meio ambiente do mundo. Os resultados mostraram uma quantidade 9,6 vezes superior de tweets para florestas do que para biomas abertos. Disparidade semelhante foi encontrada na análise dos estudos científicos: cerca de 70% dos estudos de restauração concentram-se em florestas tropicais. A falta de interesse por ecossistemas abertos foi chamada pelos autores da pesquisa de “disparidade de consciência de bioma (DCB)”. “O que ficou evidente por meio de nossa análise é que há uma disparidade de consciência de biomas, conceito que pode ser definido como uma falha em reconhecer a importância de todos os biomas na política de conservação e restauração”, explica Lívia Carvalho Moura, pesquisadora do Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN) e uma das autoras do estudo em defesa do Cerrado  A ISPN faz um movimento Vote Pelo Cerrado em busca de mobilizar o Brasil pela natureza essencial ao interior brasileiro, a começar pelo fim da seca ou da escassez de chuvas.  

Chegamos no interior a uma situação limite entre a seca crônica e a necessidade de volta das chuvas


Fontes: O Eco - WWF - ISPN - folhaverdenews.blogspot.com

5 comentários:

  1. A ecóloga e Coordenadora do Programa Cerrado e Caatinga do ISPN, Isabel Figueiredo, explicou que a ausência do Cerrado nos Planos de Governo dos candidatos é reflexo desta negligência da sociedade em relação às vegetações não florestais. Mas não só isso.
    Segundo ela, candidatos estão cientes e são coniventes com o fato de que grandes empresas de commodities não deixarão de fazer pressão sobre os biomas brasileiros não florestais, mesmo que estas tenham assumido compromissos de desmatamento na Amazônia.

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  2. “É mais confortável defender a Amazônia do que o Cerrado porque você vê. Você posa de que está fazendo um compromisso com as florestas tropicais, que é o que a sociedade mais se importa. Mas, ao mesmo tempo, você está permitindo que a expansão desenfreada do agrobusiness, que é detonadora, aconteça nesses outros ambientes, nesses outros ecossistemas. Então, mais do que refletir o que a sociedade fala, há um interesse escuso para que a gente possa, sim, continuar ampliando de forma indiscriminada a questão da produção de commodities no bioma Cerrado”: comentário de Isabel Figueiredo, ISPN. .

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  3. No contexto das eleições, a “disparidade de consciência de bioma” é reforçada pela própria mídia, que deixa de dar importância ou questionar os candidatos sobre outros tipos de vegetação que não a floresta tropical. “Em debates, ao fazer perguntas para os candidatos, quando vai falar da questão ambiental fala-se de Amazônia e de desmatamento na Amazônia e um pouco de clima. Mas não se fala, por exemplo, na situação dramática que o Pantanal está vivendo, na velocidade de desmatamento do Cerrado, que é absurda”,: comentário extraído da matéria do site O Eco.

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  4. Para tentar mudar este cenário, o ISPN lançou, na última semana, a campanha #VotePeloCerrado, que visa aumentar o conhecimento da população sobre a importância do bioma e as consequências que sua degradação pode causar à sociedade caso políticas públicas de conservação não sejam implementadas.
    Realizada pelo ISPN, Rede Cerrado e parceiros, a campanha #VotePeloCerrado vai contar com ações digitais e offline, que acontecem até o primeiro turno das eleições, dia 2 de outubro. Vídeo de divulgação da Campanha #VotePeloCerrado, do ISPN, Rede Cerrado e parceiros.

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  5. A ideia é mobilizar cidadãos na cobrança de seus candidatos sobre propostas para conservação e medidas de redução do desmatamento do Cerrado e demais ecossistemas não florestais. A julgar pelas propostas dos candidatos a ocupar o Palácio do Planalto e os governos de estados majoritariamente formados pelo bioma, os eleitores terão muito trabalho pela frente.

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