Eletrificação dos ônibus: oportunidade para o clima e a economia também para a saúde do povo destaca hoje o site Climatempo (uma pauta que é um projeto para o país mudar)
...ônibus elétricos precisam ser a prioridade nas cidades e já existe tecnologia para isso econômica e ecológica |
O site de meteorologia também participou de evento com este tema no Memorial da América Latina ontem, realmente, os efeitos das mudanças climáticas já são hoje mais sentidos diariamente na saúde da
população e nos seguidos eventos climáticos extremos. A tomada de ações para mitigar
esses efeitos é mais do que urgente e não para daqui alguns anos. A eletrificação
dos transportes públicos agora é uma das medidas inadiáveis, seguindo o que já é uma
realidade nos Estados Unidos, na China, em países da Europa, até no Chile e na Colômbia. Logo mais será a hora do Brasil mudar sua estrutura de mobilidade urbana e escolher
transportes limpos. Os ônibus
elétricos se conectam com o clima e com a construção de uma sociedade
socialmente justa e sustentável que considere a qualidade de vida da população. Mas como
essa transição pode acontecer na prática? Esse foi o tema do painel que rolou no evento “Eletrificação do transporte público no
Brasil”, no Memorial da América Latina em Sampa. A pauta foi escolhida porque o clima agora se encontra no centro do debate sobre
a urgência de reduzirmos as emissões dos gases de efeito estufa (GEE). Isso
ficou claro no último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças
Climáticas (IPCC), que publicamos na íntegra no blog da gente (Folha Verde News), demonstrando que na janela dos próximos 10 anos é essencial agirmos no sentido de reduzir os GEE. No Brasil, quando
se fala em cuidar melhor do planeta, a tendência popular é pensar unicamente na
manutenção da floresta em pé, mas quando observado o aumento das emissões
causadas pelo setor de transportes nos últimos anos, é possível compreender a
necessidade de acrescentarmos mais esse setor na tomada de decisões públicas. Para isso,
existem múltiplas oportunidades que precisamos cobrar dos políticos neste país sem gestão ambiental dos governos.
Para que haja uma transição energética, ou seja, que passemos de veículos
movidos a combustíveis fósseis para elétricos, é preciso mobilizar e engajar a
população na agenda de clima. Segundo Camila Gramkow, Oficial de Assuntos
Econômicos na CEPAL Brasil, uma entidade ligada às Nações Unidas, o modelo
atual de desenvolvimento que vivemos é insustentável: "Ele parte de
uma matriz que é pouco dinâmica economicamente. Mesmo antes da pandemia, o
desemprego já estava alto, a pobreza já estava novamente em crescimento, bem
como a desigualdade. Sem falar na questão ambiental com a crescente perda da
riqueza natural com o desmatamento e no crônico uso de combustíveis fósseis,
especialmente no setor de transportes”, explicou Gramkov. Antes da pandemia, o Brasil já estava com poucas perspectivas de
desenvolvimento socioeconômico e ecológico, hoje esse cenário está agravado, megacrise. As pessoas sentem essa insuficiência em seu
dia a dia, e isso é revelado pelos altos índices de desemprego e aumento do número
de famílias vivendo abaixo da linha da pobreza. Há uma necessidade urgentíssima de
mobilizar um enorme volume de investimentos para as diversas áreas ligadas ao meio ambiente. Não se
transforma um modelo de desenvolvimento, no setor de transportes e energético sem
investimentos. Para viabilizar uma economia de baixo carbono, sustentável e
inclusiva, a eletromobilidade é uma peça chave. A poluição do ar adoece milhões de pessoas, mata mais do que a maioria das doenças. O ar puro assim como a água, fundamental para a vida.
O investimento em um setores da economia verde traz outros benefícios. Segundo um estudo sobre ônibus elétrico no Brasil publicado pela CEPAL em abril de 2022, para cada emprego gerado diretamente no
setor de transporte eletrificado, seriam gerados 21 outros empregos na economia. Esse é o
poder multiplicador desses investimentos transformadores e sustentáveis. Para Walter de Simone, diretor do Instituto Talanoa, é preciso que seja falado
mais sobre clima no contexto social para, assim, aproximar o tema do maior
número de pessoas possível que ainda estão sem a informação: “Tem três coisas
que importam para a gente olhando para o futuro: transporte urbano, saneamento
básico e geração de emprego. A gente tem que começar a falar sobre o problema
que as pessoas têm nesses contextos e identificar quais são as preocupações que
as pessoas têm. Nós, que sabemos do fator clima, precisamos fazer a conexão com
o que essa pessoa vive”, defendeu Walter de Simone. Camila Gramkow aponta também que existiu uma falha na narrativa de economistas
para construção de uma solução climática. Existe uma necessidade de corrigir as
metodologias de quantificação do custo para mitigação das mudanças climáticas,
pois relatórios anteriores de ação quanto ao clima apresentavam custo líquido para a
economia, o que levava tomadores de decisão a não escolherem arcar com esses
custos. Enfrentar a catástrofe global climática que já está se impondo não deve
ser olhado como um custo líquido, já que a opção pelo não enfrentamento é muito
pior e custará cada vez mais: "O caminho para alterar essa narrativa é corrigir essas metodologias
de quantificação do custo e entender que proteger o meio ambiente é sinônimo de
desenvolvimento socioeconômico”. O Brasil, no entanto, não vai chegar aonde quer chegar na eletrificação
do transporte se não tiver políticas públicas, governamentais. Uma política de estado
estruturante, seja de indústria, de comércio ou regional, tem que considerar a
eletrificação como um eixo, uma pré-condição para próximas decisões. Reorganizar as grandes políticas estruturais que o país já tem ou teve mas que agora não se conectam com a questão ambiental e climática é emergencial.
Os benefícios socioeconômicos que o transporte público elétrico pode trazer só
vão se concretizar se houver capacidade produtiva e tecnológica inovadoras no
país, multiplicando renda e emprego. E o Brasil tem potencialmente capacidade para isso. A Plataforma
Nacional de Mobilidade Elétrica (PNME) e TUMI E-Bus Mission realizaram o evento
“Eletrificação do transporte público no Brasil” a fim de destacar a relevância
de incluir efetivamente o tema da eletrificação dos transportes públicos no
contexto das atuais discussões climáticas, sociais e econômicas para dar mais espaço à população geral de se ligar no debate sobre os caminhos para viabilizar a
mobilidade urbana sustentável, incluindo também aspectos como qualidade de vida e
bem-estar urbano. Com o objetivo de juntar todos os setores envolvidos nessa mudança, a PNME também
lidera a campanha Via Elétrica, uma iniciativa que agrega
diversos ângulos da busca pela eletrificação do transporte coletivo urbano, os
ônibus. São redes, empresas, governos e organizações que precisam trabalhar para
promover a transição energética na mobilidade das cidades e que, por esse
motivo, têm gerado conhecimento e promovido a conexão entre partes interessadas
a fim de viabilizar essa urgente transição para o que será o desenvolvimento sustentável.
Fontes: Climatempo - GreenMe - folhaverdenewsblogspot.com
Mais tarde, mais dados e comentários, venha conferir aqui, depois mais informação nesta pauta urgentíssima.
ResponderExcluirVocê pode postar direto aqui sua mensagem, se puder, envie conteúdo (texto, foto, vídeo, pesquisa, notícia) pro e-mail do editor deste blog que em seguida divulgará o material, mande para padinhafranca603@gmail.com
ResponderExcluir"Participei ainda no final dos anos 70, começo da década de 80 da criação e realização de um Globo Repórter, através da Blimp Film, sobre a poluição do ar que então já estava dramática, hoje, a situação está mais do que trágica": comentário de Antônio de Pádua Silva Padinha.
ResponderExcluir"Evitar mortes e doenças porque a poluição do ar mata 300 mil pessoas por ano aqui no continente (7 milhões em todo o planeta segundo a OMS), esta é a razão da luta da ciência ambiental para eletrificar todos os ônibus já, livrando as cidades dos combustíveis que poluem e custam caro também para a saúde: geram doenças respiratórias, cardíacas, avcs, cânceres de pulmão cada vez mais. É a pauta desta luta do bem": comentpário que está em um post no Facebook hoje.
ResponderExcluir"Além dos ônibus, tem os carros e os caminhões poluindo aqui e toda cidade, poluição adoecendo e matando cada vez mais gente. prejudicando a condição de vida mais das crianças e pessoas sensíveis, a eletrificação do transporte público é possível, econômica e ecológica, o primeiro passo para a vida urbana começar a ser sustentável. Esta foi a conclusão do evento com especialistas no Memorial da América Latina que você pode conferir no blog Folha Verde News, para ajudar esta mudança positiva, para a gente ter mais natureza e ar puro aqui e em todas as cidades": comentário que resume esta postagem do blog da gente.
ResponderExcluir"Detalhe principal: o ar poluído prejudica mais ainda as crianças e pessoas sensíveis, segundo dados dos médicos e dos cientistas ambientais.
ResponderExcluir"Cumprimentamos a iniciativa do evento no Memorial da América Latina em São Paulo e também este blog que é um oásis na mídia, destacando pautas como essa que são mesmo um projeto para mudar a vida no país já que estamos prestes a ter eleições no Brasil": comentário de Geraldo Assis Monfort, engenheiro pela USP e atuando em Recife (Pernambuco).
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