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sexta-feira, 17 de junho de 2022

EM MEIO DE TANTAS TRISTEZAS NO BRASIL A ALEGRIA DE UM ECOLOGISTA NORDESTINO

Nestes dias a Portaria 450 do ICMBio (Instituto Chico Mendes da Biodiversidade) oficializou uma reserva particular de 135 hectares da vegetação da Caatinga, onde o ecologista Jorge Dantas viveu na infância, uma pequena reserva mas importante para a luta de recuperar o equilíbrio deste bioma ameaçado de destruição


Um refúgio para restaurar o bioma Caatinga


Ainda acontecem coisas boas que nos estimulam a recuperação da ecologia cada vez mais perdida no Brasil, a notícia positiva vem do Rio Grande do Norte, Jorge Dantas está se formando em ciências biológicas na universidade federal deste estado: ele liderou a criação de uma reserva particular da natureza da Caatinga, muito ameaçada e fragmentada ao norte do rio São Francisco. Ela será um refúgio de espécies vegetais e animais raros, como o Corrupião, ave típica do agreste que está cada vez mais desaparecendo do mapa. 


O popular Corrupião anda muito sumido


Aos 49 anos este oficial de justiça voltou a estudar, está se formando em Biologia na UFRN e deu este exemplo de que a sociedade civil e nosso movimento ecológico pode tomar à frente, ajudar a mudar e avançar o país no meio ambiente, algo que envolve a condição de vida e saúde da população, 27 milhões de brasileiros e brasileiras sobrevivem lá nesta região enfrentando as secas e a crescente destruição do bioma. 

A riqueza da vegetação nativa surpreende 


Filho de pai e mãe do interior, Jorge Dantas é um oficial de justiça que em 2016, aos 49 anos, entrou na faculdade de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) buscando entender melhor os passarinhos, animais que sempre o encantaram. Já no curso, durante as aulas de Ornitologia, o estudo das aves, ele se encontrou e fortaleceu ainda mais o encantamento por esse grupo de seres vivos, mas agora com algumas centenas de nomes científicos, cantos e padrões de coloração para codificar. O resultado disso é que este novo biólogo está agora prestes a defender uma tese científica que envolve também as aves da fragmentada e ameaçada toda  a Mata Atlântica do Centro de Endemismo Pernambuco, porção do bioma ao norte do rio São Francisco, incluindo este território potiguar, onde ele concentra seus esforços com a criação da reserva que pode vir a ser estratégica para restaurar o bioma, é uma pequena reserva porém importante por este alcance ecológico. 


 A Suçuarana é uma das espécies animais que...

...apesar de todas agressões sobrevive no Nordeste


Foi mirando na biodiversa e semiárida Caatinga (mata branca, em tradução do tupi-guarani) que Jorge Dantas acabou por realizar seu maior sonho, a criação da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Refúgio Jamacaii. A reserva com nome de um dos pássaros entre os  mais bonitos e já raros da Caatinga, o concriz ou corrupião (Icterus jamacaii, no nome científico), ela está localizada justamente na região onde seu
pai nasceu e cresceu, na zona rural da pequena Equador, no coração do Seridó potiguar. Criada oficialmente pela Portaria 450 
do Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio), a mais nova RPPN da mata branca brasileira tem pouco mais de 135 hectares de vegetação de Caatinga preservada ou em estágios diferentes de regeneração. “É a realização de um sonho. Espero que mais e mais RPPNs sejam criadas para que nossa natureza seja preservada, nossos biomas sejam recuperados, a nossa existência neste país e planeta seja prolongada,  o que, tirando pelo cenário hoje, não está nada garantido”, comentou Jorge Dantas com a oficialização da reserva que se chama Refúgio Jamacaii, o nome científico do popular e sumido Corrupião.


 O simpático Jegue por ali ainda tem a ...

 ...alegre companhia de aves raras


(Na seção de comentários mais dados sobre a Caatinga com informações sobre o bioma que este biólogo e ecologista tem como meta recuperar em seu equilíbrio ecológico, vamos postar também aqui no blog dois vídeos para ajudar e para ampliar a comunicação desta postagem)

 

Carece mesmo restaurar a ecologia da natureza da Caatinga que supera secas e agressões

Fontes: OEco – Ibflorestas – folhaverdenews.blogspot.com


6 comentários:

  1. Já temos mais algumas informações e depois mais tarde vamos postar, venha conferir para ampliar o conteúdo.

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  2. Você pode postar direto aqui sua opinião, se puder ou quiser envie uma mensagem (texto, foto, vídeo, arte, notícia ou pesquisa) pro e-mail do editor deste blog ligado ao nosso movimento ecológico, científico, da cidadania e da cultura da vida: padinhafranca603@gmail.com

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  3. "Os ecossistemas do bioma Caatinga encontram-se bastante alterados, com a substituição de espécies vegetais nativas por cultivos e pastagens. O desmatamento e as queimadas são ainda práticas comuns no preparo da terra para a agropecuária que, além de destruir a cobertura vegetal, prejudicam a manutenção de populações da fauna silvestre, a qualidade da água, e o equilíbrio do clima e do solo": comentário extraído do site Ibflorestas.

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  4. "27 milhões de pessoas vivem atualmente no polígono das secas. A extração de madeira, a monocultura da cana-de-açúcar e a pecuária nas grandes propriedades (latifúndios) deram origem à exploração econômica. Na região da Caatinga, ainda é praticada a agricultura de sequeiro, que é uma técnica para cultivo em terras extremamente secas": comentário extra[do de estudo do IBGE.

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  5. "O que Jorge Dantas está fazendo no seu refúgio para tanto preservar como recuperar a ecologia da Caatinga, o Brasil precisa fazer em todos os biomas e regiões, já que os políticos não fazem a gestão ambiental, as empresas e o movimento ecológico ou científico precisamos dar um jeito de assim garantir o futuro da nossa natureza e da vida": comentário de Antônio de Pádua Silva Padinha, editor deste blog.

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  6. "Os órgãos ambientais do setor federal e ambientalistas concordam num ponto, estimam que mais de 46% da área da Caatinga já foi desmatada e é considerada ameaçada de extinção. Vale ressaltar que muitas espécies são endêmicas desse bioma, ou seja, ocorrem apenas lá": comentário extraído do site O Eco. .

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