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segunda-feira, 19 de julho de 2021

NO SUDESTE TAMBÉM AQUI EM NOSSA REGIÃO SECA MONSTRO POR MAIS UNS 60 DIAS DIFÍCEIS PARA A SAÚDE E O MEIO AMBIENTE TAMBÉM PARA A AGRICULTURA

A gente pede a Deus e à natureza alguma chuva isso porque por exemplo o nível do Sistema Cantareira em São Paulo já está pior do que até mesmo a fase que antecedeu a grande crise hídrica de 2013 por escassez de chuvas e por agora além das queimadas há o cenário da Covid-19 em meio a problemas respiratórios com a baixa umidade relativa do ar

 


A seca no reservatório da Serra Cantareira em Sampa está hoje pior do que na maior crise hídrica entre 2013/2014


A expectativa já não era boa desde maio de 2021, quando o Sistema Nacional de Meteorologia (SNM) emitiu um Alerta de Emergência Hídrica para toda a região Sudeste até setembro deste ano. A nota foi assinada por alguns órgãos de pesquisa, como o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que olharam com cautela para o cenário de escassez de chuvas na Bacia do Paraná, que engloba o Rio Grande aqui e os estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná e a divisa entre Minas Gerais e São Paulo. A média normal para esta época não foi atingida em nenhum mês neste primeiro semestre de 2021, para exemplificar, em julho o nível do reservatório está 10% inferior ao registrado na crie hídrica há anos. A crise cresceu e pode virar um caos. 


A falta de chuvas (e de gestão ambiental) se alastra por todo Sudeste, numa palavra, secando


Nos seis primeiros meses de 2021, o volume de água registrado no Sistema Cantareira na Grande SP acendeu um alerta aos especialistas: em todos eles, o nível ficou abaixo da média histórica, fato inédito desde 2003 e ainda pior do que o observado no período pré-crise hídrica, em 2013. É o que está revelando o Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ).


A escassez de chuva afeta também a agricultura até nas regiões produtoras de clima mais temperado

Comunidades do interior que sofriam com as enchentes já são afetadas pela seca agora


O ano de 2020 também já não havia trazido bons números: “No acumulado dos últimos 12 meses, estamos 468 mm abaixo da média histórica. Se ampliamos o período da análise para os últimos 18 anos, encontramos algo próximo apenas em 2014, período da maior crise hídrica, maior até agora”, alerta Alexandre Uezu, coordenador do Projeto Semeando Água, do IPÊ. Segundo o pesquisador, teremos ainda pelo menos mais três meses de seca na região, até setembro, com a esperança de que a temporada normal de chuvas chegue em outubro. (Vale lembrar que isso não aconteceu em 2020).


Mapa do clima nestes dias por aqui (nada de chuvas)

Perdas para a economia rural, para a saúde da população e para a luta pelo recuperação da ecologia, cada vez mais perdida

Uma das medidas prioritárias para ampliar o potencial hídrico do reservatório está relacionada à permeabilidade do solo na região, considerada baixa devido às muitas áreas desmatadas, segundo o Atlas do Sistema Cantareira: "O melhor lugar para armazenar água da chuva é no solo, já que assim a água é liberada aos poucos, em especial nos períodos de estiagem. Mas, para isso, a água precisa ter tido a condição de infiltrar”, explica Uezu. O instituto e projeto que ele coordena já plantaram 370 mil mudas de árvores nativas da Mata Atlântica desta região e tem como plano aumentar o número para 35 milhões nas Áreas de Preservação Permanente (APPs) próximas a nascentes e cursos d’água.


Queimadas mais Covid-19 drama ambiental e sanitário, com aumento de doenças respiratórias num clima de deserto


O uso do solo é outro fator importante para a segurança hídrica do Cantareira e de todos os rios e barragens do Sudeste. Segundo informações do Atlas, aproximadamente 100 mil hectares (e isso somente entre Campinas, Piracicaba e São Paulo capital) precisam ser regenerados, seja com pastagem ecológica, silvicultura de nativas ou através do turismo sustentável, previsto no Plano de Manejo das Áreas de Proteção Ambiental (APAs) do Sistema Cantareira e Represa Bairro da Usina, que foi aprovado pelo governo estadual em outubro de 2020. Mas tudo isso por enquanto ficou quase que tão somente no papel. Na realidade, uma das regiões com maior riqueaza hídrica no sudeste do Brasil está também secando. 


Baixa umidade relativa do ar e poeira em suspensão desde a Serra da Canastra e subindo com o São Francisco a rota da seca


Apesar da seca monstro - Vi na região do Espraiado em Franca (SP) a Pararu Espelho que é considerada desaparecida devido à toda extinção da Mata Atlântica, foi por aqui no nordeste paulista, divisa com sudoeste mineiro e o Cerrado, em meio à seca de 2021 agora, restam ainda umas poucas nascentes e pequenas manchas de matas junto ao Córrego Espraiado na saída da cidade, próximo ao Jardim Noêmia., zona sul. A Pararu não é igual os pombos urbanos, é sim uma pomba pura do mato, espero muito me encontrar com com o bando dela (se tiver) ou ela de novo que não tem sido vista por ornitólogos desde a década de 80. Uma ave classificada como Claravis Godefrida, este pássaro raro desceu de uma árvore para beber água numa pequena nascente que ainda sobrevive e depois voou embora, talvez na direção do Rio Canoas, ali na divisa entre SP e Minas, aos pés da Serra da Canastra. (Padinha)


O editor deste blog flagrou a raríssima Pararu Espelho...

...bebendo água numa nascente que ainda sobrevive na divisa entre São Paulo e Minas Gerais


(Já postamos neste blog do movimento ecológico, científico e de cidadania (cultura da vida) no contexto desta matéria dois vídeos, um deles, Seca no Rio Grande (Free Lance Press) e um outro do Mizao Artes, entrando de pé neste grande rio que está com pouca água agora também: mais tarde, amanhã, mais dados na seção de comentários, venha conferir depois)


Os dois vídeos hoje neste blog relatam em pontos diferentes a secura que aumenta no Rio Grande, Rio Grande que abastece de água e de eletricidade o Sudeste com as maiores hidrelétricas do Brasil


Fontes:  Ipê - Ambiente Brasil - Revista Galileu - DW -  folhaverdenews,blogspot.com


7 comentários:

  1. 'Responsável por abastecer cerca de 7,6 milhões de pessoas na região metropolitana de São Paulo, Campinas e Piracicaba, o Sistema Cantareira contava com 43,8% do volume em 10 de julho, cerca de 10% a menos em comparação à mesma data em 2013. Quando observamos o primeiro semestre de 2021, o cenário segue preocupante: registramos 587,9 mm de chuva, o equivalente a 68% do previsto para o período”: comentário de Alexandre Uezu, coordenador do Projeto Semeando Água, do IPÊ. A chuva registrada em junho — de 26,1mm —, por exemplo, foi menos da metade do que era esperado no mês, que tem média histórica de 57,1mm.

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  2. Depois,, mais tarde e amanhã, mais dados e comentários aqui nesta seção do blog da ecologia, venha conferir depois.

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  3. Você pode postar direto aqui a sua opinião, se puder, envie o seu conteúdo (texto, foto, vídeo, arte, notícia, pesquisa) pro e-mail padinhafranca603@gmail.com que posteriormente iremos divulgar a sua mensagem.

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  4. "Temos que criticar a crise hídrica como forma de combater a seca monstro que criará o caos numa das regiões mais prósperas do Brasil": comentário de alerta do editor do Folha Verde News, o ecologista Antônio de Pádua Silva Padinha: poste aqui ou mande por e-mail a sua visão destes fatos.

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  5. Recebemos aqui no blog Folha Verde News a matéria de Elton Alisson postada no site OEco: "Se as emissões de gases de efeito estufa (GEE) continuarem no patamar atual, a temperatura média na América do Sul pode subir até 4 ºC até o fim do século, em um cenário mais pessimista, tornando os eventos climáticos extremos – como secas, inundações e incêndios florestais – mais frequentes e intensos na região".

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  6. "As projeções foram feitas no âmbito de um estudo internacional, com a participação de pesquisadores brasileiros. Os resultados do trabalho, apoiado pela FAPESP por meio de um Projeto Temático ligado ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas, foram publicados na revista Earth Systems and Environment": comentário de Elton Alisson no site OEco.

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  7. “A América do Sul e, em particular, o Brasil já mostram sinais das mudanças climáticas, incluindo o aumento das temperaturas da superfície, mudanças nos padrões de precipitação, derretimento das geleiras andinas e elevação no número e intensidade de extremos climáticos. Essas variações nas características climáticas são precursoras do que pode estar por vir nas próximas décadas se a escalada sem precedentes nas emissões de gases de efeito estufa continuar”: comentário de Lincoln Muniz Alves, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e coautor de artigo com apoio da Fapesp.

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