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segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

NASCENTES, CACHOEIRAS E ÁGUAS DA SERRA DA CANASTRA: RESERVA DE VIDA, CENTRO DE PESQUISA E DE LAZER NA NATUREZA QUE SOBREVIVE NA DIVISA ENTRE MINAS E SÃO PAULO

Entenda por que a Serra da Canastra é tão importante com 200 mil hectares o parque nacional protege tanto a vida do Cerrado como da Mata Atlântica e influi em toda ecologia que resta na macrorregião mas a nascente do Samburá (ela é a principal fonte geográfica do rio São Francisco) ainda está fora dos limites oficiais desta reserva que precisa crescer assim como a proteção a esta área sagrada do interior do país


 O rio Samburá é a nascente geográfica do São Francisco...


 ...que por sua vez é o filho mais ilustre deste Serra da Canastra


As nascentes da Canastra abastecem rios do interior do Brasil, alimentando tanto as bacias do São Francisco como do Rio Grande, Paraná. A Serra é uma das maiores áreas de preservação ambiental do país, o parque nacional protege uma região de transição entre o Cerrado e a Mata Atlântica, que abriga pelo menos 6 mil espécies vegetais, 400 de aves, 200 de mamíferos, além de nascentes de rios que alimentam as bacias hidrográficas vitais para toda a vida do interior brasileiro. Paola Ribeiro, que atuou como analista ambiental no local, explica que ainda não se sabe ao certo quantas espécies de animais e vegetais o parque abriga: “A relação ainda precisa ser atualizada. Como o parque é grande, preserva áreas de Cerrado, campo e bosque, com muitas espécies endêmicas, atualmente, pesquisadores de diversos estados realizam pesquisas que podem ajudar a evolução da ciência brasileira e nesse embalo aumentar o número de espécies nativas catalogadas ali na Serra da Canastra".  


Um paraíso de vida a partir de suas águas


Basta lembrar que no Parque Nacional da Serra da Canastra está a nascente histórica do Rio São Francisco. Durante muitos anos, se acreditou que o rio nascia na reserva de proteção ambiental. Porém, estudos realizados pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) indicam que sua nascente fica, na verdade, no município de Medeiros (MG) e o rio que muitos cravam como sendo o São Francisco é, na verdade, um afluente dele. Mas o que importa é a inciaitva de preservar as águas do nosso interior. Athadeu Ferreira da Silva, assessor técnico da área de revitalização das bacias hidrográficas da Codevasf, explica que o rio titular é o que tem a maior vazão. O rio que desce da Serra da Canastra tem uma vazão menor até que o Rio Samburá, considerado tradicionalmente afluente do São Francisco. Por este critério, a nascente do Velho Chico não estaria na Serra da Canastra, mas no município de Medeiros, onde nasce o Samburá, paraíso dos pescadores. 


 Além de nascentes há lagoas de altitude na Serra

A Casca D'Anta é ícone da Serra da Canastra onde há centenas de cachoeiras que precisam ser preservadas


Com a localização de mais uma nascente, o comprimento oficial do Rio São Francisco - que já era o maior do Brasil - aumenta de 2.814 km para 2.863 km. Apesar disso, Athadeu Ferreira argumenta que o nome do rio não vai ser mudado. “Para que o Rio Samburá passe a se chamar São Francisco, é preciso fazer uma homologação no IBGE (Insituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e no Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Acredito que vão manter a tradicional nascente como uma meca do São Francisco e agora vão também considerar sua nascente geográfica”. Desde 2007, tramita no Congresso um projeto de lei que pede a ampliação do Parque Nacional da Serra da Canastra até a nascente do Rio Samburá, que não é protegida. O projeto, porém, esbarra em questões de desapropriação de terras. “Há pessoas que vivem na região há décadas. A questão da criação do parque não foi simples e agora é mais complicado ainda”, explica Athadeu, comentando que é importante conscientizar a população local e os turistas sobre estas terras sagradas de nossa natureza, campos e bosques, nascentes e cachoeiras, fauna e vegetação nativas, Cerrado e Mata Atlântica. 



Aqui imagem da Casca D'Anta debaixo de chuva


O parque nacional precisa expandir sua atuação para fora de seus limites. Segundo, Paola Ribeiro explicou num programa da série Globo Ecologia, a diretoria da reserva, pesquisadores e ecologistas planejam, há alguns anos, um projeto de educação ambiental para a população local, mas esbarra na falta de recursos e de técnicos para concretizar o projeto, que poderá se tornar realidade com parcerias com a sociedade civil. 

(Depois mais tarde e amanhã novos dados e informações sobre a Serra da Canastra na seção de comentários deste blog Folha Verde News, inclusive depois também nova matéria sobre suas nascentes e cachoeiras com um guia local: na edição de hoje, vamos postar dois vídeos, um deles do programa Expedições da TV Brasil e um outro, documentário de Carlos Macedo, um enfocando o geral da Serra e o outro a relação entre o Samburá e o São Francisco)


Uma reserva de água e de vida para nosso futuro que precisa ser melhor protegida pelos governos e pela população


Fontes: Globo Ecologia e ICMBio (Instituto Chico Mendes)

                folhaverdenews.blogspot.com


4 comentários:

  1. Serra da Canastra, terra sagrada, a começar que foi o habitat dos nossos ancestrais, primeiros habitantes de toda essa macrorregião, os índios Kayapós, presos, mortos ou expulsos pelos Bandeirantes.

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  2. Amanhã e depois vamos postar mais dados e informações obre o universo da serra e do Parque Nacional, venha conferir, desde já você pode postar aqui direto a sua opinião ou mensagem, se preferir envie o seu conteúdo pro e-mail do blog da gente navepad@netsite.com.br

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  3. Vamos contatar ao vio em Delfinópolis o Jezo Trilhas que conhece como poucos as nascentes e as cachoeiras da região, depois mais comentários por aqui.

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  4. "A Serra a cada ano tem menos água, nas nascente, cachoeiras e rios, isso precisa ser resolvido": comentário de José Manoel Alves, de roque de Minas (MG). Este foi o primeiro comentário que a gente recebeu logo após postar esta matéria.

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