Ao contrário do discurso oficial há ONGs que amam mais a Amazônia do que maioria dos governos e políticos brasileiros. Aqui sendo lançado hoje projeto pioneiro criado por ecologistas e pesquisadores brasileiros do Ipam como um canal para pagar apoio para os produtores rurais do bioma tão castigado e em troca não desmatarem nem permitirem queimadas: a iniciativa privada deverá assim remunerar as propriedades rurais que ainda têm últimas áreas nativas que podem escapar do desmatamento e que mantenham o máximo da floresta em pé, algo fundamental (ainda mais agora) para a ecologia do país e do planeta
As queimadas continuam e destruindo florestas da Amazônia e do Cerrado acabarão com a última ecologia brasileira... ...que ainda sobrevive no sufoco, agora finalmente este projeto do Ipam
Recebemos por
e-mail matéria de Giovana Girardi sobre o Conserv,
um projeto piloto que está sendo lançado hoje e que vai oferecer um pagamento a
produtores rurais da Amazônia Legal que realmente conservarem áreas que até
poderiam, dentro da lei atual, serem desmatadas. Estão oferecendo uma
compensação financeira para manter essas florestas em pé. Essa é uma queixa
antiga de proprietários de terra na região, que reivindicam algum tipo de renda
pela conservação de florestas. O tema é debatido em vão no Legislativo há muitos
anos e já houve alguns projetos dos Executivos estaduais e federal nesse sentido,
mas eles ficam no papel, nenhum deles ainda foi colocado em prática. Já o Conserv, lançado nesta terça, é uma
iniciativa do Instituto de Pesquisa
Ambiental da Amazônia (Ipam), em parceria com o Fundo de Defesa Ambiental (EDF) e do Centro de Pesquisa Climática Woodwell, em Massachusetts, Estados
Unidos. O Ipam vem nos últimos anos
elaborando estudos para oferecer soluções mais lucrativas e sustentáveis do que
o horror do desmatamento. Com uma verba de cerca de 24 milhões de reais da Noruega e da Holanda, é um mecanismo privado
de compensação pelo chamado excedente de Reserva Legal, ou seja, para áreas que
foram mantidas de pé além do que é estabelecido pelo Código Florestal. Por lei, propriedades rurais na Amazônia Legal têm
de preservar 80% (se forem localizadas no bioma Amazônia) ou 35% (se no Cerrado).
O grupo estimou que cerca de 23 milhões de hectares em toda a região podem ser
considerados excedentes e seriam passíveis de desmatamento legal - somente o
Mato Grosso detém 7 milhões de hectares nessas condições, um absurdo legal
diante das condições reais de agressões ao meio ambiente amazônico e brasileiro.
Com bom senso e sustentabilidade se busca a harmonia entre a produção rural e as últimas florestas em pé essenciais para a ecologia e a economia do Brasil
"A questão não
é se essas área serão desmatadas, mas quando. Com esse projeto, estamos
tentando evitar esse desmatamento e criar incentivos para que isso se torne um
novo negócio. O produtor ganha por sua lavoura, por sua pecuária, mas também
pela mata que preservar", disse ao Estadão Marcelo Stabile, pesquisador do Ipam e coordenador geral do Conserv.
Conserv pode ser a inciativa que semeia a criação do futuro sustentável
(Ainda hoje mais tarde e amanhã, aqui na seção de comentários deste blog mais dados e
informações sobre este avanço do bom senso e da sustentabilidade para conter a
violência ambiental no país: na edição de hoje do Folha Verde News vamos postar
dois vídeos, um deles, da Ecycle, mostrando as entranhas do desmatamento amazônico e um outro, do Ipam, que mostra que é urgente fazer algo - como o Conserva agora - para evitar o caos da Amazônia e do Cerrado, que destruídos desequilibrarão toda a ecologia brasileira que ainda resta em 2020)
Fundamental sobreviver os últimos corredores ecológicos nos biomas Amazônia e Cerrado para a nação ter algum futuro
Ao longo de três
anos,a equipe do Ipam fez um
mapeamento de áreas no norte do país que estão dentro os dois biomas Amazônia e
Cerrado) que têm esse tipo de excedente e estão sujeitas à pressão por
desmatamento, o que poderia fazer com que muito em breve elas acabassem
suprimidas. O trabalho já levantou de 20 a 30 propriedades que juntas já somam
cerca de 20 mil a 30 mil hectares que poderiam ser as próximas vítimas do
desmatamento. Para o lançamento, o Conserv
já conta com a adesão voluntária de sete propriedades que somam 6.500
hectares no município de Sapezal (MT). Nos próximos meses deve aderir também a
região onde opera a chamada Liga do Araguaia, no leste do Estado, que já reúne
agricultores com objetivos conservacionistas e mais três municípios do MT e do
Pará. Cada agricultor vai receber entre 200 e 400 reais por hectare conservado
por ano, pelos próximos três anos. A variação de valor ocorre com base no
potencial de serviços ambientais prestados pela mata presente em cada
propriedade - como grau de conservação, importância para a proteção da
biodiversidade, estoque de carbono, água, conectividade com outras áreas
verdes. A recuperação da ecologia do Brasil agradece.
Além do Conserv ecologistas e pesquisadores têm outros programas de sobrevivência da nossa última ecologia...
O projeto também deverá
na sequência incluir outras formas de remuneração com o passar do tempo:
"Agora estamos pagando direto para o produtor, mas em três anos podemos
pensar em arranjos de mercado diferentes, como um preço diferencial para o
produto dessa fazenda, um crédito diferencial, vamos discutir essas coisas para
ganhar a escala", comentou André Guimarães, diretor-executivo do Ipam, durante coletiva à imprensa de
lançamento do Conserv.
Nasce uma nova esperança para a ecologia com o projeto Conserva já em ação na Amazônia e no Cerrado abandonados pela gestão governamental
Fontes: Estadão - Terra - Ipam
folhaverdenews.blogspot.com
Venha conferir mais tarde, já temos alguns comentários e mensagens, aguarde nossa edição desta seção.
ResponderExcluirVocê pode postar direto aqui sua opinião, se preferir, envie seu conteúdo (notícia, texto, foto, vídeo, pesquisa etc) pro e-mail deste blog navapad@bol.com.br ou então pro e-mail do nosso editor padinhafranca603@gmail.com (mais tarde e amanhã postaremos por aqui todo o material).
ResponderExcluir"Finalmente, ainda não apagaram as chamas das últimas queimadas e o caos dos desmates que continuam, surge uma última esperança de resgatar a ecologia (e a economia) do Brasil através de uma visão sustentável da sociedade civil": comentário de Silas de Abreu Sampaio, de Manaus, AM), que é radialista e foi o primeiro comentário que recebemos assim que divulgamos esta matéria aqui, agora. Mande o seu também.
ResponderExcluir"Urgente estender este programa Conserv para as terras indígenas também, que são as que têm reserva de florestas e estão sendo detonadas agora": comentário de Gaspar Wartzere Tsiuari, líder Xavante, formado em História pela UFMT.
ResponderExcluirTem razão os índios do Xingu, as terras indígenas são as mais ameaçadas e prejudicadas, merecem este apoio, através do Ipam. Incêndios já tomam quase metade das terras indígenas também no Pantanal. BIANCA MUNIZ / BRUNO FONSECA / RAPHAELA RIBEIRO (AGÊNCIA PÚBLICA) | 18-09-2020 - 21:04 BRT
ResponderExcluirDados indicam que parte das queimadas começou em terras privadas; indígenas relatam que “fogo veio de fora” e “destruiu tudo”. Comentário extraído do site El Pais.