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segunda-feira, 5 de outubro de 2020

CHUVA ESCASSA E SÓ EM ALGUNS PONTOS DO PAÍS: O CALORÃO COM UMIDADE DE DESERTO PREDOMINA POR AQUI NO INTERIOR POR MAIS UNS 10 DIAS MAS ISSO NÃO É O PIOR

 Quando o calorão vai diminuir? Quando volta a chover? O pior é que um quinto da América da Sul pode virar deserto já em 2025


Em alguns lugares este cenário, além da seca...

...da baixa umidade, da erosão, já se sente...

...o clima e a ameaça de um deserto no país e no continente dependente de frentes frias depois do caos ambiental causado pela crise dos "rios voadores" que não estão chegando no interior...


Rumo à desertificação toda esta maravilhosa área do centro sul e sudeste do Brasil, ainda mais agora neste caos ambiental


Drama 1 - Somente  partir da segunda quinzena de outubro, as pancadas de chuva típicas da Primavera podem começar a acontecer de forma mais regular no centro-sul do Brasil. O calorão dos últimos dias então não deverá ser mais observado por um longo período como ocorreu agora com essa intensa onde de calor e secura. Enfim, o Climatempo é claro: só a partir do meio de outubro, as nuvens e a chuva vão impedir que as temperaturas extrapolem tanto e que mesmo escassas venham as chuvas nesta Primavera Seca. Já estamos em situação de alerta, deveria ser decretada no país emergência ambiental e climática.  

 

Climatempo debate calorão e umidade desértica


Tragédia 2 - A repórter da BBC, Fernanda Nidecker, já havia alertado em uma matéria antológica há algum tempo, agora, esta pauta está de volta: ela entrevistou o oficial da unidade de facilitação para América Latina e Caribe da UNCCD (convenção para o combate da desertificação) o brasileiro Heitor Matallo, que afirmou que as mudanças climáticas mais o cenário de agressões à ecologia estão agravando muito o problema.: “Há um ciclo em que um fenômeno alimenta o outro. Se o meio ambiente é degradado com desmatamento e erosão, os reservatórios de água diminuem, aumentando as áreas desertas. Por sua vez, essas terras degradadas influenciam no clima, impedindo a formação de chuvas e aumentando ainda mais a desertificação”. 



 BBC e ONU já debateram o "avanço" da desertificação no interior do país e do continente



Em relação ao clima agora, o ar seco já é um recorde por aqui, a umidade relativa do ar vai continuar em acentuado declínio, no Paraná, em grande parte do Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste,  com valores abaixo dos 20% nas horas mais quentes. A situação é ainda mais preocupante entre algumas cidades do interior de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, oeste da Bahia e Tocantins. Nestas áreas a situação é de emergência para valores abaixo dos 12% como já ocorre por aqui. 


Também por aqui a erosão já cria cenários de deserto


 

A desertificação no interior do Brasil já está em situação limite, cientistas advertem que  o processo de desertificação no continente sulamericano tem se intensificado nos últimos anos, principalmente em países de grandes extensões, como a Argentina e o Brasil. 1,5 milhão de km² do território brasileiro são compostos de áreas semiáridas e abrigam 40 milhões de pessoas. A Argentina, com território de 3 milhões de km², já tem 1,75 milhão de quilômetros quadrados cobertos pelo deserto. A área semiárida do nordeste brasileiro, com o clima sujeito a secas freqüentes, vem aumentando com a degradação ambiental e as mudanças climáticas somadas aos desmatamentos e queimadas aceleram o processo. Há 10 anos Heitor Matallo alertava sobre as perdas ecológicas e também econômicas provocadas pela desertificação na América Latina, que hoje passam de US$ 20 bilhões por ano: “Só o Brasil perde anualmente mais de US$ 5 bilhões em solos que se tornam improdutivos".



 As agressões à ecologia já desequilibram também a economia



Drama do tempo - Após uma semana de calor muito intenso em quase todo o Brasil, a passagem de uma frente fria trouxe um refresco para algumas poucas áreas do Sul e Sudeste durante o último fim de semana. No entanto, esta frente fria não teve força o suficiente para mudar o tempo pelo interior do país. A chuva e a queda de temperatura foram observadas principalmente em áreas do Sul, no sul e leste de São Paulo, Rio de Janeiro e algumas áreas de Minas Gerais. Hoje, 5 de outubro, a frente fria já vai estar afastada em alto mar, e a tendência é que o sol volte a predominar sobre São Paulo, Rio de Janeiro e o Paraná. As temperaturas sobem no decorrer do dia e volta a fazer calor à tarde que pode dar a sensação térmica de mais de 40 graus. Algumas regiões ainda terão pancadas isoladas de chuva ao longo da semana, Por exemplo, Curitiba ou o litoral e a capital de São Paulo,  também o Rio de Janeiro. Mas, as temperaturas vão subir bastante e a semana será quente também nestas localidades, mais ainda onde não chove há tempos, aqui entre a Serra da Canastra em Minas e o Rio Grande na divisa com São Paulo a seca já passa de 100 dias. 


 Cenário do horror das queimadas e da seca até na Serra da Canastra na divisa MG-SP



Tragédia desértica - Ao longo desta semana vamos buscar mais dados e informações sobre o "avanço" da desertificação no interior do nosso país que já teve o clima mais equilibrado, antes de toda a violência ambiental. Os chamados rios voadores que vinham com mais regularidade da Amazônia, batiam nos Andes e traziam para o interior do Brasil mais umidade e chuvas. Agora, com todo um cenário de desequilíbrio climático e caos do meio ambiente, agravado pela influência do fenômeno oceânico La Niña, além do drama da seca nordestina por aqui no Sudeste, aumentaram as condições objetivas para a profecia de Heitor Matallo virar realidade e já em 5 anos um quinto do interior e de todo continente da América do Sul virar o Deserto Brasil. 



(Confira depois mais tarde comentários neste blog e ao longo desta semana outras notícias, pesquisas ou postagem tanto sobre o drama do clima de chuvas escassas, como sobre a tragédia de um deserto brasileiro em breve: na edição de hoje, dois vídeos, um deles sobre o recorde de calor em regiões do interior como Votuporanga (SP) e um vídeo aviso de pesquisador da PUC de Minas Gerais sobre o processo de desertificação, que será enfocado nesta semana em uma matéria mais ampla ainda aqui)



Já precisamos recuperar a ecologia do interior do país antes que se forme um deserto Brasil


Fontes: Climatempo - BBC - ONU

              folhaverdenews.blogspot.com 



5 comentários:

  1. "Vi no site DW um relatório que é fruto do trabalho de 345 pesquisadores. Eles vasculharam as publicações científicas dos últimos anos e o relatório do IPCC. Concluíram que,nos próximos anos e décadas, a queda no volume de chuvas na Amazônia deve chegar a 45%, e a temperatura aumentará até 6°C na região. Somadas aos efeitos do desmatamento, as mudanças climáticas vão contribuir para parte da floresta virar savana e a savana, deserto": comentário de Pedro Borges, engenheiro agrônomo, que nos envia material do site Deustche Welle

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  2. "A continuar esta tendência como está, do clima, do ambiente e da falta de gestão pública no setor, regiões amenas estão mais quentes e secas, por exemplo, nordeste paulista, que têm sido boa para o café, essa cultura poderá ter que se deslocar para outras regiões": comentário também de Pedro Borges.

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  3. "Os cenários climáticos previstos pelo relatório apontam o aumento das secas e estiagens prolongadas não só na Amazônia, mas também em pontos do Cerrado e na Caatinga e uma elevação da temperatura em todo o país, causando alterações nos ecossistemas": comentário extraído da matéria do DW.

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  4. Depois mais tarde, mais comentários e amanhã, estaremos ampliando as informações deste tema, aguarde e venha conferir.

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  5. Você pode postar direto aqui sua opinião e se preferir envie o seu conteúdo (texto, foto, vídeo, pesquisa, notícia) pro e-mail deste blog navepad@bol.com.br que mais tarde divulgaremos aqui8 nesta seção. Pode enviar também seu material direto para o editor deste blog de ecologia e de cidadania padinhafranca603@gmail.com

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