Quando o calorão vai diminuir? Quando volta a chover? O pior é que um quinto da América da Sul pode virar deserto já em 2025
Em alguns lugares este cenário, além da seca... |
...da baixa umidade, da erosão, já se sente... |
...o clima e a ameaça de um deserto no país e no continente dependente de frentes frias depois do caos ambiental causado pela crise dos "rios voadores" que não estão chegando no interior... |
Rumo à desertificação toda esta maravilhosa área do centro sul e sudeste do Brasil, ainda mais agora neste caos ambiental |
Drama 1 - Somente partir da segunda quinzena de outubro, as pancadas de chuva típicas da Primavera podem começar a acontecer de forma mais regular no centro-sul do Brasil. O calorão dos últimos dias então não deverá ser mais observado por um longo período como ocorreu agora com essa intensa onde de calor e secura. Enfim, o Climatempo é claro: só a partir do meio de outubro, as nuvens e a chuva vão impedir que as temperaturas extrapolem tanto e que mesmo escassas venham as chuvas nesta Primavera Seca. Já estamos em situação de alerta, deveria ser decretada no país emergência ambiental e climática.
Climatempo debate calorão e umidade desértica |
Tragédia 2 - A repórter da BBC, Fernanda Nidecker, já havia alertado em uma matéria antológica há algum tempo, agora, esta pauta está de volta: ela entrevistou o oficial da unidade de facilitação para América Latina e Caribe da UNCCD (convenção para o combate da desertificação) o brasileiro Heitor Matallo, que afirmou que as mudanças climáticas mais o cenário de agressões à ecologia estão agravando muito o problema.: “Há um ciclo em que um fenômeno alimenta o outro. Se o meio ambiente é degradado com desmatamento e erosão, os reservatórios de água diminuem, aumentando as áreas desertas. Por sua vez, essas terras degradadas influenciam no clima, impedindo a formação de chuvas e aumentando ainda mais a desertificação”.
BBC e ONU já debateram o "avanço" da desertificação no interior do país e do continente |
Em relação ao clima agora, o ar seco já é um recorde por aqui, a umidade relativa do ar vai continuar em acentuado declínio, no Paraná, em grande parte do Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, com valores abaixo dos 20% nas horas mais quentes. A situação é ainda mais preocupante entre algumas cidades do interior de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, oeste da Bahia e Tocantins. Nestas áreas a situação é de emergência para valores abaixo dos 12% como já ocorre por aqui.
Também por aqui a erosão já cria cenários de deserto |
A
desertificação no interior do Brasil já está em situação limite, cientistas advertem que
As agressões à ecologia já desequilibram também a economia |
Drama do tempo - Após uma semana de calor muito intenso em quase todo o Brasil, a passagem de uma frente fria trouxe um refresco para algumas poucas áreas do Sul e Sudeste durante o último fim de semana. No entanto, esta frente fria não teve força o suficiente para mudar o tempo pelo interior do país. A chuva e a queda de temperatura foram observadas principalmente em áreas do Sul, no sul e leste de São Paulo, Rio de Janeiro e algumas áreas de Minas Gerais. Hoje, 5 de outubro, a frente fria já vai estar afastada em alto mar, e a tendência é que o sol volte a predominar sobre São Paulo, Rio de Janeiro e o Paraná. As temperaturas sobem no decorrer do dia e volta a fazer calor à tarde que pode dar a sensação térmica de mais de 40 graus. Algumas regiões ainda terão pancadas isoladas de chuva ao longo da semana, Por exemplo, Curitiba ou o litoral e a capital de São Paulo, também o Rio de Janeiro. Mas, as temperaturas vão subir bastante e a semana será quente também nestas localidades, mais ainda onde não chove há tempos, aqui entre a Serra da Canastra em Minas e o Rio Grande na divisa com São Paulo a seca já passa de 100 dias.
Cenário do horror das queimadas e da seca até na Serra da Canastra na divisa MG-SP |
Tragédia desértica - Ao longo desta semana vamos buscar mais dados e informações sobre o "avanço" da desertificação no interior do nosso país que já teve o clima mais equilibrado, antes de toda a violência ambiental. Os chamados rios voadores que vinham com mais regularidade da Amazônia, batiam nos Andes e traziam para o interior do Brasil mais umidade e chuvas. Agora, com todo um cenário de desequilíbrio climático e caos do meio ambiente, agravado pela influência do fenômeno oceânico La Niña, além do drama da seca nordestina por aqui no Sudeste, aumentaram as condições objetivas para a profecia de Heitor Matallo virar realidade e já em 5 anos um quinto do interior e de todo continente da América do Sul virar o Deserto Brasil.
(Confira depois mais tarde comentários neste blog e ao longo desta semana outras notícias, pesquisas ou postagem tanto sobre o drama do clima de chuvas escassas, como sobre a tragédia de um deserto brasileiro em breve: na edição de hoje, dois vídeos, um deles sobre o recorde de calor em regiões do interior como Votuporanga (SP) e um vídeo aviso de pesquisador da PUC de Minas Gerais sobre o processo de desertificação, que será enfocado nesta semana em uma matéria mais ampla ainda aqui)
Já precisamos recuperar a ecologia do interior do país antes que se forme um deserto Brasil |
Fontes: Climatempo - BBC - ONU
folhaverdenews.blogspot.com
"Vi no site DW um relatório que é fruto do trabalho de 345 pesquisadores. Eles vasculharam as publicações científicas dos últimos anos e o relatório do IPCC. Concluíram que,nos próximos anos e décadas, a queda no volume de chuvas na Amazônia deve chegar a 45%, e a temperatura aumentará até 6°C na região. Somadas aos efeitos do desmatamento, as mudanças climáticas vão contribuir para parte da floresta virar savana e a savana, deserto": comentário de Pedro Borges, engenheiro agrônomo, que nos envia material do site Deustche Welle
ResponderExcluir"A continuar esta tendência como está, do clima, do ambiente e da falta de gestão pública no setor, regiões amenas estão mais quentes e secas, por exemplo, nordeste paulista, que têm sido boa para o café, essa cultura poderá ter que se deslocar para outras regiões": comentário também de Pedro Borges.
ResponderExcluir"Os cenários climáticos previstos pelo relatório apontam o aumento das secas e estiagens prolongadas não só na Amazônia, mas também em pontos do Cerrado e na Caatinga e uma elevação da temperatura em todo o país, causando alterações nos ecossistemas": comentário extraído da matéria do DW.
ResponderExcluirDepois mais tarde, mais comentários e amanhã, estaremos ampliando as informações deste tema, aguarde e venha conferir.
ResponderExcluirVocê pode postar direto aqui sua opinião e se preferir envie o seu conteúdo (texto, foto, vídeo, pesquisa, notícia) pro e-mail deste blog navepad@bol.com.br que mais tarde divulgaremos aqui8 nesta seção. Pode enviar também seu material direto para o editor deste blog de ecologia e de cidadania padinhafranca603@gmail.com
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