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terça-feira, 27 de outubro de 2020

O RIO PARAGUAI ESTÁ AGORA COM A VAZÃO MAIS BAIXA DOS ÚLTIMOS 50 ANOS

Uma seca histórica no rio Paraguai impede a navegação de barcos e ameaça tanto a economia como a ecologia deste país e por tabela do Brasil neste final de outubro, registrou a repórter Antia Castedo da BBC News Mundo e por sua vez o G1 da Globo informa que este rio é a principal fonte de água para o Pantanal porém hoje está no nível mais baixo em 5 décadas de medição:  em alguns dos seus pontos a profundidade não passa de um metro e meio, quando o ideal seria o dobro, perto da cidade de Corumbá, ponto crítico, são apenas 25 centímetros de água muito embora novas chuvas agora começam a dar os primeiros sinais de recuperação segundo o site Campo Grande News


A situação mais dramática em 5 décadas

A tragédia do Pantanal mais La Niña e a crise do clima e do ambiente acabando com as águas e peixes do Paraguai



Com a escassez de chuvas nos últimos meses no Pantanal brasileiro, o rio Paraguai já atingiu a mínima histórica, 4 a 8 centímetros abaixo de seu zero hidrométrico (o padrão para medir sua vazão, localizado em porto de Assunção, medido nesta semana)Em certos pontos, o rio não tem mais fundura, como o povo diz, ele não é mais profundo o suficiente para que navios comerciais maiores transportem grãos, combustível ou minério de ferro, travando também a economia. "Na bacia do Paraná mais à frente houve chuvas, mas a situação da seca no meio do rio Paraguai é absolutamente crítica", comentou Esteban dos Santos, presidente do Centro de Armadores Fluviais e Marítimos do Paraguai: "E o pior é que a profundidade está caindo a uma taxa de três centímetros por dia". Por causa disso, o governo paraguaio prevê que dentro de alguns dias ou semanas, se tudo continuar como antes — estas chuvas dos últimos dias não têm sido suficientes nem são regulares em 2020—  devido a isso os navios já começam a ter que ficar atracados no porto. "Se não for encontrada uma solução e esta situação persistir, a navegação será praticamente impossível, creio que dentro de um mês mais ou menos", alertou Jorge Vergara, diretor de Projetos Estratégicos do Ministério das Obras Públicas e Comunicações do Paraguai. 


 A medição da "fundura" das águas é a  pior em 50 anos...

Desmate, queimadas, incêndios, tragédia do Pantanal influi diretamente na seca do Rio Paraguai



O rio Paraguai, o maior do Pantanal, atingiu o menor nível dos últimos 50 anos. A noite dá para ver como o fogo continua ainda sobre o Pantanal, em Mato Grosso. E a luz do dia revela o tamanho da destruição ocorrida às margens da Transpantaneira, rodovia que cruza a maior planície alagável do planeta. A equipe do Jornal Nacional andou em cima de um Corixo, uma área que nunca tinha sido visto secar. Além do calor, muita fumaça. A pior seca do Pantanal. Voluntários rodam pela região tentando identificar novos focos e resgatando bichos. O pesquisador-chefe do projeto Bichos do Pantanal, que estuda a biodiversidade no bioma, diz que o fogo pode já ter matado milhares de animais. "Tem a seca do rio Paraguai e todo esse desastre ambiental. Realmente é muito. 20% do Pantanal está queimado. Você pode contar que 20% das populações dos animais que são lentos, que não sabem correr, nós perdemos também”, diz Douglas Trent, pesquisador do projeto Bichos do Pantanal. Uma coisa tem a ver com outra. O rio Paraguai, principal fonte de água para o Pantanal, está no nível mais baixo dos últimos 50 anos. Em alguns pontos não passa de um metro e meio, quando o ideal seria o dobro. Na cidade de Corumbá, ponto crítico, são apenas 25 cm de água. Os peixes estão morrendo nas baias, que secaram. Sem chuva, o nível da água diminui um pouco a cada dia. Quanto mais raso fica o rio, maior o risco de acidentes, até mesmo para os barcos pequenos que podem encontrar pelo caminho bancos de areia submersos. “Devido a essa seca horrível, tem muito banco de areia no rio. No meio do rio está bem raso e a gente pegou um e aconteceu isso, quebrou a hélice”, explica Wanderson Dalton, guia de turismo. A previsão de chuva para os próximos dias é uma esperança, mas para o seu José, que é pescador, as perdas já são incalculáveis: “Eu fico muito mal, muito triste porque eu sei que isso aqui é a fonte da minha vida”, conta José Santana Faria, pescador profissional.



(Confira depois mais tarde na seção de comentários deste blog da ecologia e da cidadania mais dados sobre esta situação do Rio Paraguai, nesta edição do Folha Verde News vamos postar dois vídeos, um deles um resumo em reportagem do Jornal Nacional da Globo e um outro, música Rio Paraguai, da região, com o grupo Canto da Terra)



 30% da fauna do Pantanal foi sacrificada pelos focos de fogo

A largura do Rio Paraguai se reduziu à metade


Até barcos de pescadores não estão podendo navegar


O grande Rio Paraguai ficou pequeno com essa crise do clima e do meio ambiente agora
 

Sinal de recuperação - Aline Santos, do site Campo Grande News, comenta que "o Rio Paraguai, principal curso de água do Pantanal, começou a responder à chegada das chuvas e as cotas começaram a apresentar tendência de estabilização neste 2020, ano de seca histórica, com menor nível em cinco décadas". Boletim do Serviço Geológico do Brasil aponta tendência de estabilização, sinalizando o fim do processo de seca. O documento destaca que o governo de Mato Grosso do Sul mesmo assim decretou situação de emergência e recomendou uso racional da água.



Fontes: BBC News Mundo - G1 - Campo Grande News

                folhaverdenews.blogspot.com 

 

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