O PAPA FRANCISCO FALA SOBRE "CONVERSÃO ECOLÓGICA" EM UM CONTATO E ENTREVISTA COM AMBIENTALISTAS FRANCESES

 "Antes eu mesmo não entendia nada sobre ecologia" foi a confissão de Jorge Bergoglio: "Mas eu me converti e acho que todo mundo deveria fazer isso"

Na edição de hoje apenas esta foto (no mais charges) porque foi na aproximação com os índios que o Papa descobriu a ecologia

"Antes eu não entendia nada sobre ecologia" confessou o Papa Francisco nesta semana a repórteres e ativistas franceses empenhados na defesa do meio ambiente, no contato no Vaticano em Roma, ele pediu "que façam este caminho de conversão ecológica". Este enfoque da realidade é um dos temas centrais de seu pontificado católico e sua liderança positiva entre cristãos e humanistas de todo o mundo. Em 2007, antes de ser eleito Papa, o arcebispo argentino Jorge Bergoglio participou de uma reunião da Conferência Episcopal Latinoamericana em Aparecida, no Brasil. "Eu estava no grupo de redatores do documento final quando chegaram as propostas da Amazônia. Eu disse: 'Mas esses brasileiros, que importância tem a Amazônia?'. Isso foi em 2007. Em 2015, foi lançada por ele a encíclica a Laudato Si. Houve então uma mudança na compreensão do problema ecológico. Antes realmente eu não entendia nada", disse o Papa a seus entrevistadores e ecologistas da França, um país pouco religioso: entre eles, a atriz Juliette Binoche: "Devemos trabalhar para que todos façam esse caminho de conversão ecológica".

O Papa expõe sua visão na encíclica Laudato si, publicada ainda em maio de 2015, um texto com conotações sociais sobre a ecologia e que denuncia a exploração do homem e da natureza. Esse texto, que menciona a Amazônia em particular, repercutiu além da esfera religiosa, defendendo uma ecologia integral, inserindo intimamente o ser humano na natureza. Essa posição também levou o papa em janeiro de 2018 a Puerto Maldonado, uma cidade no sudeste do Peru, no meio da floresta amazônica, onde se reuniram milhares de indígenas peruanos, brasileiros e bolivianos. Já no outono de 2019, o pontífice convocou um sínodo sem precedentes dedicado à Amazônia no Vaticano. E ele voltou a admitir que mudou: "Descobri a sabedoria do viver bem dos indígenas", que consiste em "levar a vida em harmonia com a criação", afirmou aos franceses, concluindo que essa sabedoria ancestral se perdeu no dia a dia da atualidade da sociedade de consumo. E foi assim que ele lançou na primavera um ano especial Laudato Si, repleto de iniciativas tomadas pelas conferências episcopais com a temática ambiental em destaque, para confrontar a violência da realidade atual. 

Entre os quinze participantes do encontro desta semana incluindo repórteres, religiosos, pesquisadores da biodiversidade, ecologistas e agricultores, um enviado da Prefeitura de Paris convidou o Papa Francisco para visitar a capital francesa em dezembro, marcando os 5 anos do Acordo do Clima feito em Paris por 195 países em 2015. Inclusive assinaram o pacto Brasil e Estados Unidos, que estão entre as nações que mais desprezam hoje o meio ambiente ou a busca de um desenvolvimento sustentável capaz de equilibrar os interesses econômicos com os ecológicos.

(Confira depois, mais tarde, mais dados e informações ambientais de valor hoje em dia na seção de comentários do blog da gente, aqui no Folha Verde News nesta edição vamos postar dois vídeos, um deles é E Se Fosse o Contrário? (amimais personificando homens para dar foco a uma sátura da violência atual) e uma outra animação sobre a relação violenta dos homens com a natureza: vale conferir)

Fontes: Estado de Minas Internacional - AFP

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