FINALMENTE O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PEDE INTERVENÇÃO NA VALE QUE JÁ DEVERÁ VIGORAR DAQUI 15 DIAS

O MPF já determinou a nomeação de um interventor judicial e os atuais executivos da empresa deverão ser afastados de seus cargos, sob o argumento que os desastres das barragens de Fundão, de Mariana e de Brumadinho comprovaram a total falha de governança na gestão de riscos ambientais e da vida da população junto a quase todas mineradoras em Minas Gerais: ainda é tempo de se criar outra realidade que seja sustentável ou segura no setor? A intervenção é o fato novo nesse velho e ainda trágico problema das barragens de mineração no Brasil

 Pela primeira vez no país mas finalmente o MPF intervém na questão da segurança de barragens de mineradoras 

O órgão federal já solicitou a nomeação de um interventor judicial para identificar, em até 15 dias, os executivos que deverão ser afastados de seus cargos em busca de mudar o sistema de segurança ambiental e humana nas mineradoras.. A ação já foi ajuizada por meio da Força Tarefa Brumadinho, intervindo na alta cúpula da Vale. Teve também uma medida coercitiva, foi solicitada a suspensão do pagamento de dividendos dos seus diretores, Esta ação coincide com uma crise na empresa, ontem, quinta feira, as ações da mineradora na B3 recuavam 3%, pressionando o pregão, os papéis caiam 1,65%.  De acordo com nota do MPF,  a intervenção e o afastamento dos diretores se refere única e exclusivamente a funções corporativas encarregadas da elaboração e implementação de planos e políticas de segurança de barragens.

 Depois das três grandes tragédias ambientais...

  ... a população mineira continua revoltada com erros, limites e....

 ...sequelas ou desmandos das mineradoras em suas barragens

O Ministério Público quer que o interventor elabore um plano de trabalho para “reestruturação da governança da mineradora”, que deve incluir metas de curto, médio e longo prazo. O órgão acrescenta que a metodologia deverá “seguir padrões internacionalmente reconhecidos em termos de medidas preventivas de desastres, de transparência, responsabilidade”. O plano deverá ser submetido ao juízo e aprovado, após manifestação das partes, no prazo que for judicialmente determinado. Segundo a ação, ao contrário do que afirma publicamente, “a Vale desenvolveu ao longo do tempo uma cultura interna de menosprezo aos riscos ambientais e humanos, na qual se apropria dos lucros de suas operações, mas repassa para a sociedade os riscos e efeitos deletérios de sua gestão, acarretando uma verdadeira situação de irresponsabilidade organizada". O MPF alega que os desastres das barragens de Fundão, em Mariana, e em Brumadinho, ambos em Minas Gerais, “são as manifestações mais evidentes dessa conduta, mas não as únicas”. Para o órgão federal, os desastres “não são exceções, mas uma forma reiterada de comportar-se, uma política sistemática de gestão de riscos que privilegia a produção e o lucro em detrimento da segurança, pondo em risco a própria vida humana”.

Os desastres não foram exceções mas efeitos da realidade que ainda prevalece mas mineradoras: a intervenção na Vale pode mudar a situação?

A mineradora vem buscando mudar a sua imagem, alega que criou novas metas de sustentabilidade, entre elas, cumprimento dos objetivos do Acordo do Clima de Paris, da ONU. De toda forma, na ação contra a Vale também são rés a Agência Nacional de Mineração  (ANM) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

  Levantamento da UFMG mostrou que os desastres nas mineradoras...

 ...estão entre os piores acontecimentos ambientais no Brasil e finalmente o Ministério Público tenta modificar esta situação limite

(Confira depois mais tarde mais informações nos comentários neste blog de ecologia e de cidadania, nesta edição do Folha Verde News, já postamos dois vídeos, um deles o documentário A Devastação em Minas Gerais, de Bernardino Furtado, o outro, jurista responde o que o Ministário Público pode fazer na defesa do meio ambiente)

Fontes: Exame - Ambiente Brasil - Reuters

               folhaverdenews.blogspot.com