Recebemos por e-mail a pesquisa da Yale University e do laboratório de Drew Gentner, postada na revista Science Advances e no Brasil, no site EcoDebate: revela que além dos combustíveis dos veículos o asfalto mais comum gera o Soa, um poluente que é bastante agressivo à saúde da população, um problema que precisa entrar na pauta da gestão pública das cidades, ainda bem que o efeito das emissões de asfalto na formação do Ozônio (o principal poluente dos veículos motorizados) é menor porém a partir desses estudos é preciso que a ciência, as universidades, as prefeituras e os governos descubram como tornar a pavimentação das ruas e das estradas mais ecológicas e mais saudáveis
No calor das cidades brasileiras e de todo o planeta... ...o Soa emitido pelo asfalto agrava a poluição do ar
O asfalto é uma substância quase onipresente em estradas, ruas, telhados e calçadas mas suas emissões químicas raramente figuram nos planos de gestão da qualidade do ar urbano. Um novo estudo de Willian Weir (Yale University) concluiu que o asfalto é uma fonte significativa de poluentes atmosféricos em áreas urbanas, especialmente no clima mais quente habitual em nossas cidades. Os pesquisadores de Yale observaram que os asfaltos comuns de estradas e telhados produziram misturas complexas de compostos orgânicos, incluindo poluentes perigosos, em uma faixa de temperatura típica e condições solares. Os resultados de seu trabalho, do laboratório de Drew Gentner , professor associado de engenharia química e ambiental, apareceram em 2 de setembro na revista Science Advances. A gente aqui do blog da ecologia e da cidadania resume estas informações, com base na tradução de Henrique Cortez, editor do site de assuntos socioambientais EcoDebate que está postando um resumo destes estudos.
A busca de novos materiais para pavimentar ruas e estradas... |
...é essencial e a arborização pode ajudar a atenuar os efeitos da poluição do ar dos veículos e do asfalto |
Décadas de pesquisas e
regulamentações sobre emissões de veículos motorizados e outras fontes
relacionadas à combustão resultaram na melhoria da qualidade do ar urbano. Mas
estudos recentes mostram que, à medida que esses esforços foram bem-sucedidos,
várias fontes não relacionadas à combustão tornaram-se contribuintes
importantes de compostos orgânicos. Isso pode levar ao aerossol orgânico
secundário (Soa), um dos principais contribuintes de PM 2,5 – um importante
poluente do ar regulado que compreende partículas menores que 2,5 micrômetros
de diâmetro – que têm efeitos significativos na saúde pública. Os pesquisadores
coletaram asfalto fresco e o aqueceram a diferentes temperaturas: “A principal
descoberta é que os produtos relacionados ao asfalto emitem misturas substanciais
e diversas de compostos orgânicos no ar, com uma forte dependência da
temperatura e de outras condições ambientais”, disse Peeyush Khare, que faz
graduação no laboratório de Gentner e foi o principal autor do estudo. Depois
de algum tempo, as emissões nas temperaturas de verão se estabilizaram, mas
persistiram em uma taxa constante, sugerindo que há emissões contínuas de longo
prazo do asfalto em condições do mundo real. “Para explicar essas observações,
calculamos a taxa esperada de emissões estáveis ??e mostrou que a taxa de
emissões contínuas foi determinada pelo tempo que leva para os compostos se
difundirem através da mistura de asfalto altamente viscosa”, Comentou Drew
Gentner. Os dois juntos também examinaram o que acontece quando o asfalto é
exposto à radiação solar moderada e viram um salto significativo nas emissões de
até 300% para asfalto rodoviário – demonstrando que a radiação solar, e não
apenas a temperatura, pode aumentar as emissões. "Algo precisa ser feito
do ponto de vista da qualidade do ar, especialmente nas cidades mais quentes e
ensolaradas", argumentou Peeyush Khare.
As cidades ilhas de asfalto e de calor ficando cada vez mais poluentes devido em especial aos combustíveis fósseis |
Nas cidades dos Estados Unidos superfícies pavimentadas representam 45% do problema e telhados, 20%. Os pesquisadores estimaram o potencial total de emissões e formação de Soa em Los Angeles, uma cidade-chave para estudos de caso de qualidade do ar urbano. Por causa dos tipos de compostos que o asfalto emite, sua formação potencial de Soa é comparável às emissões dos veículos motorizados em Los Angeles. E encontrar maneiras de tornar as estradas mais ecológicas é tão importante quanto fazer o mesmo para carros e caminhões. Gentner observou, porém, que o efeito das emissões de asfalto na formação de ozônio foi mínimo em comparação com os de veículos motorizados e produtos químicos voláteis em produtos de higiene pessoal e limpeza, que são uma outra fonte emergente importante de emissões orgânicas reativas que produzem grandes quantidades de Soa na realidade urbana atual. Há como mudar isso? O cientista Willian Weir e o laboratorista Drew Gentner acreditam que é um novo desafio para melhorar a qualidade de vida urbana, ambos enfatizam que o asfalto é apenas uma peça no quebra cabeça para resolver a emissão do poluente Soa nas estradas, ruas e avenidas, já que le se soma ao Ozônio, emitido pelos motores à combustão dos carros, ônibus, caminhões e motos. É mais um desafio para tornar nossas cidades mais avançadas, diminuindo as doenças e mortes causadas pela poluição do ar.
Imagens de laboratório sobre micropartículas invisíveis a nossos olhos que poluem estradas e ruas |
(Confira depois mais tarde na seção de comentários deste blog mais algumas informações sobre a poluição do
ar na atualidade da vida urbana, hoje no Folha Verde News, dois vídeos, um deles da BBC, e outro com a médica Giuli Pansera, sobre como a poluição do ar afeta a saúde da população)
Quanto mais natureza nas cidades isso diminui o impacto da poluição do ar na saúde da população mas é preciso também nova gestão pública e a pesquisa de outros materiais de pavimentação
Fontes: EcoDebate - Yale University - Sciense Advances
folhaverdenews.blogspot.com
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