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quarta-feira, 2 de setembro de 2020

FAO E ESPECIALISTAS ESTÃO SUGERINDO AGORA AGROECOLOGIA PARA RESOLVER PROBLEMAS DE SAÚDE E DE ALIMENTAÇÃO SEM CAUSAR UM CAOS AMBIENTAL

Esta posição vai contra agricultura intensiva do Agronegócio que usa o slogan de lutar contra a fome no mundo


O caos da Amazônia leva o Parlamento Europeu a questionar o Agronegócio...

 ...propondo medidas que vão estimular a Agroecologia


Para alimentar o mundo e, ao mesmo tempo, salvar o planeta em tempos de aquecimento global, a ONU encoraja cada vez mais a partir de agora a Agroecologia, um avanço histórico após décadas de plantios baseados na agricultura intensiva para lutar contra a fome no mundo: "Precisamos promover sistemas alimentares duráveis e ao mesmo tempo preservar o meio ambiente: a Agroecologia pode ajudar a gente  a chegar lá", declarava em 2018 o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o pesquisador brasileiro José Graziano da Silva, na abertura de um simpósio internacional sobre agricultura  em Roma, na Itália, virou hoje uma palavra de ordem ou a principal tendência na ciência agronômica.




"O sistema de produção alimentar baseado nos sistemas agrícolas utilizando muitos inputs e recursos teve um preço alto para o meio ambiente. O resultado foi que os solos, as florestas, a água, a qualidade do ar e a biodiversidade estão se degradando cada vez mais perigosa e intensamente, enquanto o aumento da produção a qualquer preço não erradicou a fome nem se tornou um tipo de alimentação que seja sustentável, ecológica e econômica, saudável. A Agroecologia vira as costas para o produtivismo estimulado pela agroquímica e pela mecanização agrícola desde o fim da Segunda Guerra Mundial, apelando para o conhecimento dos agricultores locais e dos cientistas, assim como para um melhor cuidado do solo para que ele seja mais fértil e armazene mais carbono, para uma biodiversidade de espécies plantadas e uma redução da dependência também em relação aos adubos sintéticos. "Temos de nos livrar do sistema de monocultura, que dominou o último século", afirmou o presidente do Fonds International de Développement Agricole (Fida), Gilbert Houngb, outra agência da ONU encarregada de apoiar a agricultura nos países em desenvolvimento. Por sua vez, o ex-ministro francês da Agricultura Stephane Le Foll, convocou uma "revolução duplamente verde, que se apoie de verdade na natureza, na saúde da população e tendo foco também na diminuição da fome ou da desnutrição no planeta".




Disputa: agroecologia X agronegócio - Urgente avaliar aspectos de ordem social, econômica e ambiental advindos das práticas dos agricultores familiares. por exemplo, da Associação dos Produtores e Produtoras Agroecológicas de Mossoró, no Ceará, que comercializam semanalmente sua produção na Feira Agroecológica, de modo a analisar como proporcionam o desenvolvimento sustentável da agricultura de base familiar. Foram realizadas entrevistas dialogadas com seis desses produtores. Os dados foram obtidos através de visita in loco, registro fotográfico e levantamento de dados qualitativos e quantitativos durante três meses. A criação da Feira possibilitou o acesso ao mercado local, organização por parte dos produtores para adquirir a certificação participativa, produção mais diversificada, aumento na renda familiar, colaborando com a permanência das famílias no campo. E se observou ainda que existem desafios a serem superados, pois 75% dos entrevistados não conseguem contabilizar seus custos de produção nem mensurar as quantidades comercializadas. Ainda, existe insuficiência de assessoria técnica, disponibilidade hídrica, entre outros, que impossibilitam o fortalecimento dessa forma de organização social. O agronegócio é entendido como um conjunto de atividades vinculadas à produção e à transformação de produtos agropecuários, numa associação entre diversas atividades ligadas à agropecuária como as práticas pastoris, o armazenamento do produto, à locomoção e venda da mercadoria. Diversos são os produtos derivados desse sistema, desde os mais tradicionais como grãos e animais in natura, até cortes de carnes nobres, produtos industrializados como óleo de soja, empanados, leite pasteurizado e vários outros derivados de vegetais e de animais. A atribuição de valor às produções primárias, consolidou a reprodução ampliada do capital à medida que os preços dos produtos superavam os custos das atividades produtivas. Toda a modernização da agricultura trouxe a alteração nas relações de trabalho, no uso da terra, na produção agrícola, na dinâmica populacional. Esse processo afetou os atores da produção da agricultura de formas distintas. Se por um lado proporcionou benefícios para os agentes do agronegócio, por outro lado desencadeou para outros, como os agricultores familiares, dificuldades de reprodução e para viabilizarem sua produção frente aos desafios impostos pelo mercado. Tal problemática é acentuada com o avanço do modelo de agricultura convencional que tem se mostrado insustentável, sobretudo do ponto de vista socioambiental. O que predomina nesse modelo é a maximização do lucro e da produção, não levando em consideração os aspectos sociais. As estratégias de implantação do agronegócio resultaram num processo de modernização tecnológica no mundo rural. O pacote tecnológico (uso de máquinas e insumos industriais, e outras técnicas, a fim de viabilizar a produção extensiva) provocou o aumento na utilização dos insumos para controlar as pragas, no cultivo do solo, na monocultura, na irrigação, acarretando problemas para a saúde, desequilíbrios naturais, através da extração excessiva dos recursos naturais, minando a capacidade dos mesmos.

As diferenças entre os dois sistemas agropecuários são radicais  e...

...chegamos ao momento de se buscar uma saída sustentável


(Confira depois na seção de comentários deste blog outros dados e informações sobre agroecologia X agronegócio, nesta edição já postamos dois vídeos, um deles, um treiler do documentário Demain, que vê na agricultura mais ecológica uma saída para o caos da saúde e do meio ambiente, um outro, do site Scielo, buscando a definição mais atual da Agroecologia)


Um dos lados positivos da Agroecologia, a volta dos empregos no campo...

 ...e um tipo de agricultura que produz alimentos mais saudáveis ou orgânicos, sem agrotóxicos, que cada mais o mercado procurará e...

 ...além do mais preservando as florestas, a água e a ecologia do meio ambiente


Fontes: ONU - Correio do Povo - Jornal da USP - Scielo -  folhaverdenews.blogspot.com


6 comentários:

  1. Já temos aqui na redação mais dados e informações nesta disputa Agronegócio versus Agroecologia, venha conferir depois mais tarde, amanhã, OK?

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  2. Você pode postar direto aqui a sua opinião, se preferir, envie o seu conteúdo (texto, foto, vídeo, pesquisa, notícia ou mensagem) pro e-mail do editor deste blog, mais tarde estaremos divulgando o material: envie para padinhafranca603@gmail.com

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  3. "Importante demais você conferir os dois vídeos postados hoje em nossa webpágina que ampliam as informações e os conceitos que estão no texto resumo desta matéria": comentário de Antônio de Pádua Silva Padinha, que abre um espaço de debate aqui sobre as duas tendências de agricultura.

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  4. Vinicius Santos Gonçalves, engenheiro agrônomo e apicultor, nos enviou um texto com mais de 100 linhas sobre a diferença entre os dois sistemas agrícolas, vamos a seguir resumir em dois comentários braves, prometendo a ele uma publicação depois em outra postagem do blog, esta pauta com certeza será discutida ao longo de todo esse ano, Vinícius Santos, um abraço, participe sempre, paz.

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  5. "Para buscar um mercado diferenciado do agronegócio, os agricultores familiares precisam atuar em um campo mais propício ao tipo de produção que estes desenvolvem assim, a prática agroecológica é construída como possibilidade de sustentabilidade para o meio rural, por dispor de base tecnocientífica e estratégias para o desenvolvimento rural compatíveis com aquelas utilizadas pela agricultura familiar": comenta Vinicius Santos Gonçalves, de Nova Friburgo, Rio de Janeiro.

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  6. "Importante é proporcionar bases científicas, para apoiar o processo de transição do atual modelo de agricultura convencional, para estilos de agricultura sustentável, que pode avançar como uma resposta socioambiental aos problemas ocasionados pela monocultura, pelos agrotóxicos, pela evasão ou diminuição da população rural": comentário também extraído de texto do apicultor Vinicius Santos Gonçalves, que se formou em Agronomia pela UFRJ.

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