Ao invés de 125 pequenas centrais elétricas que podem impactar toda a região do Pantanal e do Alto Araguaia no Mato Grosso o importante estudo do WWF Brasil indica como a solução cinco fontes renováveis que aproveitam os recursos da região ajudando a economia e a ecologia
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Uma estrutura energética sustentável é o tema...
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...de vários estudos e preocupação dos ecologistas...
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...a bem da natureza e do povo pantaneiro
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Atualmente há um estudo governamental de se implantar cerca de 125 pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) na
região do Pantanal e bacia do Alto Araguaia, que é um ecossistema extremamente
sensível a alterações hídricas. Se cada novo empreendimento utilizar o limite
máximo de área de reservatório permitida por lei (13 km²), a área inundada e
transformada em reservatório seria de 1.625 km² ou a cerca de 228 mil campos de
futebol iguais ao do Maracanã. O lago gigante e artificial poderia gerar gás carbônico (por conta da vegetação submersa) e desequilibrar a ecologia da vida no Mato Grosso, prejudicando até também a qualidade da terra e a economia do centro do país, o coração do Brasil.
Porém, nada disso é necessário para gerar energia na região, segundo este novo
estudo do WWF-Brasil. O relatório “Alternativas Energéticas Renováveis da
Bacia do Alto Paraguai (BAP)” revela que a mesma quantidade de energia projetada
para essa 125 PCHs – 1,172 MW – pode ser produzida com fontes
renováveis que aproveitam recursos disponíveis na região, tais como biomassa de
cana-de-açúcar, dejetos animais, resíduos sólidos urbanos, particularmente
das duas principais cidades da região (Cuiabá e Campo Grande), além da energia
dos efluentes líquidos (esgoto) e a Energia Solar.
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A energia do sol o ano todo é uma das opções energéticas que harmonizam a economia com a ecologia pantaneira
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“É possível gerar energia no Centro-Oeste de forma distribuída, atendendo a
demanda de crescimento populacional e econômico local, com bastante folga,
utilizando fontes de energia renováveis e conciliando esta solução com a vocação
produtiva da região”, ressalta Alessandra Mathyas, analista de conservação do
WWF-Brasil: “Este modelo de desenvolvimento energético descentralizado e
adotando múltiplas fontes de energia colocaria o Centro-Oeste na vanguarda da
geração distribuída no Brasil”. E, cá entre nós, iria se tornar um polo avançado de desenvolvimento sustentável. Além de evitar os impactos ambientais que podem comprometer o equilíbrio da
região e afetar atividades econômicas importantes, como turismo e pesca, as
energias renováveis são grandes geradoras de empregos perenes (contrariamente
às hidrelétricas, que geram muitos empregos apenas no período de construção).
Outra vantagem de se apostar na geração renovável, com diversas fontes, é a
maior rapidez de implantação, que reduz o prazo de retorno do investimento. A engenheira Alessandra Mathias explica ainda: “Não se trata de banir as PCHs, mas de não apostar todas as fichas numa única
forma de geração de energia, a combinação de várias
fontes reduz a vulnerabilidade às crescentes oscilações no regime das chuvas,
diminui os impactos ambientais, fortalece a atividade agropecuária, que pode
tornar resíduos da cana e da pecuária em mais fonte de renda, e gera empregos
permanentes”, detalha ainda o estudo técnico e científico.
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O mapa de uma região estratégica tanto para a economia como para a ecologia brasileira
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O modelo ideal e sustentável (harmonizando a economia com a ecologia desta região) precisa ser baseado principalmente em cogeração nas usinas
de cana-de-açúcar, solar fotovoltaica e biodigestão de dejetos animais
representaria respectivamente 55%, 21% e 20% da energia potencialmente gerada até o ano de 2030. Ao final do período considerado nos cenários, os projetos totalizariam
aproximadamente 3.590 MW de potência instalada, o que significa cerca de três
vezes a potência nominal das 125 novas PCHs planejadas para serem construídas
na Região Hidrográfica do Paraguai.
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A riqueza e pureza dos rios regionais precisam ser preservadas para o Pantanal ter chance de futuro
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(Confira na seção de comentários deste blog da ecologia e da cidadania mais detalhes deste levantamento superimportante para todo o país do WWF Brasil, na edição de hoje, vamos postar dois vídeos, um deles sobre o Ciclo das Águas e o espetáculo da vida no Pantanal, o outro, do Canal do Boi, matéria sibre como preservar esta mega reserva de água e natureza do Brasil)
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A fiscalização da Piracema é essencial na região que é um polo de turismo nacional e internacional de pesca
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O cavalo, o boi e o homem formam o trio no dia a dia pantaneiro lado a lado com a fauna, a flora e as águas
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Além do mais, o custo total médio de capital para a implementação desses projetos
alternativos de geração está estimado em R$ 20,3 bilhões, ou seja, cerca de R$
5,5 milhões por MW instalado. Dados da Associação Brasileira de PCHs e CGHs
indicam a viabilidade econômica de projetos de PCHs com custo de investimento
entre R$ 5 milhões e R$ 6 milhões por MW instalado. Portanto, os custos de se
optar por outras fontes sem represas são bastante similares aos estimados pelo
setor hidrelétrico. Uma razão a mais para o Mato Grosso e o nosso país optarem pela melhor solução energética é também a questão crucial hoje da geração de empregos. A média global de geração de empregos para estimar o impacto no mercado de trabalho local da implementação dos projetos de geração por outras fontes renováveis chegou à seguinte conclusão: os três maiores geradores de empregos são bioeletricidade de cana-de-açúcar, fotovoltaica e biodigestão de dejetos animais. Em 2030, o total de pessoas empregadas nesses projetos de geração seria de cerca de 29 mil profissionais, com o potencial de aumentar a massa salarial dos estados em cerca de R$486 milhões por ano.
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Uma estrutura energética sustentável será positiva para um mercado de empregos no Pantanal
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É a maior reserva de água da América do Sul e uma das maiores de todo o planeta nesta época de escassez hídrica e desertificação
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Argumento definitivo para o futuro da vida - A Bacia do Alto Paraguai (BAP) ocupa aproximadamente 1.100.000 Km² de extensão, abrangendo os biomas Pantanal e parte do Cerrado. A Região Hidrográfica Paraguai ocupa 4,3% do território brasileiro (363.446 km²), compreendendo parte de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o que inclui a maior parte do Pantanal (61% do total), que é a maior área úmida contínua do planeta. Os principais cursos d’água são: rio Paraguai, Taquari, São Lourenço, Cuiabá, Itiquira, Miranda, Aquidauana, Negro, Apa e Jauru.
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O ecoturismo é a maior indústria pantaneira com potencial de superar a pecuária e o agronegócio
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Fontes: wwf.org.br
folhaverdenews.blogspot.com
"A combinação da cogeração de resíduos de cana-de-açúcar e a biodigestão de dejetos animais compensam a intermitência horária na geração fotovoltaica, aumentando a robustez do sistema elétrico, além de fortalecerem economicamente o empreendedor agropecuário e de favorecerem uma destinação correta aos resíduos, atendendo ao marco regulatório vigente. Essas fontes alternativas de energia poderão substituir os projetos futuros de PCHs, mantendo os fluxos dos rios e reduzindo a pressão para barragens que impactam o meio ambiente": comentário extraído do estudo do WWF Brasil sobre uma estrutura energética sustentável pro Pantanal.
ResponderExcluirDepois mais tarde, postaremos aqui mais dados e informações sobre as opções para um desenvolvimento sustentável no Pantanal e Mato Grosso, aguarde e venha conferir depois.
ResponderExcluirVocê pode postar direto aqui a sua opinião ou se preferir envie o seu cointeúdo (texto, foto, pesquisa, notícia, vídeo etc) pro e-mail do editor deste blog que mais tarde divulgaremos todo o material aqui, mande para padinhafranca603@gmail.com
ResponderExcluir"Um estudo do WWF intitulado Free Flowing rivers buscou qualificar os rios considerando os impactos de conectividade dos rios, incluindo questões relacionadas a fragmentação e regulação de fluxo de barragens, estradas e áreas urbanas, bem como impactos de captação de água em larga escala e potencial de hidrovias ou hidrovias. De acordo com ele, a instalação de pequenas centrais hidrelétricas ameaça o regime de inundações do Pantanal, que depende dos pulsos naturais de seca e cheias dos rios. Essa interrupção dos fluxos naturais dos rios ameaça todo o ecossistema abaixo das barragens": este comentário é uma das conclusões do levantamento feito pelo WWF.
ResponderExcluir"Em particular, para a região do Pantanal, existe a preocupação com os impactos ambientais das barragens e lagos das PCHs nas mudanças hidrológicas (à jusante e montante) da represa, a interferência na migração dos peixes, alterações na fauna do rio, interferências no transporte de sedimentos, perda da biodiversidade, terrestre e aquática": mais um comentário extraído dos estudos do WWF na região.
ResponderExcluir"Atualmente, o potencial hidrelétrico da Região Hidrográfica do Paraguai (RH-Paraguai) é explorado por meio de 7 usinas hidrelétricas (UHE), 30 pequenas centrais hidrelétricas (PCH) e 16 centrais geradoras hidrelétricas (CGH), totalizando a capacidade instalada de 1,2 GW. No entanto, o desenvolvimento de novos projetos hidrelétricos levanta uma série de preocupações com relação aos possíveis impactos socioeconômicos, alteração do regime hidrológico e o comprometimento da qualidade das águas. Por isso, o estudo de outras alternativas renováveis, como é o tema deste estudo, torna-se tão fundamental": comentário final do levantamento feito pelo WWF.
ResponderExcluir"Fiquei entusiasmado com a questão do potencial de emprego das energias renováveis. No mundo, o setor de energia renovável como um todo emprega mais de 11 milhões de pessoas (dados de 2018). Dentro disso, em termos absolutos, as cadeias produtivas com maior impacto na geração de emprego são a fotovoltaica (3,6 milhões), biocombustíveis (2,1 milhões) e hidroeletricidade (2,5 milhões). Porém quando se analisa a quantidade de empregos gerados por capacidade instalada, a produção de biogás, biocombustíveis e solar assumem posições importantes gerando respectivamente, 20 empregos/MW, 9,9 empregos/MW e 9,0 empregos/MW conforme estudos do WWF": comentário de Éverton Sales, engenheiro agrônomo na região de Goiás e Mato Grosso,
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