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segunda-feira, 24 de agosto de 2020

ESPERAMOS QUE VENHAM MAIS CHUVAS PARA ATENUAR A POLUIÇÃO DO AR PORQUE EM UMA DÉCADA ELA AUMENTOU EM 14% OS CASOS DE DOENÇAS E MORTES

Já que não há uma gestão ambiental mais ampla no Brasil só chovendo há uma diminuição dos índices de ar poluído: os problemas respiratórios custam mais de 1 bilhão de reais ao SUS e este tipo de poluição pode causar outras doenças como mostra estudo pioneiro publicado no Journal of Clinical Indestigation e postado no EcoDebate, aqui no blog da gente um resumo destas informações: e chuvas só daqui uns 15 dias


A chuva limpa e oxigena o ar diminuindo a poluição

A poluição do ar pode influir também no desenvolvimento de doenças cardiovasculares e diabetes. Um estudo pioneiro, baseado em um modelo de camundongo, descobriu que viver em um ambiente poluído pode ser comparável a manter uma alimentação muito rica em gordura, concluiu a pesquisa realizada em Ohio, Estados Unidos, pela University Hospitals in Cleveland "Metabolic effects of air pollution exposure and reversibility - Sanjay Rajagopalan, Kasper D. Hansen, Shyam Biswal" que está sendo divulgada agora em agosto de 2020.  A poluição do ar é o principal fator de risco ambiental do mundo e causa mais de nove milhões de mortes por ano. E estes pesquisadores agora alertam que o ar poluído pode também desempenhar um grande risco de desenvolvimento de doenças cardiometabólicas, como o diabetes. É importante ressaltar que os efeitos foram reversíveis com a interrupção da exposição. Os pesquisadores descobriram que a poluição do ar era um claro fator de risco além de provocar doenças respiratórias contribui para outros problemas fatais como ataque cardíaco e derrame. Semelhante à forma como uma dieta pouco saudável e a falta de exercícios podem levar a doenças, a exposição à poluição do ar também pode ser adicionada a esta lista de fatores de risco. A partir deste estudo, ansiamos por novas frentes frias e mais chuvas, mesmo que abaixem a temperatura, limpam a atmosfera, porque não há no país um programa objetivo para diminuir a poluição do ar, como por exemplo, a substituição dos combustíveis fósseis. 


Seja provocada por queimadas no meio rural ou...

 ...no meio urbano pelos combustíveis fósseis e...

 ...efluentes industriais, a chuva é a única adversária na prática da poluição, limpando o ar

“Neste estudo, criamos um ambiente que imitava um dia poluído em Nova Delhi ou Pequim”, explicou Sanjay Rajagopalan, MD, primeiro autor do estudo, Chefe de Medicina Cardiovascular dos Hospitais Universitários Harrington Heart and Vascular Institute e Diretor do Instituto de Pesquisa Cardiovascular da Case Western Reserve University: “Concentramos partículas finas de poluição do ar, chamadas PM 2,5 (componente do material particulado <2,5 mícrons). Partículas concentradas como esta se desenvolvem a partir do impacto humano no meio ambiente, como escapamento de automóveis, geração de energia e outros combustíveis fósseis”. Essas partículas têm sido fortemente conectadas a fatores de risco para doenças. Por exemplo, os efeitos cardiovasculares da poluição do ar podem levar a ataques cardíacos e derrames. A equipe de pesquisa mostrou que a exposição à poluição do ar pode aumentar a probabilidade dos mesmos fatores de risco que levam a doenças cardíacas, como resistência à insulina e diabetes tipo 2. No estudo de modelo de camundongo, três grupos foram observados: um grupo de controle recebendo ar filtrado limpo, um grupo exposto ao ar poluído por 24 semanas e um grupo alimentado com uma dieta rica em gordura. Curiosamente, os pesquisadores descobriram que ser exposto à poluição do ar era comparável a comer uma dieta rica em gordura. Tanto a poluição do ar quanto os grupos de dieta rica em gordura mostraram resistência à insulina e metabolismo anormal, exatamente como alguém em um estado pré-diabético. Essas mudanças foram associadas a mudanças no epigenoma, uma camada de controle que pode ativar e desativar com maestria milhares de genes, representando um buffer crítico em resposta a fatores ambientais. Este estudo é o primeiro de seu tipo a comparar as mudanças epigenéticas de todo o genoma em resposta à poluição do ar, comparar e contrastar essas mudanças com a ingestão de uma dieta pouco saudável e examinar o impacto da cessação da poluição do ar nessas mudanças.


O ar poluído somado ao Coronavírus isso faz...

 ...aumentar os risco à saúde e o índice de doenças


“A boa notícia é que esses efeitos foram reversíveis, pelo menos em nossos experimentos”, acrescentou o Dr. Rajagopalan. “Uma vez que a poluição do ar foi removida do meio ambiente, os ratos pareceram mais saudáveis e o estado pré-diabético pareceu se reverter”. O Dr. Rajagopalan explica que se você mora em um ambiente densamente poluído, tomar medidas como usar uma máscara N95, usar purificadores de ar internos portáteis, utilizar ar condicionado, fechar janelas de carro durante o trajeto e trocar filtros de ar de carro com frequência podem ser úteis em manter-se saudável e limitar a exposição à poluição do ar. Os próximos passos desta pesquisa foram promover um painel de especialistas, bem como uma colaboração com o National Institutes of Health, para discutir a realização de ensaios clínicos que comparem a saúde cardíaca e o nível de poluição do ar no meio ambiente. O Dr. Rajagopalan e sua equipe estão buscando avanços neste setor, um dos pesquisadores é Shyam Biswal, PhD, professor do Departamento de Saúde Ambiental e Engenharia da Escola de Saúde Pública da Universidade Johns Hopkins, co-autor sênior do estudo. Drs. Rajagopalan e Biswal são co-PIs no subsídio do NIH que apoiou este trabalho, os dois acreditam que é importante abordar o meio ambiente como um fator de risco à saúde da população e continuar a pesquisar diligentemente essas questões. Os autores também observam que essas descobertas devem encorajar os legisladores a promulgar medidas destinadas a reduzir a poluição do ar.


Cada chuva é uma boa noticia

(Confira depois na seção de comentários deste nosso blog Folha Verde News mais informações relacionadas à poluição do ar e a esta pesquisa apoiada pelo National Institutes of Health: vamos postar dois videos hoje, um deles da BBC e outro do e-Cycle sobre as variadas formas de poluição do ar e os seus efeitos negativos à saúde humana)


Os problemas causados pela poluição do ar...

...diminuem com a chuva e assim muita gente já conta os dias até a chegada duma nova frente fria

Fontes: EcoDedbate - G1 da Globo - BBC - eCycle

               folhaverdenews.blogspot.com


8 comentários:

  1. Shyam Biswal, PhD, Professor do Departamento de Saúde Ambiental e Engenharia da Escola de Saúde Pública da Universidade Johns Hopkins, é o co-autor sênior do estudo. Drs. Rajagopalan e Biswal são co-PIs no subsídio do NIH que apoiou este trabalho.

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  2. Metabolic effects of air pollution exposure and reversibility
    Sanjay Rajagopalan, … , Kasper D. Hansen, Shyam Biswal
    Published August 11, 2020
    J Clin Invest. 2020. https://doi.org/10.1172/JCI137315.

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  3. Mais tarde mais informações e comentários, venha conferir depois, OK?

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  4. Você pode postar aqui sua opinião, pode também enviar o seu conteúdo (texto, foto, vídeo, arte, pesquisa, notícia etc) pro e-mail do editor deste blog padinhafranca603@gmail.com (mais tarde, vamos divulgar aqui o material recebido)

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  5. "Um estudo do Ministério da Saúde aponta que o número de mortes classificadas como decorrentes da poluição do ar aumentaram 14% em dez anos, de acordo com o estudo Saúde Brasil, neste tema de meio ambiente": comentário de Izabel de Sousa Mendes, enfermeira padrão em São Paulo que nos envia notícia do G1 da Globo. A gente agradece, paz aí na luta.

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  6. "Doenças isquêmicas do coração ocupam o primeiro lugar na causa de mortes, seguido das doenças cerebrovasculares e do câncer. No ano passado, internações por problemas respiratórios custaram R$ 1,3 bilhão ao SUS. Um estudo do Ministério da Saúde aponta que o número total de mortes classificadas como decorrentes da poluição do ar aumentaram 14% em dez anos": comentário extraído de noticia do G1 da Globo neste tema.

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  7. "Poluição é responsável por 1 a cada 4 mortes prematuras no mundo": comentário na mesma notícia nos enviada também por Izabel de Souza Mendes.

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  8. "Um estudo do Ministério da Saúde O estudo considera as mortes classificadas dentro da categoria "Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT)", com dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). A maior incidência de casos está relacionado aos grandes centros urbanos mais poluídos e a regiões rurais castigadas pelas queimadas": comentário no site Eco Debate.

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