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sexta-feira, 21 de agosto de 2020

LISTA VERDE DAS ESPÉCIES QUE SE RECUPERAM PARA A ECOLOGIA NA VIOLÊNCIA AMBIENTAL DESTES TEMPOS AQUI E EM TODO O PLANETA

Como sabemos quando uma espécie de animal ou planta em risco de extinção realmente se recuperou? Equipe americana de biólogos cria o processo de recuperação com a chamada Lista Verde das espécies, algo que pode ajudar este trabalho que é essencial para a recuperação da ecologia das florestas no Brasil


Recuperação do Bisão nativo da América do Norte deu certo

Em todo o mundo, animais e plantas estão desaparecendo a taxas alarmantes. Um grande relatório da ONU está alertando que cerca de um milhão de espécies estavam em risco de extinção nestes últimos meses, o que é mais do que em qualquer outro momento da história da humanidade. Ou da história da violência ambiental. Os cientistas da conservação em geral se concentram em prever e prevenir extinções. Mas vemos isso como um primeiro passo essencial, não um objetivo final. Em última análise, queremos que as espécies se recuperem. O desafio é que, embora a extinção seja fácil de definir, a recuperação não é. Até recentemente, não havia uma definição geral de uma espécie recuperada. Como resultado, alguns planos de recuperação são muito menos ambiciosos do que outros e os cientistas não têm um critério comum para reconhecer os sucessos de conservação. Para enfrentar esse desafio e garantir o salvamento de muitas espécies de animais e de plantas, a Comissão Internacional de Sobrevivência de Espécies da União Internacional para a Conservação da Natureza ( a maior rede de conservacionistas do mundo) está desenvolvendo uma Lista Verde de Espécies para destacar a recuperação de seres vivos ameaçados de desaparecer da natureza. Essa ferramenta é o lado inverso que agora complemente a Lista Vermelha, que destaca espécies mais ameaçadas de extinção.

 

Trabalho conservacionista revelou a função ecológica dos Lobos nos Estados Unidos e no Canadá


Enquanto a Lista Vermelha se concentra no risco de extinção, a Lista Verde mede o sucesso da recuperação e conservação. Líder da equipe encarregada de concretizar uma ferramenta prática de conservação, vê este trabalho como uma maneira de medir o impacto da conservação e comunicar histórias de sucesso de conservação, bem como aprender com as falhas e enfim, avançar ao máximo a restauração de espécies vivas a bem da ecologia da vida.  Para saber o quanto a conservação alcançou e para incentivar metas ambiciosas de conservação, é essencial  uma maneira objetiva de medir o progresso em direção à recuperação de uma espécie. Estudos de planos de recuperação desenvolvidos sob a Lei de Espécies Ameaçadas dos Estados Unidos mostram que alguns planos consideram uma espécie recuperada, mesmo que sua população permaneça a mesma ou diminua durante o esforço de recuperação. Uma definição padrão de recuperação impediria essas inconsistências e encorajaria os gerentes da vida selvagem a mirar mais alto. Os cientistas de conservação há muito tentam identificar diferentes facetas da recuperação de espécies. Revendo esses esforços, a equipe de biólogos do projeto The Conversation desenvolveu requisitos para considerar uma espécie totalmente recuperada.  Uma ideia-chave é que as populações das espécies devem ser funcionais, ou seja, que elas voltem a ser capazes de desempenhar todos os papéis pelos quais a espécie é conhecida em ecossistemas onde exista. Isso pode parecer uma medida óbvia, mas, na verdade, algumas espécies antes consideradas recuperadas nos Estados Unidos falharam neste teste. "Por exemplo,  a ave Toutinegra de Kirtland foi declarada recuperada nos States em 2019, mas ainda contava com os gestores de terras para manter estandes de Pinheiro, onde nidifica e controla as aves de rapina parasitas que a atacam", comenta Joel Trick, fotografo neste projeto de recuperação.



Em processo de recuperação a ave Toutinegra


Cada espécie tem muitos tipos de funções ecológicas. Por exemplo, as Abelhas ajudam as plantas a se reproduzirem quando as polinizam. Quando Pássaros e Morcegos comem frutas e depois excretam as sementes, eles ajudam assim a regenerar as florestas. Da mesma forma, quando o Salmão nada a montante para desovar e depois é consumido por Ursos e outros predadores, esse processo move nutrientes essenciais dos oceanos para rios e florestas. E quando as gramíneas inflamáveis ​​queimam no sudeste americano, elas alimentam incêndios que mantêm florestas de Pinheiros de folhas longas. Todas essas funções críticas são possíveis somente quando membros suficientes das principais espécies estão presentes. Em outras palavras, manter uma espécie viva não é suficiente, também é fundamental impedir que as suas funções sejam extintas na natureza. A reintrodução de Lobos no Parque Nacional de Yellowstone destacou as funções ecológicas destes animais selvagens como reguladores de espécies em pastagem. No entanto, os Lobos já influenciaram áreas muito maiores do que atualmente ocupam. Os cientistas sabem há décadas que as espécies podem persistir em números tão baixos que não cumprem os papéis ecológicos que costumavam desempenhar. Isso pode ser verdade mesmo se um número significativo de animais ou plantas tiver sobrevivido. Um exemplo é o Bisão-americano, que é uma grande história de sucesso em conservação em termos de prevenção de sua extinção. A caça reduziu o Bisão a apenas algumas centenas de indivíduos nos estados ocidentais no final do século 19, mas as iniciativas de conservação os restauraram em terras públicas, privadas e nativas americanas em todo o Ocidente. Hoje, o Bisão não parece estar em risco de extinção. No entanto, eles ocupam menos de 1% de sua faixa histórica e a maioria dos cerca de 500 mil animais que existem hoje são criados para fins comerciais. Menos de 20 mil Bisões vivem como os nativos em rebanhos de conservação, uma pequena fração de sua população pré-colombiana, que então era de milhões ou dezenas de milhões de animais selvagens.


Processo de recuperação chamado de Lista Verde...

 ...está garantindo a sobrevivência das Águias Pescadoras


Os esforços de conservação com o desenvolvimento deste trabalho inclui a proibição agrotóxicos, inseticidas e o fornecimento de estruturas de nidificação, resultando em uma recuperação dramática, voltando aos níveis populacionais antes dos declínios. Atualmente, muitas populações de Águias na América do Norte toda excedem agora os números históricos. Com os critérios da Lista Verde que estão valendo agora essa espécie pode ser considerada ecologicamente funcional, garantindo a sua sobrevivência na natureza. As Águias Pescadoras que eram classificadas como vítimas de extinção funcional, resgataram a sua vida nas últimas florestas dos Estados Unidos e do Canadá. Este relatório serve para orientar um processo de recuperação de animais e plantas que no Brasil já se encontram na Lista Vermelha de extinção.

 

No Brasil é preciso introduzir a Lista Verde e recuperar animais como...


 ...a Onça Pintada e o Lobo Guará que ajudam a harmonizar os ecossistemas em que ainda sobrevivem

(Confira depois mais tarde e amanhã mais informações e dados sobre a Lista Verde contra a extinção de espécies na seção de comentários deste blog, hoje no Folha Verde News, dois vídeos, um deles, reportagem do Fala Brasil sobre o risco de mil espécies desaparecerem de vez e outra, pesquisador na Amazônia sobre espécies do bioma mais ameaçadas)


O Boto Cor de Rosa merece investimentos na sua real recuperação na Amazônia a bem da vida dos rios do bioma

 

Fontes: Ambiente Brasil - União Internacional Para A Conservação da Natureza - IUCN - The Conversation - Tracie Hall - folhaverdenews.blogspot.com

5 comentários:

  1. Os cientistas de conservação há muito consideram a influência de uma espécie sobre outras e sobre os ecossistemas em que ela habita como um aspecto fundamental de sua essência e seu valor intrínseco. A iniciativa Lista Verde de Espécies procura ir além da simples prevenção de extinções na definição de espécies recuperadas como aquelas que são ecologicamente funcionais em suas áreas naturais. Esse novo foco visa incentivar o otimismo de conservação, destacando histórias de sucesso e mostrando que, com ajuda, espécies que correm risco podem recuperar seus lugares na rede da vida.

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  2. Fonte: The Conversation / H. Resit Akcakaya
    Tradução: Redação Ambientebrasil / Maria Beatriz Ayello Leite
    Para ler a reportagem original em inglês acesse:
    https://theconversation.com/how-do-we-know-when-a-species-at-risk-has-recovered-its-not-just-a-matter-of-numbers-125534

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  3. Depois, amanhã, divulgaremos aqui mais informações e dados de interesse sobre a Lista Verde da luta pela recuperação de espécies de desaparecerem: no Brasil é preciso urgentemente investir neste rumo.

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  4. Você pode postar aqui sua opinião, se preferir, envie o seu conteúdo (texto, vídeo, foto, arte, notícia, pesquisa) pro e-mail do editor deste blog que depois divulgaremos nesta seção o material, mande para padinhafranca603@gmail.com

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  5. "No Brasil é preciso introduzir este conceito de Lista Verde e recuperar realmente espécies como a Onça Pintada, a Suçuarana, o Lobo Guará, o Boto Cor de Rosa e centenas de animais que podem desaparecer a dano do equilíbrio do meio ambiente": comentário de Antônio de Pádua Silva Padinha, editor deste blog, participe você também desta luta a bem da ecologia brasileira, ela também...em extinção.

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