MÉDICOS E AMBIENTALISTAS RESSALTAM QUE VEGANOS E VEGETARIANOS PODEM TER MAIOR IMUNIDADE AO CORONAVÍRUS

Protetores de animais já estão editando um site mundial (Vire Vegano) e a OMS encomendou uma pesquisa sobre o assunto: independente da dieta com carne ou não a maioria dos médicos recomendam algo bem acessível a quase meio mundo, tomar bastante água potável (no Brasil, nem isso)

 

Bela Gil é ícone de veganos e vegetarianos no Brasil...

 ...que é uma opção de alimentação crescente apesar do megapoder da indústria da carne, que pode até ser uma das bases da pandemia

Tão logo surgiram as primeiras notícias ligando a pandemia ao consumo de carnes de animais selvagens, a organização mundial Pessoas para o Tratamento Ético dos Animais (Peta) fez, em seu site, uma única e contundente sugestão para acabar com o Coronavírus: vire vegano. Faz sentido, segundo análise de Amelia Gonzalez, especialista em sustentabilidade do G1 da Globo. De acordo com informações colhidas pela Peta, o vírus que está atemorizando e até dizimando parte da população mundial, rotulado como mCov é semelhante a outros coronavírus, como o da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) e Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS). E os três se espalharam de animais para humanos. A solução, então, de não consumir mais carnes de animais, é até óbvia, não fossem as dramáticas consequências econômicas que poderiam vir desta atitude, digamos, radical. Grande parte do comércio internacional se estruturou sobre a importação e exportação de carnes (o Brasil é o maior do mundo). E, como é mais dispendioso manter caminhões ou contêineres frigoríficos, a solução cada vez mais usada é transportar os animais vivos e abatê-los no solo onde serão consumidos. Há também questões culturais, já que o Oriente Médio precisa inspecionar o abate, enfim, a megaindústria da carme vai se adaptando e crescendo, apesar também dos gás metano produzido pelo gado e da destruição de florestas que viram pasto para a pecuária, como na Amazônia, no Cerrado, até no Pantanal, que com desmatamentos e queimadas já não é tão úmido mais. O consumo de carne gera também um problema de clima e dramas ambientais. 

 

Galera vegana e vegetariana está indo à luta...

...por alimentos naturais e orgânicos que podem estimular mais o sistema imune do que ocorre com pessoas que comem muita carne

 

Onde passa o boi não nasce nem mais capim, ditado do sertão. "Aqui vale um momento de reflexão, já que não posso deixar de sentir uma imensa comiseração por bichos transportados, quase sempre, em péssimas condições, sem nenhuma preocupação com o bem-estar deles. Quando o lucro está em jogo, ele sempre fala mais alto, e é até risível, para muitos dos que se ocupam desse transporte, gastar tempo pensando em garantir uma viagem mais cômoda para os animais. Mesmo considerando que eles serão mortos para alimentar os humanos", comenta Amelia Gonzalez. E vale dizer também que outro fato procedente é que, mesmo com toda propaganda que tem sido feita nas últimas décadas em prol de uma alimentação vegana, o consumo de carne não diminuiu globalmente. Ao contrário, reportagem publicada há um ano pela BBC em resumo informa que “O consumo de carne no mundo aumentou rapidamente nos últimos 50 anos, e sua produção hoje é quase cinco vezes maior do que no início dos anos 1960 - de 70 milhões de toneladas, passou para mais de 330 milhões, isso ainda em 2017, hoje extrapola todos estes números”.

 

Mudar o mundo e avançar a saude, a vida, é uma das metas do movimento ecológico, científico, da cidadania e da não violência

 

Sim, a gente precisa levar em conta que aumentou também o número de pessoas no mundo. Em 1980 éramos cerca de 4,5 bilhões, e hoje somos 7,6 bilhões. Mas aqui no Brasil há uma cultura, quase inabalável, e a crença de que se a pessoa não consumir proteína animal (carne vermelha, de preferência), não está se alimentando bem, de maneira saudável. No entanto, como se sabe, não são todos que podem pagar o preço desta crença: quanto mais ricos os países, mais carne é consumida. E a proporção inversa é real. Um bom churrasco dá status social e alguns fazem até exibicionismo nas redes sociais. A questão é que as epidemias de Sars, Mers, e agora a pandemia da Covid-19, têm levado os veterinários e epidemiologistas a declarar que transportar animais vivos ao redor do mundo aumenta o risco de doenças. Segundo reportagem publicada no britânico The Guardian, o receio é que a situação piore. Em entrevista à jornalista Mattha Busby, o veterinário da Universidade de Ghent, na Bélgica, Jeroen Dewulf, disse que “Quanto mais você move animais, mais corre o risco de que doenças se espalhem por esses animais. Existem outras rotas, o vírus pode ser transmitido em produtos à base de carne, por exemplo, mas é muito mais eficiente transmitir através de animais vivos”. Um caso bem conhecido desta situação, enfrentado pelos britânicos na década de 90, foi a encefalopatia espongiforme bovina, comumente conhecida como doença da vaca louca. Na época, exportações de gado vivo foram proibidas no Reino Unido. Em 2015, estudo divulgado pela revista BioMed, pesquisando, concluiu que “O comércio de animais vivos pode contribuir para a introdução de doenças exóticas, a manutenção e a disseminação de doenças endêmicas”.

 

Uma forma barata, saudável e eficaz de tentar escapar da infecção...

 ...pelo Coronavírus é higiene ambiental, limpeza pessoal, água limpa e alimentação mais natural sem carne

(Confira na seção de comentários deste blog da ecologia, da cidadania e da não violência mais informações neste tema, também sobre os benefícios da alimentação vegetariana e da dieta vegana: na edição de hoje vamos postar dois vídeos, um deles, histórico, com Flora Gil, pioneira da alimentação natural que de maneira informal diz muito no tema, ela que é mãe da Bela Gil que por sua vez faz entrevista no Canal Bela com a médica da USP Denise Carreiro)

 Nosso movimento convida você experimentar...

 

 ...a alimentação vegana ou vegetariana que a garotada começa a curtir cada vez mais (ainda mais agora na era da Covid-19)

Fontes: G1 - BBC - Saúde Abril - The Guardian

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