A ameaça maior ocorre em terras do Nordeste, Minas e Espírito Santo mas outras áreas já começam a ser agora investigadas em todo interior do país
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Está aumentando o mapa do deserto Brasil
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Otávio Augusto fez matéria para o Correio Braziliense (jornal e portal de Brasília, DF) alertando que há uma população
de 35 milhões de pessoas está sujeita a experimentar fortes perdas agrícolas,
assistir à escalada de doenças e, sem alternativa, ter de procurar outro lugar
para viver. Os danos econômicos são incalculáveis. Essas pessoas moram em 1.488
municípios de 11 estados, incluindo todo o Nordeste, o norte de Minas Gerais e
o do Espírito Santo. Entre outras causas do processo de desertificação crescente, desmatamento,
uso intensivo do solo, irrigação inadequada, mineração excessiva, com chuvas
escassas, nascentes e risos secando, mais toda a redução da biodiversidade, falta de gestão
ambiental no Brasil. Para se ter uma ideia da gravidade do problema, há cinco anos atrás o Instituto Nacional do Semiárido (Insa) calculou que 230.000 km estavam virando deserto. Hoje, esta área crítica passou para 1.340.863 km. Uma alta de 482%. Interior de São Paulo, do Paraná e algumas zonas do Cerrado no centro oeste podem ampliar o mapa do deserto do Brasil.
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As ricas terras de Goiás virarão desérticas?
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Atualmente, uma região maior do que o estado do Ceará já virou deserto. São 200
mil km, Bahia, Ceará e Pernambuco são os estados mais castigados, embora,
proporcionalmente, a Paraíba seja o estado com maior extensão de área
comprometida: 71% de seu território já sofrem perdas consideráveis. Há sete anos foram mapeados seis núcleos propensos à desertificação. Hoje, a
situação se alastrou para 70% do Nordeste. As causas são velhas conhecidas do
brasileiro: desmatamento da caatinga e do cerrado, uso intensivo do solo, ocupação humana ou urbana irregular, as práticas inadequadas de irrigação, a fertilização
química do solo e a mineração excessiva, entre outras causas, como também a falta crônica de uma gestão de meio ambiente no país. A desertificação ameaça reduzir em 11% o
Produto Interno Bruto (PIB) do Nordeste até 2050.
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Em todo interior do país a erosão alarma
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O deserto da Caatinga - Em condições normais, a vegetação da caatinga renasce até 15 dias depois da
chuva. Nas áreas em processo de desertificação, não importa o quanto chova, a
vegetação não brota mais. A estiagem sempre influenciou o modo de vida no
Nordeste. A falta d;água sempre existiu. A região por exemplo viveu um período de 6 anos
consecutivos com chuvas abaixo da média, entre 2012 e 2017. O que está em jogo
agora, porém, não é só a falta de chuva, mas toda a degeneração da terra. Junior Aleixo, 30
anos, vive na zona rural de Prata, no sertão da Paraíba, um dos municípios mais afetados pela desertificação. Ele sabe como é sobreviver em áreas sem água e
onde do chão nada brota. Criador de bode e cabras de leite já teve que deixar
sua casa para trabalhar em outra cidade por não ter nem como alimentar os animais.
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O Brasil está criando aqui um deserto de Saara
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Neste ponto, um parêntesis: a FAO está alertando que até 2030 50 milhões de pessoas serão refugiados ambientais de zonas de deserto. O Brasil vai contribuir com 10% deste povo. Num dos vídeos de hoje, do órgão de alimentação na ONU, informações sobre esta realidade em termos planetários, Um outro vídeo mostra a importância essencial de ser conservar ou de recuperar as nascentes e os rios. Na seção de comentários do blog da gente, mais dados, depois mais tarde confira, OK?
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Homens secos plantam a seca
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O Brasil, com outros 192 países, participa da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos das Secas ; UNCCD na sigla em Inglês. No entanto, o processo de recuperação é complexo e demorado, já que exige ações de longo prazo e inclui conscientização política, econômica e social. Como recuperar estas áreas, o que está sendo investido com este objetivo agora? Somente em 2018 foram gastos US$ 5 milhões (R$ 18,7 milhões) do Fundo Global para o Meio Ambiente, Fundo Clima e da Agência Nacional de Águas. A recuperação é muito, muito e muito mais cara do que a prevenção ou a gestão ambiental.
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O desmatamento monstro é uma das causas
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Deserto Brasil - A desertificação é um processo cumulativo de degradação ambiental, que afeta as condições econômicas e ambientais também sociais do país, ao mesmo tempo em que reduz continuamente a superfície das terras habitáveis, argumenta Aldrin Perez-Marin, pesquisador do Insa, uma das principais referências do setor. As consequências graves se apresentam em âmbito local, regional, nacional e global, visto o empobrecimento da população, a qualidade ambiental, os processos migratórios, a perda de biodiversidade, a perda de território produtivo e também na elevação do risco social. O pesquisador é enfático. O processo de desertificação deve ser encarado como um problema pangeoespacial. A tendência é que esse processo se intensifique e que a população desses locais ocupe novos territórios em busca de sobrevivência. Em muitos casos, as famílias fogem, então migram para grandes centros urbanos. Essas famílias, como refugiadas ambientais nesses novos territórios, sem ter as condições financeiras e a instrução adequada ou orientação de educação ambiental se estabelecem em áreas periféricas, geralmente inadequadas para ocupação. E aí começa a formação de um novo deserto.
"O solo era infértil e não tinha como melhorar. Tínhamos dificuldade com água e pastagem. A gente tinha que vender os animais. Não tinha como manter os animais sem comida e água. O governo, por meio de programas de Unidades de Recuperação de Áreas Degradadas (Urad) e redução da vulnerabilidade, instalou uma barragem subterrânea para atenuar os problemas no local mas é pouco": comentário de Junior Aleixo, 30 anos, no Correio Braziliense, ele vive na zona rural de Prata, no sertão da Paraíba, um dos municípios mais afetados pela desertificação.
ResponderExcluir"O Departamento de Desenvolvimento Rural Sustentável e de combate à desertificação do Ministério do Meio Ambiente, explica que para o Brasil atingir a meta de 2018 ; 2030 da UNCCD, o país terá que reduzir de 15% das áreas degradadas. Parte dos recursos obtidos com a conversão de multas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) serão empregadas em ações de combate à desertificação. O primeiro chamamento público contempla a caatinga, o bioma mais afetado": comentário de Valdemar Rodrigues,que dirige esta órgão governamental, dando a sua versão dos fatos.
ResponderExcluirDepois mais tarde, amanhã, mais informações aqui nesta seção de comentários, venha conferir depois, OK?
ResponderExcluirVocê pode postar direto aqui sua opinião, se preferir, envie o seu conteúdo (texto, foto, vídeo, arte, mapa, pesquisa, notícia) pro e-mail do editor deste blog de ecologia e cidadania, mande para padinhafranca603@gmail.com
ResponderExcluir"Homens secos plantam a seca": legenda de uma das fotos hoje aqui no blog, trecho de letra de música inédita de Antônio de Pádua Silva Padinha, editor deste blog. (Participe voc~e também desta postagem, deste movimento, desta luta).
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