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terça-feira, 25 de agosto de 2020

UMA OUTRA AGRESSÃO MAIS SILENCIOSA À ECOLOGIA DA AMAZÔNIA E DE TODAS AS FLORESTAS QUE AINDA SOBREVIVEM NO BRASIL OU NO PLANETA

Nossa natureza perde todo ano milhões de animais selvagens além da flora silvestre alerta relatório da Traffic que o site Envolverde está publicando na íntegra: no blog da gente um resumo desta situação que é mais uma luta a ser encarada pelo movimento ecológico, científico e da não violência, cultura da vida (e da liberdade)


Crueldade desumana

  • Novo relatório de 140 páginas lança luz sobre o tráfico ilegal de animais silvestres na Amazônia. O estudo revela que milhões de aves, tartarugas, mamíferos e peixes tropicais estão sendo retirados da natureza e comercializados internamente ou exportados para Estados Unidos, Europa, China, Oriente Médio e outros lugares. Muitos deles, em perigo de extinção.
  • O comércio internacional ilícito é facilitado por leis e penalidades fracas, manutenção inadequada de registros governamentais e aplicação ineficiente da lei, assim como corrupção generalizada, suborno, fraude, falsificação, lavagem de dinheiro e contrabando.
  • Embora alguns animais sejam apreendidos e alguns contrabandistas de baixo escalão sejam capturados, os líderes desta operação criminosa global raramente são levados à justiça.
  • O relatório indica que o tráfico não só prejudica a fauna como também dizima ecossistemas e coloca em risco a saúde pública. Os pesquisadores apontam que a Covid-19 provavelmente foi transmitida aos seres humanos por animais traficados e que medidas mais duras contra o comércio ilegal de animais silvestres ou selvagens da Amazônia brasileira poderiam também evitar uma próxima pandemia, adverte Sharon Guynup.
  Pássaros são símbolo de liberdade...

A Amazônia brasileira está perdendo todo ano milhões de animais silvestres para o tráfico ilegal, de acordo com uma novo relatório  mais completo feito pela respeitada entidade britânica Traffic. Canários-da-terra e outros pássaros, incluindo Araras e Papagaios raros, são capturados, traficados e vendidos como animais de estimação. Alguns são leiloados para se tornar futuros competidores em concursos de aves.


...são mais lindos quando soltos no ar...

 ...ou quando cantam no meio das matas

Peixes ornamentais destinados a aquários domésticos também são retirados da Amazônia, entre eles o Tetra-azul e o Tetra-cardeal. O Pirarucu, um dos maiores peixes de água doce do mundo, é capturado ilegalmente na natureza, misturado em meio a espécimes criados em cativeiro e enviado para os Estados Unidos em grande quantidade. Esse e outros peixes são servidos na mesa de jantar, assim como Tartarugas de água doce e seus ovos, enquanto Antas, Porcos-do-mato e outros mamíferos são vendidos no Brasil como carne de caça. Já dentes, cabeças e peles de Onças-Pintadas são enviados à China, para uso na medicina tradicional ou como artigo de decoração.

A Onça Pintada, uma das espécies mais traficadas


  E ainda há a combater a pirataria...



 ...de flores do mato ou ervas medicinais...

 ...roubo de patentes da nossa flora


“A captura abrangente e descontrolada de animais e plantas das  florestas para o tráfico está trazendo graves consequências à biodiversidade brasileira, até também à economia do país, ao estado de direito e à boa governança”, constata o relatório Traffic. Ele detalha que partes de Onça-Pintada, como pele, patas e dentes, são vendidos na Ásia para uso na medicina tradicional ou como adorno e decoração.


  Espécies em extinção, raras e maravilhosas...

 ...são caçadas e traficadas como objetos de consumo

O estudo de 140 páginas foi conduzido pela consultora em biodiversidade Sandra Charity junto com Juliana Ferreira, diretora executiva  da Freeland Brasil. O foco foram espécies da floresta Amazônica, com destaque maior para o comércio de aves. Uma das descobertas da pesquisa foi a existência de um segmento cada vez maior do comércio ilegal que lava pássaros vítimas de caça,  valendo-se de uma rede legal de criação de aves em cativeiro. As autoras também detectaram que poucas agências governamentais fiscalizam ou mantém registros ou reportam dados sólidos que possam quantificar o verdadeiro problema. Em muitos casos, os registros nem mesmo identificavam as espécies ou o número específico de animais apreendidos pelas autoridades, enquanto os dados provenientes da Amazônia eram “notoriamente escassos”.“Apreensões significativas são feitas diariamente por ações policiais no estado do Amazonas, mas não tivemos acesso aos dados”, afirma Juliana Ferreira: “E pelo que vimos, o comércio ilegal é ainda maior do que imaginávamos”. São tendências difíceis de acompanhar, uma vez que os dados de apreensão representam apenas uma fração dos animais retirados ilegalmente da natureza. A partir das informações existentes, porém, se pode notar um claro aumento no contrabando de algumas espécies: as apreensões de Onças-Pintadas, por exemplo, aumentaram em 200% em 6 anos de investigação. O relatório aponta que a falta de dados abrangentes tende a minimizar a severidade do tráfico de animais silvestres no Brasil, minando os esforços de fiscalização, as medidas legais e o investimento necessário para combater estes crimes ambientais.

 

Alguns animais desaparecem mais rapidamente...


(Confira depois na seção de comentários deste blog mais dados tanto sobre o tráfico de animais como também o roubo de patentes de plantas medicinais, no Folha Verde News nesta edição, dois vídeos, um do programa Profissão Repórter e outro matéria feita neste dias pelo Fantástico)


 

  ...tal a intensidade crescente do tráfico internacional


O relatório da Traffic adverte, ainda, que o comércio ilegal está tendo sérias consequências não apenas para os animais apreendidos, como também para espécies, ecossistemas e povos inteiros, seja na Amazônia ou em todo o mundo. A atual epidemia, por exemplo, causada por um Coronavírus que migrou da natureza para os humanos, lembrou ao mundo que o tráfico de animais silvestres não é apenas uma questão de conservação da biodiversidade, argumenta Juliana Ferreira. É tanto uma questão de saúde pública quanto uma questão de biossegurança, além de defesa dos recursos naturais brasileiros e um empobrecimento da chance de futuro da nossa vida.


Maltrato e gaiola (beleza trágica) 


Beleza livre dos homens e do mercado



Fontes: Envolverde - Carta Capital -  WWF

                folhaverdenews.blogspot.com


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