BRASIL VAI OUVIR AS PROPOSTAS DA CARTA DOS AMBIENTALISTAS? NA FRANÇA MACRON PROMETE ADOTAR 146 DAS 150 MEDIDAS QUE A SOCIEDADE CIVIL ESTÁ PROPONDO

O governo francês já adota medidas para acelerar uma transição ecológica sugerida por lideranças de cidadania

Emmanuel Macron pelo menos admite adotar...

 ...a maior parte das medidas que a sociedade civil está sugerindo para a França caminhar para um desenvolvimento sustentável, rumo da criação do futuro da vida...

...ao passo que no Brasil não se tem esperança que o governo adote ao menos uma das sugestões do movimento ambiental, pelo que se vê na realidade

A Convenção Cidadã para o Clima começa a dar resultados concretos: o governo francês divulgou agora as primeiras medidas inspiradas das propostas de 150 cidadãos, anunciadas após o Conselho de Defesa Ecológica dirigido constitucionalmente pelo presidente francês, Emmanuel Macron. Algumas propostas, entretanto, são consideradas "insuficientes" por ecologistas que pedem maior radicalidade. A captação de propostas teve a participação da nova ministra da Transição Ecológica, Barbara Pompili e da secretária de estado para a Biodiversidade, Bérangère Abba, nomeadas oficialmente neste último domingo. Os membros do governo discutiram principalmente questões ligadas ao setor da construção, à artificialização dos solos e áreas protegidas pela sua importância ecológica. Uma possível moratória sobre os centros comerciais deverá aguardar disposições legislativas. Em relação à renovação térmica das construções, que representam 20% das emissões de gases poluentes, o governo adotou por decreto um dispositivo que obrigará os proprietários de moradias que consomem energia em excesso a realizar reformas.  É o caso de 120 mil apartamentos franceses que possuem sistemas de calefação antigos, que utilizam mais de 500 kilowatts-hora por metro quadrado. Se desrespeitar a regra, o dono do imóvel será alvo de uma medida judicial, que dá o direito ao inquilino de interromper o pagamento do aluguel ou simplesmente proibir sua locação.

No Brasil continua a tragédia de desmatamentos, queimadas, incêndios florestais, grilagem de terras indígenas, garimpos em áreas de preservação ambiental...

 ...e a violência contra a natureza inclui também ameaças a funcionários do Ibama que tentam fiscalizar e fazer cumprir a legislação ambiental brasileira

A partir de 2022, como uma forma de proteção dos direitos do povo da periferia, o governo proibirá a instalação de caldeiras movidas a combustível ou carvão em imóveis novos ou a substituição de um sistema antigo por um outro que seja poluidor. A França também se compromete a proteger 30% de sua superfície terrestre. Para atingir essa porcentagem, o país vai criar dois novos parques naturais regionais, um no Mont Ventoux, no sul do país, e outro na Somme, no norte, além de uma reserva natural na Alsácia, no leste da França, planejando uma condição de vida com maior qualidade e saúde. 

(Menos centros comerciais é uma das 146 medidas admitidas pelo presidente francês, entre as 150 sugeridas pelos cidadãos e cidadãs da Convenção anunciada pelo Conselho de Defesa Ecológica: esta informação está na seção de comentários deste blog da ecologia e da cidadania, o Folha verde News que vai postar hoje dois vídeos, um deles da serie USP Talks, em que Thelma Krug diz que não só no Brasil a emergência ambiental é essencial hoje, outro, uma comparação entre as realidade dos Brasil e da França, em termos de direitos da população) 

 Esta imagem sintetiza a situação dramática do meio ambiente no Brasil, algo criticado em todo o planeta

A primeira versão do projeto de lei deve ser apresentada no Parlamento em janeiro de 2021 e novas medidas poderão ainda serem apresentadas por Emmanuel Macron no fim deste mês de agosto. O presidente francês espera que a luta contra o aquecimento global integre de maneira orgânica a Constituição do seu país. O Greenpeace na França lamentou porém que alguns anúncios protelam as decisões para 2023, quando o mandato do atual presidente já terá terminado. E aí não se sabe o que vai ocorrer. De toda forma, este diálogo de Macron com entidades civis contrasta com o silêncio governamental em relação às propostas dos ambientalistas, que foram mostradas uma à uma na edição anterior deste nosso blog ligado ao movimento ecológico, científico, da cidadania e da cultura da vida, a não violência. Ao contrário da França, da Europa, de vários países do planeta, como o Japão por exemplo, no caso do Brasil, o país da natureza está virando da destruição do meio ambiente. 

Nosso país precisa proteger ao máximo cada bioma...

...e todos os recursos naturais e hídricos...

 ...para que junto com a natureza nossa população tenha futuro em sua vida...

...algo que hoje não é mais uma certeza

Fontes: RFI - AP - France Press 

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