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quinta-feira, 6 de agosto de 2020

AMBIENTALISTAS QUEREM MORATÓRIA DO DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA E EMERGÊNCIA AMBIENTAL NO BRASIL

Proposta integra pacote de cinco ações emergenciais para conter a crise da devastação em nova alta recorde em 2020 no país que um dia já foi da natureza

 

Antes que seja tarde demais


Mais de 60 organizações e coletivos da sociedade civil entregaram hoje (quinta-feira 6/8) aos presidentes da Câmara e do Senado, a investidores estrangeiros e a parlamentares brasileiros e europeus uma carta com cinco propostas emergenciais para conter a crise do desmatamento na Amazônia. Uma das medidas é o estabelecimento de uma moratória de pelo menos cinco anos à derrubada de florestas. A devastação em 2020 já é a maior desde o início da série de alertas do sistema de monitoramento por satélite Deter B, do Inpe, e pode vir a ser a maior desde 2006. A explosão do corte raso e das ameaças aos povos indígenas no atual governo fizeram investidores estrangeiros ameaçarem retirar investimentos do país. Na carta, as organizações lembram que o Brasil, no começo do século, conseguiu reduzir a taxa de desmatamento e ao mesmo tempo ampliar a produção agropecuária e o PIB: “O atual governo, porém, não apresenta qualquer resquício de interesse ou capacidade em seguir este caminho”, afirma o documento. “Suas ações se baseiam em medidas falaciosas e campanhas publicitárias que tentam mascarar a realidade. Mesmo o envio de forças militares para a Amazônia tem sido pouco eficaz”. 

País da natureza ou da violência ambiental?

Sufoco e incêndios até no Pantanal...


As cinco medidas emergenciais propostas incluem, além da moratória ao desmate, o endurecimento das penas aos crimes ambientais, inclusive o bloqueio de bens dos cem maiores desmatadores da Amazônia, a retomada imediata do PPCDAm — o plano de controle do desmatamento que vigorou por cinco mandatos presidenciais até ser engavetado agora, a demarcação de terras indígenas, a titulação de territórios quilombolas e criação de 10 milhões de hectares em unidades de conservação e a reestruturação do Ibama, do ICMBio e da Funai, desarticulados e aparelhados pelo atual governo. 

 Imagem fúnebre no planalto central onde...

  ...o Cerrado (berço das águas) sofre a maior devastação dos últimos tempos

“Todas as medidas elencadas na carta são factíveis. Algumas delas são inclusive obrigações constitucionais, que o governo não está cumprindo”, comentou Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, uma das redes que assinam o documento: “O objetivo é resolver uma situação aguda na qual o paciente (no caso, a Amazônia) está sob risco de vida, para depois discutirmos as medidas estruturantes que permitirão a recuperação do doente. Algumas delas, aliás, já constavam no plano de prevenção e controle do desmatamento enterrado pelo atual governo". 

 Uma situação de tragédia ambiental...

 ...em meio Brasil e a culpa não é do La Niña...

(Confira depois na seção de comentários deste blog ligado ao movimento ecológico, científico, da cidadania e da cultura da vida, mais detalhes e informações: nesta edição do Folha Verde News, dois vídeos, um deles, um cenário dos problemas ambientais brasileiros do Portal eCycle e o outro, Virada Socioambiental, da Ascema, em que Márcio Astrini, do Observatório do Clima comenta a atualidade do meio ambiente no país agora)


Este é o momento da virada socioambiental nesta proposta das entidades da sociedade civil ao governo


Fontes: observatoriodoclima.eco.br 

              Jornal Hoje da Globo

             folhaverdenews.blogspot.com


11 comentários:

  1. O país da natureza está virando da violência ambiental...

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  2. Depois desta Carta de 60 entidades ambientais da sociedade civil do Brasil, o que se espera ´´e um posicionamento do Congresso Nacional e do Ministério Público, além é claro do Ministério do Meio Ambiente.

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  3. "A moratória ao desmatamento comporta exceções: atividades de subsistência de populações tradicionais, agricultura familiar e planos de manejo sustentável de madeira, por exemplo, ainda seriam admitidos": comentário extraído de um dos trechos da Carta dos Ambientalistas agora.

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  4. O Observatório do Clima é uma rede formada em 2002, composta por 52 organizações não governamentais e movimentos sociais. Atua para o progresso do diálogo, das políticas públicas e processos de tomada de decisão sobre mudanças climáticas no país e globalmente. Site: www.observatoriodoclima.eco.br.

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  5. Mais tarde, mais comentários e informações, venha conferir depois.

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  6. Você pode postar direto aqui sua opinião, se preferir, envie seu conteúdo (texto, foto, vídeo, arte, charge. pesquisa, notícia) pro e-mail do editor deste blog da não violência padinhafranca603@gmail.com que mais tarde vamos divulgar o material que recebermos. Paz na luta.

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  7. "Destas 5 propostas dos ambientalistas, o Governo do Brasil vai executar pelo menos uma? Falo isso porque de 50 medidas que a sociedade civil sugeriu na França, o presidente Macron adotou 46": comentário de Annie Marie Jourdan, que nos envia matéria a respeito da RFI: vamos postar esta informação na próxima edição deste blog.

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  8. "150 entidades de defesa do meio ambiente assinaram um manifesto pedindo ações do Ministério Público Federal (MPF) contra as políticas do ministro Ricardo Salles. No documento, enviado à Associação Nacional dos Procuradores da República e ao Conselho Superior do Ministério Público, as instituições questionam a atuação do procurador-geral da República, Augusto Aras, e dizem temer que “o recente assédio pelo Planalto, inclusive com a promessa de uma indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF), possa inibir investigações essenciais para preservação do meio ambiente”: comentário extraído de notícia do site da revista Isto É.

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  9. "O atual ministro do meio ambiente, Ricardo Salles, é responsável por diminuir a participação social e “desmontar” as autarquias de defesa do setor. Durante a reunião ministerial do dia 22 de abril, cujo vídeo teve sigilo quebrado pelo decano do STF, ministro Celso de Mello, Salles afirma que o governo deveria “aproveitar” a pandemia do novo coronavírus, quando o foco da imprensa está na Vovid-19, para “passar a boiada” e mudar “o regramento e simplificar normas” ambientais. O manifesto quer alertar a sociedade brasileira em geral e solicitar, aos dirigentes e membros do Ministério Público, para que zelem pela estrita observância dos princípios constitucionais que regem as funções da instituição; assim como aos princípios que determinam a boa administração pública, com transparência e prestação de contas à sociedade”, diz o documento, que ainda destaca a necessidade por uma “atuação firme do MPF em defesa do Sistema Nacional de Meio Ambiente (Sisnama) e da normativa ambiental”. (Isto É).

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  10. "A sociedade deve contar com um MPF atuante e que possa se opor a “inconstitucionalidades” de algumas medidas adotadas pelo governo federal": comentário do Presidente do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (Proam), uma das entidades signatárias do manifesto, Carlos Bocuhy.

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  11. CORREÇÃO: Lamentavelmente, por um erro de digitação de nossa equipe deste blog, postamos no comentário de Annie Marie Jourdan que a França admite adotar 46 das 50 medidas que a sociedade civil está sugerindo, na realidade, são 150 propostas das quais, 146 já estão sendo estudadas pelo governo francês. Pedimos desculpas à Annie Marie por este equívoco. Os números mostram um contraste mais grave ainda com o descaso do Brasil para as entidades ambientalistas.

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