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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

MATAS NATIVAS GARANTEM A PRESERVAÇÃO DAS ABELHAS E DE OUTROS INSETOS QUE POLINIZAM E FAZEM O CONTROLE BIOLÓGICO DO MEIO AMBIENTE

Jornal da USP mostra que floresta e uso diversificado do solo favorecem a vida de abelhas e vespas solitárias ou marimbondos insetos que são fundamentais para a ecologia da natureza



 Insetos vitais para ecologia e vítimas da monocultura...

 ...foram pesquisados no corredor ecológico entre as serras Cantareira e Mantiqueira



A pesquisa da ecóloga Paula Carolina Montagnana da USP de Ribeirão Preto documenta a importância das florestas e do uso diversificado do solo (não a monocultura) para a preservação de abelhas e vespas (populares com o nome de marimbondos) que são todos fundamentais para a vida da natureza: o estudo foi realizado no corredor ecológico entre a Serra da Cantareira e a Mantiqueira e finalizado no laboratório da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto. A jornalista Rita Stella, com a colaboração de Tainá Lourenço. fez matéria documentando todo o processo da pesquisa, a informação foi enviada aqui para o nosso blog pela técnica agrícola Mariana Salgado com o comentário: "Está claro nessa época de tanta violência ambiental o caminho para a preservação das abelhas, que andam desaparecendo de regiões onde prevalece a cana ou a soja e outras grandes monoculturas". A gente agradece e vamos divulgar a seguir  um resumo desta pesquisa aqui no blog Folha Verde News,  estamos todos conectados em busca do rumo sustentável para nosso país.

Esta pesquisa dá rumo à defesa das abelhas e de todos os ...

 ...insetos que ajudam o controle biológico do ambiente

 Mapa de uma das áreas em que a pesquisa foi realizada

Onde há apenas um uso da terra, como, por exemplo, as áreas dominadas por grandes monoculturas de cana-de-açúcar na região de Ribeirão Preto (interior de São Paulo) ou nos plantios de soja, algodão e milho presentes no Centro-Oeste do Brasil, a situação é bem mais complicada para as abelhas e insetos polinizadores que favorecem o equilíbrio biológico.
Tetrapedia sp, uma das espécies de abelha solitária identificada no levantamento que foi realizado no Corredor Ecológico Cantateira-Mantiqueira, em São Paulo; apesar da ocupação urbana nesta região, abelhas e vespas ainda são abundantes, a  pesquisadora explicou  e mostrou como chegou às suas conclusões.  O estudo foi realizado  na Zona Norte de São Paulo entre a Cantareira e a Serra da Mantiqueira em pesquisa da FFCLRP da USP revelando  uma boa notícia sobre a vida de abelhas e vespas, insetos que estão desaparecendo da natureza. A pesquisa do Laboratório de Ecologia e Evolução de Abelhas e Vespas do Departamento de Biologia desta faculdade de Ribeirão Preto  constatou que elas ainda são abundantes naquele local (Canteira/Mantiqueira)  apesar da ocupação urbana. Segundo os estudos, a quantidade de floresta nativa (mais de 50% da área) e a utilização diversificada das terras entre os fragmentos de Mata Atlântica são os principais fatores da preservação dos insetos. As abelhas são insetos polinizadores e as vespas, agentes de controle biológico.
Entre a Serra da Cantareira em São Paulo...

 ...e a Mantiqueira, um corredor ecológico


A ecóloga Paula Carolina Montagnana, responsável pela pesquisa, explica que se a região fosse dominada por monocultura (como a observada em diversos outros locais do estado de São Paulo, por exemplo), as abelhas e vespas não teriam a mesma sorte para encontrar alimentos ou construir seus ninhos: “As abelhas e vespas solitárias têm autonomia de voo de cerca de 600 metros e isto significa que elas precisam encontrar fontes de alimentação e condições de procriação dentro de uma área que não ultrapasse esse limite”. Drª Paula fez esta pesquisa de campo na Cantareira entre 2014 e 2018 para a tese de doutorado que apresentou na FFCLRP, com orientação do professor Carlos Alberto Garófalo. O trabalho pretendia verificar a influência das diferentes formas de utilização do solo na vida de abelhas e vespas solitárias. Assim, foram confeccionados e instalados em 29 pontos da região da Cantareira ninhos-armadilha (pequenos tubos de cartolina preta e gomos de bambus) que ficaram disponíveis para essas espécies construírem seus ninhos. Paula coletou todos os ninhos-armadilhas ocupados e os levou para o Laboratório de Ecologia e Evolução de Abelhas e Vespas da FFCLRP.  Na região estudada, a ecóloga encontrou condições que favoreceram a identificação de uma maior quantidade de espécies e de um número mais elevado de abelhas e vespas. “Em uma linha reta de 1 quilômetro (km), traçada a partir do local de um dos ninhos-armadilha, haverá maior diversidade desses insetos se ao longo dessa reta houver locais com pastagem, floresta, agricultura, vilas rurais, entre outros tipos diversificados de uso da terra.Mas também é igualmente importante a porcentagem de floresta que existe dentro de paisagens com 5 km de raio, que deve superar 50% dessa área. Por sinal, nesse corredor ecológico entre as serras da Cantareira e da Mantiqueira, região onde ela fez o monitoramento das abelhas e vespas solitárias, a preservação de mais de 50% da mata nativa favorece a sobrevivência dos insetos, que são polinizadores e agentes de controle biológico.

Ninhos- armadilha para a pesquisa de campo...

...finalizada em laboratório pela ecóloga Paula Carolina Montagnana da FFCLRP da Universidade de São Paulo


(Confira depois mais tarde a seguir na seção de comentários deste blog de ecologia e cidadania mais detalhes desta informação, nos vídeos que postamos hoje em nossa webpágina que são reportagens da Band e mostram um pouco do que é o Corredor Ecológico entre a Cantareira e a Mantiqueira, serras vitais para a ecologia do interior, local da pesquisa da ecóloga da USP)




Amana para os índios a Serra da Mantiqueira ainda sobrevive com um equilíbrio ecológico impossível em áreas de monoculturas 


Conheça aqui e ajuda a preservar o que é a ecologia da Serra da Mantiqueira, (também local de pesquisa enfocada aqui hoje) neste vídeo que nos revela alguns outros ângulos do lugar, dentro duma série de reportagens feitas pela Band no tempo de Boechat)

https://www.youtube.com/watch?v=-j-B0OalTVM


Fontes: Jornal da USP  - jornal.usp.br
                folhaverdenews.blogspot.com



8 comentários:

  1. Mais tarde aqui nesta seção, comentários, mais dados neste tema, aguarde nossa edição e venha conferir depois, OK?

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  2. Você pode postar direto aqui sua mensagem, se preferir mande a sua opinião ou conteúdo (texto, foto, vídeo, notícia, pesquisa) pro e-mail do editor deste blog que aí mais tarde a gente posta aqui, mande e-mail para padinhafranca603@gmail.com

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  3. Você da mídia pode contatar a ecóloga Paula Carolina Montagnana da USP pelo e-mail paula.eco@hotmail.com

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  4. "Está claro nessa época de tanta violência ambiental o caminho para a preservação das abelhas, que andam desaparecendo de regiões onde prevalece a cana ou a soja e outras grandes monoculturas": comentário da técnica agrícola Mariana Salgado, de SP, que nos enviou matéria sobre esta pesquisa feita pelo Jornal da USP, base de nossa postagem hoje.

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  5. "Indicadores ambientais: a escolha pelas espécies solitárias, se deve ao fato da presença delas na natureza ser ótimo indicador ambiental que pode ser extrapolado para as demais espécies de abelhas e vespas, insetos polinizadores e agentes de controle biológico, respectivamente": comentário extraído de fala da ecóloga Paula Carolina Montagnana ao Jornal da USP.

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  6. "As duas espécies são chamadas solitárias pois, ao contrário dos insetos que formam colônias, elas utilizam cavidades preexistentes na natureza para fazer seu ninhos. A coleta aconteceu entre os meses de setembro e março, os mais chuvosos e quentes do ano no estado de São Paulo, e período de maior atividade e diversidade de insetos": comentário sobre a pesquisa em emissão da Rádio USP.

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  7. "Após monitoramento dos ninhos e identificação das espécies, foram encontradas 24 espécies de abelhas e 21 de vespas, comprovando a condição ecológica favorável do Corredor Cantareira-Mantiqueira. A partir destes dados, o estudo constatou a importância do uso diversificado da terra e da quantidade suficiente de mata nativa (mais de 50% de preservação) para a sobrevivência desses insetos": comentário extraído da matéria de Rita Stella, que serviu como conte principal de informação para nossa postagem aqui no blog.

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  8. "Nas regiões em que grande parte da vegetação nativa já tenha sido retirada e a atividade humana seja intensa, a ecóloga constatou que ainda assim é possível preservar algumas espécies> “A sugestão é que haja uma diversificação no uso da terra, principalmente com atividades de menor impacto como agroflorestas, locais de recuperação da vegetação nativa, agricultura orgânica, mas que também sejam preservados os locais de vegetação nativa já existentes”: comentário de Paula Carolina Montagnana: “Essa diversidade é muito melhor para a vida de abelhas e vespas que paisagens onde há apenas um uso da terra, como, por exemplo, as áreas dominadas por grandes monoculturas de cana-de-açúcar na região de Ribeirão Preto (interior de São Paulo) ou nos plantios de soja, algodão e milho presentes no Centro-Oeste do Brasil".

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