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segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

100 ANOS DO SENHOR CINEMA QUE GOSTAVA DE MISTURAR REALIDADE COM IMAGINAÇÃO: FEDERICO FELLINI DESPERTOU MUITA GENTE PARA A ECOLOGIA HUMANA

Ele aniversaria neste 20 de janeiro isso se não tivesse morrido em 1993 mas permanece atual e para celebrar a data 3 filmes do cineasta italiano serão exibidos nesta 2ª feira pelo Telecine Cult para assim celebrar a memória deste mágico da arte do cinema e da emoção de viver



Fellini mudou a linguagem do cinema com os sonhos invadindo a realidade da vida


Fellini participou das primeiras realizações do Neo Realismo (cinema de rua e documental pós 2ª Guerra Mundial) mas ele realmente encontrou o seu estilo ao criar uma sequência de filmes que agora até podem ser vistos no patamar de um Realismo Mágico, ou seja, mostra a realidade mas também o mundo da imaginação. Federico chegou a explicar quando ganhou um dos Oscars na década de 60 que ao contrário de Hollywood (uma indústria de filmes que através da emoção de suas produções "alienava" o espectador da realidade e "vendia" o american way of life). Ele argumentou então que filmava sonhos e sentimentos para libertar as pessoas da violência e do consumismo. Nesse sentido que o Federico Fellini é visto hoje como um pioneiro da ecologia humana ou da cultura da vida e até da não violência. Ele alertava sobre a repressão ou as amarras da sociedade de consumo com uma visão crítica da realidade através da imaginação sem limites, com liberdade: esta é a opinião do editor deste blog Folha Verde News, repórter que também atuou tanto como documentarista, como autor de cinema e de TV: "No sentido cultural, eu não fui o filho que Fellini não teve nem ao menos fiz os filmes com que ele inspirou para toda uma geração, até no Brasil, onde a gente teve a desculpa da censura que limitou demais todo o trabalho de criação com um conteúdo crítico e inovação de linguagem até o final dos anos 80, uma época em que começou a declinar o próprio cinema, pelo menos na vertente dos filmes de arte a marca do genial autor Federico Fellini. Mas foram filmes de arte como 8 1/2 e o semi documentário Roma, entre outros, que despertaram muita gente, (eu também) para a ecologia humana, a busca da liberdade total de expressão na vida do ser humano", é qo que escreve aqui Antônio de Pádua Silva Padinha. 




O criativo menino cartunista de Rimini...


,,,virou um genial cineasta de Roma e do mundo

...Continuou desenhando sempre: esta imagem aqui foi extraída de publicação em 2008 da Fondazione Federico Fellini, "O Livro dos Sonhos de Fellini"...




Confira o vídeo
https://www.youtube.com/watch?v=6TsElhgMeXE


Mesmo que esta visão seja em parte polêmica e ainda não assimilada por todos os estudiosos do cinema, como enfocou o repórter Daniel Medeiros o jornal Folha de Pernambuco (região do Brasil que virou hoje um polo de produção de filmes) "pelo menos temos que concordar que este grande cineasta italiano fez história ao apresentar uma nova forma de fazer a sétima arte". 




 Aqui criança ao lado do seu irmão menor Ricardo...

...Fellini cresceu com a grandeza dos seus filmes...

...que marcam a história do próprio cinema


Federico Fellini completaria 100 anos hoje (20 de janeiro de 2020), se não fosse o ataque cardíaco que o levou embora em 1993. Quase três décadas após a morte deste genial cineasta italiano, sua obra segue como referência para os amantes do cinema. Não é à toa que o termo felliniano entrou para o dicionário dos cinéfilos como um adjetivo que evoca uma estética barroca, exuberante, criativa, inovadora e ao mesmo tempo popular, que passou a ser a marca registrada do diretor que nasceu em Rimini, na região de Roma e que foi visto como um cartunista de muito talento antes de se dedicar a fazer filmes, como aliás mostra o vídeo A história de Fellini postado também aqui no blog da gente. Dê uma olhada, que estes youtubers contam muito bem quem foi este roteirista e diretor italiano, fundamental para a evolução desta arte bem no início da era da imagem. 



As criações livres, ousadas e criativas...

...com intérpretes de muito talento como Marcelo Mastroniani e Anita Ekberg...

...Fellini se tornou uma espécie de Charles Chaplin para adultos...


"É inegável que Fellini faz parte do primeiro time do cinema mundial, ele não só é um daqueles cineastas que fizeram filmes muito bons e além do mais, mudaram a linguagem cinematográfica e formularam novas soluções para o avanço do cinema", opina por sua vez Paulo Cunha, que atua na mídia como produtor cultural e é curador cinematográfico da Universidade Federal de Pernambuco. 





 ...satirizando a si mesmo e a vida...

...documentando o circo da tristeza e da alegria...

..ele revelou a alma humana com a visão sincera de um menino...

...e se consagrou com um dos cineastas mais premiados e admirados do planeta pela linguagem dos seus filmes


Vídeo de 2012 do Canal Brasil em que Caetano Veloso fala com paixão sobre os filmes de Fellini que inspiraram o seu trabalho, também na época do Tropicalismo                           https://www.youtube.com/watch?v=Vq4fkKsX_Bs


(Confira depois na seção de comentários deste blog de ecologia e de cidadania mais dados e opiniões sobre o cinema de Federico Fellini e vale a pena, desde já,  curtir o vídeo nesta webpágina contando a história deste mago do cinema italiano, vanguarda do ser humano)




Vale demais rever tudo o que ele criou...

...visitando o passado para criar o futuro...

...invadindo a violência da vida...

 ...com a liberdade dos seus filmes...


...onde o sonho criticava os limites da...

 ...os limites da realidade do ser humano



Em resumo a notícia hoje é que o canal de TV pago Telecine Cult exibirá três clássicos deste diretor nesta segunda: Noites de Cabíria (1955), às 16h45, A Doce Vida (1960), às 18h55, e (1963), mas em todos os países da Terra nesse dia 20 de janeiro será o dia mundial de Fellini com mostras de seus filmes, também várias exposições sobre a vida e a arte deste contemporâneo do futuro, avançado para a época em que ele viveu. E cabe então a nós o desafio de criar o futuro, para que ele exista, hoje, ameaçado pelo caos da vida, do clima e do meio ambiente, nem precisa ser um cara tão sensível como Fellini para acordar dos sonhos de consumo para esta realidade aqui, agora.   




Junto com sua companheira de sempre...

...e com amigos e amigas inteligentes....

...Federico Fellini conseguiu criar um conjunto de...


...filmes que marcam a luta do ser humano para superar os limites da realidade e ser feliz



Fontes: folhape.com.br - AFP - BBC - Cinecittà
               folhaverdenews.blogspot.com


12 comentários:

  1. Confira mais tarde aqui comentários e outras informações, aguarde a edição e venha conferir, por exemplo, a história da "Carta para Fellini", até mais.

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  2. Você pode postar aqui direto aqui a sua opinião, se preferir, envie o seu conteúdo (foto, arte, charge, notícia, pesquisa, comentário, crítica, sugestão, contato) diretamente pro e-mail do editor deste blog (mais tards postaremos tudo aqui nesta seção), mande desde já a sua mensagem com liberdade para padinhafranca603@gmail.com

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  3. "Na linguagem dos sonhos ele antecipou muito do que acontece hoje na vida da gente em todo lugar, antecipou, alertou, profetizou como um poeta da imagem": comentário do editor deste blog, padinha, em post no Facebook. Logo mais, mais comentários, venha conferir depois.

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  4. "Em plena Ditadura no Brasil, um jovem brasileiro que estava fazendo curta metragens, enviou via a Cinecittà, um argumento para este cineasta, chamado Carta Para Fellini, em que na linguagem dele, realidade em contraste com a imaginação, relatava fatos e sentimentos em nosso país. Algum tempo depois, Federico Fellini até respondeu, enviando uma foto autografada de quando atuava no estúdio e um cartão postal de Rimini, mas não deu tempo dos dois se encontrarem, o diretor italiano morreu de repente em 1993": comentário de Isaías de Almeida, que atua em agência de publicidade em São Paulo. A gente vai voltar em outra matéria à Carta Para Fellini.

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  5. "Nascido e criado na cidade de Rimini, na Itália, Fellini foi cartunista antes de enveredar pela arte cinematográfica. Em 1948, chegou a atuar em um filme de Roberto Rossellini, chamado "Il Miracolo", mas logo assumiu a direção com "Mulheres e Luzes", de 1950, co-dirigido pelo diretor Alberto Lattuada. Apesar do fracasso dessa primeira experiência, que deixou o cineasta repleto de dívidas, o reconhecimento não demorou a chegar. Ao longo da vida, ele ganhou quatro estatuetas do Oscar na categoria de melhor filme estrangeiro e uma Palma de Ouro no Festival de Cannes": comentário de Daniel Medeiros, jornalista, Folha de Pernambuco, de Recife (PE) cuja matéria é também fonte de informação para a nossa postagem hoje aqui no blog.

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  6. "Hoje é possível dividir o conjunto da obra de Fellini em dois momentos distintos. O primeiro - que corresponde às produções em preto e branco - expõe, ainda, um alinhamento relativo com o neorrealismo italiano, movimento cultural que denunciava as mazelas do pós-guerra. A crítica social e política, assim como a defesa do oprimido, são vistas em filmes como "A Estrada da Vida" (1954), "Noites de Cabíria" (1957) e até mesmo o clássico "A Doce Vida" (1960). Embora tenha sido um dos roteiristas e também diretor-assistente de "Roma, cidade aberta", marco inicial do neorrealismo, Fellini nunca foi filiado a esta escola italiana de fato. Mas seguiu o movimento de outra forma, com outra linguagem. Fellini criou sua própria escola de cinema. Os filmes dele são para quem gosta de criatividade, nem seguem a postura tradicional do cinema italiano, mas com isso, ele conseguiu expandir e popularizar a cultura cinematográfica e a própria Itália no resto do mundo, em filmes onde a crítica é sutil mas profunda, realidade e ficção": comentário de Cristina Presbítero, diretora do Instituto de Cultura Brasil-Itália (ICBI).

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  7. "Uma nova maneira de pensar o cinema foi sendo moldada aos poucos no trabalho de Fellini, eclodindo de uma vez por todas em "Julieta dos Espíritos" (1965), seu primeiro longa-metragem colorido. A partir dessa obra, que embaralha realidade e imaginação, o diretor aperfeiçoou seu caráter onírico e circense. O que unifica essas duas fases é uma leitura poética do mundo. Tá tudo muito dentro do imaginário, ele consegue fazer com que o cinema, ao mesmo tempo, discuta questões importantes e apresente uma poesia alegre,, filmes que divertem e fazem pensar": comentário de Paulo Cunha, produtor cultural, professor universitário e curador do Cinema da UFPE, Universidade Federal de Pernambuco.

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  8. "Oito E Meio foi uma viagem de filme mas o que mais me marcou foi o Roma Fellini, que era aparentemente um documentário despretencioso mas mostrando com muita ousadia e imaginação a realidade e levando ao máximo a linguagem criativa deste velho cineasta, uma linguagem bem jovem, contemporânea": comentário de Alberta Alícia, de Belo Horizonte (MG), que faz vídeos de arte e clips musicais em BH.

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  9. "Ispiriamoci al Maestro per creare qualcosa di valido": comentário de Manuel Bianchi, de Roma (Itália) que em resumo nos diz que Fellini é uma inspiração para fazermos algo que seja criativo e válido como os filmes do Maestro.

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  10. "Agradeço à galera da TV Assim, São Paulo, por enviar aqui prá gente, nesse momento muito oportuno, esta produção, Carta Para Fellini, que escrevi, um programa dirigido por Arthur Bandeira, com felicidade. Ainda faremos a 2ª parte": comentário de Antônio de Pádua, o editor desta blog, Padinha.

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  11. "Um fator fundamental pro sucesso dos filmes de Fellini, além da poesia e do humor, a música pontuando as imagens, como as composições de Nino Rota, também geniais": comentário de Alan Gomes, do Rio de Janeiro (RJ).

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  12. "Quando criança, Fefê (Fellini) dizia que ir pra cama era como ir ao cinema. Sua cama era batizada com nomes de salas de cinema de Rimini. Fascinado por quadrinhos, seu personagem favorito era Little Nemo , cujas aventuras eram os próprios sonhos e o último quadrinho era sempre o pequeno herói acordando": comentário de Maddalena Fellini, irmã mais nova dele, mas também já falecida (em 2004), o texto está no "Livro dos Sonhos de Federico Fellini", publicado em 2008 pela Fondazione Federico Fellini.

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