Na França e no Vaticano onde haverá encontros oficiais se discute também a recente formação na Amazônia de um movimento de indígenas Os Guardiões da Floresta
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| Nasce o movimento Guardiões da Floresta... |
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| ...dentro da luta dos povos indígenas... |
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| ...que leva Raoni em missão na Europa |
O presidente francês, Emmanuel Macron, vai receber na tarde da quinta-feira o reconhecido líder indígena Raoni, da etnia Kaiapó, que se encontrará na UE também com o Papa Francisco em Roma, sendo a pauta a violência ambiental no Brasil, por exemplo, o desmatamento crescente, pelos dados oficias do próprio Brasil o desmatamento lá na Amazônia já atingiu o maior índice dos últimos tempos. Macron falou à France Press que "a França é também um país amazônico, no caso, devido ao território da Guiana Francesa, sendo assim estamos naturalmente engajados na luta contra o desmatamento”. Ele explicou que também é importante hoje defender o interesse dos povos originários, especialmente porque eles são agentes essenciais para a preservação das florestas e da biodiversidade, os povos indígenas tem a ver também com a luta de todos contra as mudanças climáticas”, anunciou o governo francês hoje em um comunicado para a mídia européia. No Brasil, o site da revista Exame da Abril, que é atualizado diariamente com noticiário geral, também está destacando o debate sobre a questão indígena sendo levado nesta semana longe das florestas brasileiras junto ao governo francês e ao Vaticano, que também confirmou um diálogo do Papa Francisco com o Cacique Raoni. A Europa, agora muito mobilizada na luta pelo clima, com manifestações de pessoas de todas as idades em quase todos os 28 países do continente, em busca de conseguir um decreto de emergência ambiental do planeta abre espaço para os povos da floresta.
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| A condição de vida dos índios em geral... |
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| ....continua sendo precária, diz Raoni |
Raoni Metuktire, em meio a
viagem de três semanas pela Europa, também deve encontrar o ministro francês da
Transição Ecológica, François de Rugy. Uma outra liderança indígena da Amazônia, Almir
Narayamoga Surui já alertou ontem em Paris os deputados franceses sobre os
perigos do desmatamento cada vez mais intensos na Amazônia, ele afirmou à agência de notícias Reuters que "por razões de cultivo de soja e da criação de
gado, cresceu muito ameaça de reduzir as terras nativas e de não conservar os parques nacionais ou preservar a floresta. Este é
um grande passo para trás para o Brasil”, argumentou Suruí. Ele comentou a criação também no Maranhão de um movimento formado por índios, Guardiões da Floresta.
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| Suruí também está na missão indígena na UE... |
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| ....falando em nome de índios de várias etnias |
Seguindo um ritual tradicional dos seus ancestrais, o cacique Olímpio Santos
Guajajara pintou o rosto de vermelho com a tinta extraída de sementes de urucum,
em preparação para uma operação de monitoramento da floresta. Ele é o líder de cerca de 120
indígenas Guajajara que se autodenominam “guardiões da floresta” e combatem a
extração ilegal de madeira na Amazônia, onde a destruição da floresta atingiu índices alarmantes, segundo medições feitas por satélites de institutos que monitoram a região. Em uma visita autorizada, a
Thomson Reuters Foundation seguiu 12 dos guardiões em uma patrulha de três
dias na terra indígena Araribóia e ela acabou na destruição no local de um acampamento
ilegal para extração de madeira e na queima de pilhas de madeira beneficiadas,
prontas para serem vendidas. “A nossa TI (terra indígena) se
sente, hoje, muito ameaçada”, disse o líder Guajajara, usando um capuz preto, colares e
tatuagens nos dois braços: “Estão destruindo junto a nossa vida.
Estão destruindo a nossa cultura”, disse ele, mostrando inúmeras marcas de
tiro na placa de identificação da terra indígena, que foi demarcada em 1991, "porém nunca na prática essas terras foram respeitadas". Apesar de a extração de madeira,
a pesca e a caça em terras indígenas serem proibidas por lei, Guajajara afirma
que o governo não tem cumprido o seu papel de reprimir esses crimes. Ele diz
que as preocupações são crescentes, pois não há qualquer sinal de que será dado
um basta às invasões na terra indígena, que são a principal causa da violência
na região. "A violência ambiental por aqui começa com o extermínio dos índios".
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| As mulheres Gajajaras participam muito... |
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| ...das tradições e das lutas dos povos indígenas |
(Confira a seguir mais detalhes das duas informações, o diálogo de líderes indígenas na Europa e o movimento dos Guardiões da Floresta, nascendo agora no Pará: eles estão na seção de comentários e no vídeo postado aqui no blog nessa edição a história da relação entre índios e europeus)
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| Guajajaras, os Guardiões da Floresta |
Fontes: Exame - AFP - Reuters - BBC
folhaverdenews.blogspot.com
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ResponderExcluir"O encontro com Raoni também permitirá trocas sobre a situação das comunidades originárias no Brasil, onde a França deseja manter o diálogo com as autoridades e membros da sociedade civil brasileira para promover os valores comuns ligados aos direitos deste povos e à proteção de diversidade cultural”: comentário de Emanuel Macron, Presidente, em notícia da AFP.
ResponderExcluir“Estamos defendendo a lei, que deveria estar sendo cumprida. A pintura de seu rosto é um apelo à “Mãe Floresta” para proteger os guardiões. É uma guerra muito grande que nós estamos enfrentando até hoje": comentário de um dos líderes deste movimento, Olímpio Santos Guajajara, de Belém (Pará),
ResponderExcluir"Há cerca de 900 mil indígenas no país, que representam menos de 1 por cento da população brasileira. As terras indígenas reconhecidas –que estão em diferentes processos de demarcação– representam 13 por cento do território brasileiro, mas os indígenas estão cada vez mais preocupados com as crescentes invasões em suas terras, decorrentes da extração ilegal de madeira, garimpo clandestino e da agropecuária na floresta": comentário extraído da matéria do site da revista Exame.
ResponderExcluir"O Brasil liderou o ranking mundial de desmatamento de florestas tropicais desde 2018, de acordo com o grupo de monitoramento independente Global Forest Watch": comentário de Almir Narayamoga Surui, um líder dos povos indígenas do país, que está também na delegação que será recebida hoje pelo governo da Franca e deu entrevista à agência de notícias Reuters.
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