Recebemos por e-mail notícia de Élcio Ramalho, RFI, relatando que o líder indígena brasileiro Raoni (etnia Kayapó) se encontrou nesta quinta-feira com o presidente francês, Emmanuel Macron, no Palácio do Eliseu, em Paris. Este encontro foi discreto, sem a presença de jornalistas, mas é de grande valor para os direitos dos povos indígenas e até para as luta ambientais no Brasil. De acordo com o documentarista Jean-Pierre Dutilleux, que acompanhou a conversa, Macron se comprometeu a falar sobre a situação dos índios com a ONU e até com Jair Bolsonaro, presidente brasileiro.
“Fomos muito bem recebidos, fiquei até surpresa que um presidente
receba assim indígenas. Ele é muito atencioso, fiquei emocionada”, disse à RFI
a índia Kayula, da etnia Camayurás do Alto Xingu, que esteve presente durante o
encontro. O governo francês anunciou que pretende sediar em breve uma cúpula
internacional de populações indígenas do mundo todo, provavelmente em 2020. Ele informou que irá discutir a questão com autoridades do Brasil e Isso deve acontecer nos
dias 28 e 29 de junho em Osaka, no Japão, durante a cúpula do G20. “Macron
gostou muito de se encontrar com o cacique, eles se deram muito bem. Foi muito
bonito, houve uma boa conexão”, afirmou Jean-Pierre Dutilleux à RFI. Questionado sobre mais detalhes do diálogo, Dutilleux disse que “não podia dar mais
informações”.
Por sua vez, o jornal Aujourd’hui
en France publicou nesta quinta-feira uma entrevista com Raoni,
na qual ele fala sobre a urgência da situação dos povos indígenas brasileiros.
“Encontrei todos os presidentes franceses precedentes e eles sempre me
ajudaram a preservar o território ameaçado no qual eu vivo, no coração da
floresta amazônica”, disse o líder índio. “Vim encontrar Macron porque precisamos
dele para salvar nossas terras e nosso povo da floresta". Mais ainda: Raoni e os outros índios solicitaram apoio de € 1 milhão para o financiamento de muros vegetais feitos
de bambus para cercar a reserva do Xingu, que “sofre com intrusões frequentes
de traficantes de madeira, caça. também garimpo e tráfico de animais: "Com esse dinheiro, poderemos colocar
mais segurança na área onde se encontram os cemitérios de nossas tribos e onde
está também o corpo do meu pai, de todos nossos ancestrais, faz parte da nossa cultura, nossa vida".
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A proteção do Xingu, das florestas e das tradições indígenas também entrou em pauta no diálogo dos índios com Macron |
Fontes: RFI - Aujourd'hui en France
folhaverdenews.blogspot.com
Mais tarde a edição de novos comentários aqui nesta seção, aguarde e venha conferir, assim como também, dê uma olhada na outra notícia, no vídeo e nos comentários na outra postagem hoje neste blog em edição da floresta.
ResponderExcluir"Importante será o governo francês sediar até 2020 um evento internacional e ambiental, um congresso internacional com os índios de todos os países do planeta, já que os problemas são grandes e têm algumas necessidades iguais": comentário de Jean-Pierre Dutillex, documentarista que acompanhou este encontro de índios do Brasil com o presidente da França.
ResponderExcluir"Este encontro com Raoni também permitirá trocas sobre a situação das comunidades originárias no Brasil, onde a França deseja manter o diálogo com as autoridades e membros da sociedade civil brasileira para promover os valores comuns ligados aos direitos deste povos e à proteção de diversidade cultural”: comentário de Emanuel Macron, Presidente, em notícia da AFP.
ResponderExcluirVocê pode por aqui sua opinião ou se preferir ou precisar pode enviar mensagem pro e-mail do editor deste nosso blog que aí postamos para você aqui nesta seção. Vídeos, fotos e todo o material de informação mande para padinhafranca603@gmail.com
ResponderExcluir“Estamos defendendo a lei, que deveria estar sendo cumprida. A pintura de meu rosto é um apelo à “Mãe Floresta” para proteger os guardiões. É uma guerra muito grande que nós estamos enfrentando até hoje": comentário de um dos líderes deste movimento, Guardiões da Floresta, Olímpio Santos Guajajara, de Belém (Pará),
ResponderExcluir"Muito complexa a situação dos índios do Brasil e de todos os povos primitivos em todo país, nestes anos em que aumentou demais a gravidade da questão do ambiente, da natureza, da ecologia": comentário de Antônio de Pádua Silva Padinha, o ecologista que edita este blog Folha Verde News.
ResponderExcluir"A solução dos problemas dos índios e de toda a natureza passa por mudar a realidade, com a implantação duma forma que seja sustentável no desenvolvimento, novo modo de viver de todo o ser humano, cada vez mais urgente": comentário também do nosso editor deste blog.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir"Há cerca de 900 mil indígenas no país, que representam menos de 1 por cento da população brasileira. As terras indígenas reconhecidas –que estão em diferentes processos de demarcação– representam só 13 por cento do território brasileiro, mas os indígenas estão cada vez mais preocupados com as crescentes invasões em suas terras, decorrentes da extração ilegal de madeira, garimpo clandestino e da agropecuária na floresta": comentário extraído da matéria do site da revista Exame.
ResponderExcluir"O Brasil liderou o ranking mundial de desmatamento de florestas tropicais desde 2018, de acordo com o grupo de monitoramento independente Global Forest Watch": comentário de Almir Narayamoga Surui, um líder dos povos indígenas do país, que está também na delegação que será recebida hoje pelo governo da Franca e deu entrevista à agência de notícias Reuters.
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