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terça-feira, 23 de abril de 2019

O ECOTURISMO AO INVÉS DE AJUDAR A NATUREZA PODE AGRAVAR A DESTRUIÇÃO DO EQUILÍBRIO DA VIDA DE ESPÉCIES AINDA SELVAGENS? HOJE AQUI OS DOIS LADOS DA QUESTÃO

O ecoturismo ameaça os animais afirmam os pesquisadores tanto da Califórnia como do Mato Grosso porém ambientalista brasileiro contesta por defender que o turismo da natureza ajuda a manter habitats e espécies selvagens vivas e também levanta recursos para a ecologia além de promover educação ambiental


O ecoturismo desequilibra os bichos ou avança os homens?
  É melhor deixar os bichos livres dos humanos?


Na matéria do site El Pais, um dos mais acessados na Espanha e em toda a Europa, aqueles que se posicionam contrários ao que é o ecoturismo hoje  argumentam que o contato com os humanos deixa os bichos menos arredios ou menos afoitos e assim mais vulneráveis numa situação de caça ou quando enfrentam os seus predadores naturais. Mas há um posicionamento diferente deste.

Por exemplo, foi entrevistado agora  pela equipe do portal O Eco um fotógrafo que também é pesquisador ambiental, Fábio Olmos: ele analisa que o maior impacto na relação entre os homens e os  animais selvagens acontece com...as crianças: "É um impacto bem positivo porque desperta o amor pela natureza para o resto da vida de novas gerações", argumenta Olmos com base na sua visão que também tem fundamento lógico. Enfim, este assunto é polêmico e vamos nesta edição de hoje aqui no blog da ecologia, da cidadania e da não violência resumir um pouco dos argumentos pró ou contra as atuais práticas ou modelos mais comuns hoje do ecoturismo. 



 Caminhar com os Golfinhos é impactante?

 O turismo da natureza acaba sendo positivo?

 Recursos do ecoturismo podem ser vitais para a preservação de espécies ameaçadas de extinção?

Miguel Angel Criado, jornalista, comenta situações em que amantes da natureza estão colocando em perigo algumas espécies selvagens, o contato com os humanos segundo conclui o repórter do El Pais induz a mudanças na fisiologia e no comportamento de animais, além de torná-los menos defensivos em relação ao humanos, alguns chegam armados com rifles! Ele mostra também que um estudo da Universidade de Cambridge: as reservas nativas recebem cerca de 8 bilhões de visitantes por ano (mais do que é hoje a população mundial). Só a moda de nadar com Golfinhos atrai anualmente mais de 13 milhões de pessoas. Considera que este turismo ecológico de massa gera impactos, claro que rende também algo em torno de 2,23 trilhões de reais por ano. Mas demonstra que deste total só 43 bilhões acabam sendo destinados à pesquisa ou à preservação destes espaços naturais e das espécies selvagens. Ele cita um outro estudo, publicado na revista Trends in Ecology & Evolution, defendendo que as manifestações mais prejudiciais dos processos de domesticação e urbanização também estão ocorrendo entre os animais selvagens, como resultado do contato humano. Os animais não só criam confiança com os turistas, como também podem fazer o mesmo com humanos caçadores ou com seus predadores. O preço que os bichos pagam seria muito maior do que eventuais recursos canalizados para a natureza.



O carinho entre animais e homens é possível?

 Opinião unânime: a pesquisa ajuda a natureza

 Lobo Guará até vive em fazendas do Brasil

 Veterinários medicam e biólogos estudam animais para a própria defesa deles em reservas naturais


Por sua vez, o ambientalista Fábio Olmos pensa totalmente diferente do que está expresso na matéria dos site El Pais. Ele comenta que o 
turismo de vida selvagem é válido porque oferece a seres humanos (que normalmente vivem em cidades e num clima mais próximo de violência ou stress) oferece vivências de paz e de integração com a vida natural, gerando também momentos culturais tipo Animal Planet, BBC, National Geographic ou Discovery Channel, algo que possibilita experiências diferentes e positivas em todo tipo de pessoa. Seja na Amazônia, no Saara, na Sibéria, numa navegação no Ártico, o turismo da natureza mobiliza gente de todo o planeta para a ecologia, gerando também uma cadeia de negócios, integra comunidades isoladas à economia global e mais ainda, gera empregos. Na pior das hipóteses, os bichos são conservados porque são mais valiosos vivos do que mortos. Na melhor, há o salto civilizatório e eles passam a ser companheiros de nossa jornada neste planeta, com os mesmos direitos à existência. necessidade humana de proximidade e interação gerou negócios antes improváveis como visitar Gorilas em Uganda, passar um dia com Onças no Pantanal, observar Baleias no Atlântico, caminhar com os Pinguins na Antártida ou mergulhar com Tubarões no mar Mediterrâneo são vivências que impactam positivamente os humanos, no sentido de lhes dar um estímulo para mudar e avançar a sua relação com os animais, que Fábio Olmo concorda, em geral, hoje é um relacionamento de violência. O ecoturismo é um atalho para mudar essa realidade?



 O turismo da natureza ajuda espécies raras...

 ...a sobreviverem na sua vida nativa ou...

 ...destroem os habitats mais reservados?

Será possível homens e bichos conviverem numa boa?



Você concorda com qual posicionamento desta polêmica que resumimos essencialmente aqui no Folha Verde News, o ecoturismo é benéfico ou prejudicial para os bichos? O turismo da natureza será capaz de aprimorar o atual ser humano e urbano mudando a realidade da vida? 



Há ainda muitas espécies raras e desconhecidas e cada espécie precisa ser enfocada de maneira especial


(Confira mais tarde, a seguir mais dados e argumentos das duas posições antagônicas na seção de comentários deste blog e também dê uma olhada no vídeo da TV Futura que debate sob outro ângulo esta pauta, OK?)





O ecoturismo pode levar a civilização aos bichos e resgatar a natureza para os seres urbanos?



Fontes: El Pais - O ECO - BBC - National Geographic
                folhaverdenews.blogspot.com




7 comentários:

  1. O ECOTURISMO CAUSA IMPACTOS NOS ANIMAIS OU NOS SERES HUMANOS? Esta é uma das questões levantadas pelo site El Pais.

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  2. E então alimentar passarinhos é crime? Questiona um fotógrafo e ambientalista no portal OEco.

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  3. Você pode por direto aqui sua opinião ou sua informação, se preferir envie mensagem pro e-mail deste blog que a nossa equipe posta para você, mande então o seu conteúdo para navepad@netsite.com.br

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  4. Vídeos (como este hoje aqui no blog, da Futura), material de informação, fotos, denúncias, críticas, sugestão de matérias, você pode também enviar diretamente pro e-mail do editor deste blog padinhafranca603@gmail.com

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  5. "Vivemos uma era onde experiências são mais valiosas que compras. E o turismo de vida selvagem, aquele que te oferece momentos Animal Planet, BBC, National Geographic ou Discovery Channel, nos dá experiências maravilhosas. Estar próximo e interagir com bichos vivos proporciona aqueles momentos PQP que atraem visitantes a UCs das ilhas Antípodes ao Zimbabwe, gerando cadeias de negócios, integrando comunidades isoladas à economia global e criando empregos. Para ser realista, os bichos alguns têm sido conservados porque são mais valiosos vivos do que mortos. Na melhor, há o salto civilizatório e eles passam a ser companheiros de nossa jornada neste planeta, com os mesmos direitos à existência": comentário de Fabio Olmos, fotógrafo da natureza e pesquisador ambiental.

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  6. "Sou biólogo de Cambridge e autor do cálculo sobre as visitas a parques nacionais, reconheço que é uma questão complicada. Em algumas regiões do planeta, o ecoturismo tem sido muito importante para financiar os esforços de conservação e obter apoio político e comunitário. Porém é preciso haver mais estudos neste tema e concordo com alguns pontos da pesquisa publicada por El Pais sobre algumas medidas que poderiam ser tomadas. O principal é reconhecer que as visitas humanas podem provocar interferências importantes e então procurar minimizá-las através da regulação, do desenvolvimento de infraestrutura e, onde for possível, da redução das atividades para que algumas áreas permaneçam inacessíveis aos turistas. Os humanos são perigosos aos animais mais do que os bichos ameaçam os homens": comentário de Andrew Balmford, biólogo da Universidade Cambridge.

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  7. "Eu nunca havia pensado nisso, mas vendo os dados sobre o crescimento do turismo da natureza, creio que chegou mesmo a hora desta questão ser melhor definida": comentário de Alaor Mendes, economista que assessora empresas de exportação em São Paulo e diz ter visitado áreas nativas da Amazônia na virada do ano.

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