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segunda-feira, 22 de abril de 2019

JOVENS DE TALENTO DO BRASIL E DO PARANÁ ESTÃO PRECISANDO ATÉ FAZER UMA RIFA PARA PARTICIPAR DE UM MUNDIAL DE CIÊNCIA EM BREVE E EM LONDRES

Maria Eduarda Willemann representa um grupo de estudantes de uma escola pública paranaense do interior: aos 17 anos ela integra a equipe que criou um Robô para auxiliar idosos e o invento deles acabou sendo selecionado para o LIYSF  (um evento mundial de jovens cientistas)




Aqui a equipe: Paulo e Pedro Henrique Sissa, Pedro Henrique Ferreira e Maria Eduarda Willemann




Estes jovens criativos que estudam em escola pública no Paraná estão precisando fazer rifa de tupperware para ir a feira mundial de ciência: a notícia é um dos destaques destes dias em sites como Uol e Outer Space, aqui no blog da ecologia e da cidadania esta informação é tipo um alerta para que no país a educação e a cultura tenham mais investimentos e apoio. "O que você faria se ganhasse um convite para participar de um grande evento internacional sobre algo que você ama, mas não tivesse todo o dinheiro necessário para participar? Recorreria aos amigos, faria uma vaquinha virtual ou tentaria pedir ajuda para empresários? A estudante da rede pública Maria Eduarda Willemann, de 17 anos, tentou tudo isso, mas não deu muito certo. Em meio a promessas falsas, que não se transformaram em dinheiro vivo, a jovem decidiu colocar em prática a mesma criatividade que usou para inventar o Robô. Por que não fazer uma rifa de potes plásticos (os famosos tupperware) e de produtos de beleza?": assim começa a matéria no site Outer Space e aqui no Folha Verde News resumimos esta situação, OK? 




Maria Eduarda junto ao Robô que pode ir ao LIYSF



Falta cerca de um mês para este pessoal confirmar a sua participação no Fórum Internacional da Ciência da Juventude de Londres (LIYSF: London International Youth Science Forum), um dos maiores eventos do mundo voltado para jovens cientistas, Maria Eduarda decidiu tentar arrecadar mais dinheiro com o sorteio de tupperware. A iniciativa repercutiu na Internet depois que a estudante divulgou a sua ideia em redes sociais. Em poucas horas, a sua publicação registrou quase 2 mil curtidas e vários compartilhamentos. "Recebi também muito carinho e apoio moral", diz Maria Eduarda. A jovem foi premiada com o convite depois que o projeto de iniciação científica que ela desenvolveu com uma equipe de colegas, um Robô que ajuda a cuidar de idosos, ganhou destaque na Feira Nordestina de Ciência e Tecnologia (Fenecit), realizada no Recife. O projeto conquistou o segundo lugar geral do evento, chamando a atenção do LIYSF.  O Robô foi desenvolvido por ela e por mais três amigos: os irmãos Paulo e Pedro Henrique Sissa e Pedro Henrique Ferreira Câmara, todos de escola pública do interior do Paraná. Mas por conta da falta de verba, seus parceiros concordaram que Maria Eduarda Willemann seria a representante do grupo fora do Brasil.




Maria Eduarda e seus parceiros representam bem o potencial da nova geração brasileira de pesquisadores



"Nossa! Quando recebemos o convite para a feira de Londres, eu fiquei sem reação. Foi muita luta para chegar até aqui. Tantas dificuldades. Eu chorei bastante. E não é só representar o meu colégio lá fora. É representar todos nós, o Brasil, a educação brasileira, a luta pela nossa ciência. Fiquei muito feliz" (Maria Eduarda Willemann). 





A ideia do Robô que por sinal ainda está em desenvolvimento é que ele consiga auxiliar na segurança de idosos que vivem sozinhos. Ele pode ser programado por exemplo para lembrar o horário dos remédios ou reconhecer pedidos de socorro em caso de necessidade. Neste último caso, ele automaticamente pediria ajuda.  
O projeto do robô foi desenvolvido pela jovem e seus três colegas do Centro Estadual de Educação Profissional Pedro Boaretto Neto, em Cascavel, Paraná. Maria cursa o último ano do ensino médio técnico em eletrônica ali no CEEP e participa de pesquisas na área de ciências desde o primeiro ano do colégio. Mas a sua paixão pela área surgiu quando ainda era criança. Sua outra paixão é a filosofia. Apesar de amar cálculos, a estudante fez questão de ressaltar que a sua alma se divide entre as humanidades e as exatas. "Uma parte de mim grita filosofia. Outra parte grita física"...



Maria se sente dividida entre a Física e a Filosofia



Para conseguir participar da feira internacional de ciências, Maria calcula que precisa juntar em torno de 20 mil reais. A ideia é que ela e o professor orientador do projeto possam participar do evento em Londres. A verba cobrirá os custos da inscrição (cerca de R$ 11 mil), das passagens, acomodações e alimentação dos dois representando o CEEP: "Eu sei que é pouco tempo que tenho para juntar tudo. Mas sempre vou ser confiante. Até o ultimo segundo. Se algumas pessoas tivessem cumprido o prometido, eu não estaria correndo contra o tempo agora. Até já pensei mil vezes em desistir. Tantos nãos que já recebi. Mas depois que fiz a postagem na Internet eu senti uma nova força. Estou mais confiante. Sou pobre, não tenho vergonha de falar que venho de uma família humilde. Ganhei livros doados de uma menina no Instagram para estudar para o vestibular. Nunca imaginei que ia chegar onde eu cheguei e sei que isso agora é só o começo duma luta". 


Anos atrás o Brasil teve uma participação neste evento mundial de ciência em Londres que foi bem positiva


LIYSF - O fórum internacional foi criado para estimular jovens cientistas. Ele existe desde 1959 e acontece anualmente em Londres, sempre com sucesso de mídia, abrindo espaço para financiamento de projetos. Pesquisadores com idades entre 16 e 21 anos de vários países participam durante duas semanas de encontros com especialistas, workshops e trocas de experiências. A edição deste ano acontecerá entre os dias 24 de julho e 7 de agosto, devendo reunir lá por volta de 500 estudantes de mais de 70 países. O Brasil precisa estar nessa. De repente, você que está vendo esta notícia pode ajudar a decidir esta parada. 



(Confira na seção de comentários aqui no blog da gente mais detalhes bem como mensagens ou opiniões e o vídeo no tema jovens e ciência) 




O LIYSF e o futuro esperam estes jovens cientistas



Fontes: Uol - forum.outerspace.com.br
               folhaverdenews.blogspot.com

7 comentários:

  1. "A iniciação científica representa tudo. Não é nada mais do que olhar um problema na sociedade e tentar resolvê-lo através da pesquisa. Meu maior sonho é ser professora e me tornar uma grande pesquisadora na área da engenharia. Quem sabe fazer uma pós-graduação fora do país": comentário de
    Maria Eduarda Willemann, que lidera a equipe do interior do Paraná (e de escola pública) que criou o Robô, invento convidado para o evento mundial de ciência em Londres.


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  2. "O projeto do robô foi desenvolvido pela jovem e seus três colegas do Centro Estadual de Educação Profissional Pedro Boaretto Neto, em Cascavel, Paraná, Pedro Henrique Sissa, Paulo Henrique Sissa, Pedro Henrique Ferreira e Maria Eduarda Willemann, que escolheram a garota do grupo para representar a equipe e a sua criação fora do Brasil, onde quem sabe possa atrair apoios": comentário na matéria do site Forum Outerspace.

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  3. Você pode postar aqui direto a sua informação ou comentário, se preferir envie sua mensagem pro e-mail do blog da gente que aí postamos para você, mande para navepad@netsite.com.br

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  5. "O Centro Estadual de Educação Profissional Pedro Boaretto Neto, em Cascavel, Paraná é um colégio que tem uma tradição em estimular os estudantes a participarem do mundo da pesquisa. Nos primeiros dias de aula, os professores já deixaram claro que a educação e a ciência têm o poder de mudar nossas vidas": comentário de Pedro Henrique Ferreira, também da equipe de criação deste Robô.



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  6. "Aprendi a acreditar mais em mim. Sou a única menina agora no último ano. Já passei por situações bem difíceis, pessoas que não acreditavam que eu tinha capacidade por eu ser mulher. Mas, se não fosse o apoio dos professores, da minha família, dos amigos, seria muito mais difícil": comentário de Maria Eduarda, entrevistada no site Uol.


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  7. "Para essa garotada que pesquisa aqui uma notícia inspiradora. Pesquisadores da Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas John A. Paulson da Universidade de Harvard desenvolveram robô inspirado em serpentes que é mais rápido e preciso. O robô foi desenvolvido usando “kirigami” – um papel japonês que depende de cortes para mudar as propriedades de um material. À medida que o robô se estica, a superfície do kirigami se transforma em uma superfície texturizada em 3D, que se prende ao chão como a pele de uma cobra. Os cientistas chamam essas mudanças nos movimentos do robô de “pop-ups”, como naqueles livros em que as ilustrações “saltam” para fora das páginas, uma ideia bem criativa": comentário de Raul Mendes, de São Paulo, que nos envia um resumo desta notícia que ele traduziu de revista científica em artigo de Ahmad Rafsanjani. A gente agradece e vamos divulgar, abraços e paz.

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