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sábado, 7 de julho de 2018

QUASE METADE DAS CIDADES BRASILEIRAS ENFRENTARAM SECA NOS ÚLTIMOS 4 ANOS SEGUNDO O IBGE (SEM GESTÃO AMBIENTAL A SITUAÇÃO PODERÁ GERAR UM CAOS NO PAÍS)

Além da seca tem havido enchentes e outros problemas ambientais mas somente 14,7% dos municípios brasileiros mantém algum sistema de prevenção  e quase nenhum tem gestão para equilibrar o meio ambiente



O levantamento do IBGE (Municip) tem dados dramáticos


O site de assuntos socioambientais EcoDebate divulgou em primeira mão com exclusividade dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre incidência de seca ou de outros tipos de desastres naturais e ambientais. A BBC também apresenta informações com este conteúdo e aqui no blog da ecologia e da cidadania Folha Verde News resumimos alguns dos principais números que mostram claramente a falta de gestão governamental ambiental na realidade urbana brasileira, isso quando, hoje em dia, o meio ambiente é um fator de desenvolvimento tanto quanto é a economia, esta gestão poderia criar uma estrutura sustentável nas cidades, aumentando a qualidade de vida da população e diminuindo também os problemas cada vez mais graves e amplos na saúde pública. Confira a seguir alguns números do IBGE que dimensionam esta situação. 


 A seca não está só no Nordeste mas por todas regiões do país hoje


Entre 2013 e 2017, dos 5.570 municípios brasileiros, 2.706 (48,6%) foram afetados por secas, 1.726 (31,0%) por alagamentos, 1.515 (27,2%) por enxurradas, 1.093 (19,6%) por processos acelerados de erosão e 833 (15,0%) por deslizamentos. No entanto,nesse mesmo período, 59,0% dos municípios brasileiros não apresentavam nenhum instrumento voltado à prevenção de desastres, e apenas 14,7% (821 municípios) tinham Plano de Contingência e/ou Prevenção para problemas como a seca.



 Desmatamentos e falta de gestão estão entre as causas de tantos desastres no ambiente e na saúde


O Perfil dos Municípios Brasileiros (Munic) pela primeira vez traz informações sobre a gestão da política agropecuária nos municípios brasileiros e se constata que a maioria deles (92,7%) tinham órgão gestor para política agropecuária e que os Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural tinham alguma atuação em 63,7% das regiões brasileiras. Além disso, 66,6%  tinham programas de acesso a insumos agropecuários, com destaque para o acesso a mudas e sementes, presentes em 66,9% e 66,6% dos municípios com esse tipo de ação ou programa.


A seca já é considerada o maior desastre ambiental do Brasil




A seca é o maior desastre ambiental do Brasil.  Diferentemente do que se costuma imaginar, os episódios de escassez de chuvas não estão restritos só aos municípios do Nordeste; pelo contrário, são distribuídos por todo o país. É o que mostram as pesquisas Perfil dos Municípios Brasileiros (Munic) e Perfil dos Estados Brasileiros (Estadic) que foram divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).




Em 67,0% dos municípios mesmo não havendo gerenciamento real da situação existia algum tipo de legislação ambiental ou instrumento de gestão ambiental, com destaque para as que tratam de saneamento básico (47,1%), coleta seletiva de resíduos sólidos domésticos (41,9%) e área e/ou zona de proteção ou controle ambiental (32,2%).


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A região Nordeste tem 82,6% dos municípios afetados pela seca segundo os dados do IBGE. Nos últimos 4 anos cobertos por este levantamento de dados, episódios de seca atingiram 2.706 municípios (48,6%). O Nordeste teve a maior proporção de municípios afetados (82,6%) e o Sul, a menor (10,7%). Roraima teve 14 dos 15 municípios atingidos. Apenas 14,7% (821 municípios) informaram ter Plano de Contingência e/ou Prevenção para a seca.

 Processos de erosão atingem todo país e também nossa região



(Confira na seção de comentários deste blog outros dados sobre seca, alagamentos, erosão, enchentes, inundações e deslizamentos entre outros problemas das cidades do país)




Seja na Amazônia ou em outras regiões brasileiras...

...as enchentes urbanas além do mais criam doenças


Este levantamento do IBGE - Perfil dos Municípios Brasileiros (Municip) - ainda traz informações sobre a gestão e a estrutura ddas cidades no que se refere aos temas perfil do gestor, recursos humanos, habitação, transporte, agropecuária, meio ambiente e gestão de risco e resposta a desastres naturais.Um documento que pode ajudar à implantação dum programa de gestão governamental e ambiental sustentável, um roteiro para a criação dum futuro melhor em todas as regiões brasileiras. Ele precisa ser consultado urgentemente pelos candidatos na eleição de outubro deste ano, caso eles realmente planejem atacar e resolver os problemas brasileiros. 


Buracões engolem pontes e casas aqui e por todo interior brasileiro


Fontes: IBGE - EcoDebate - BBC
              folhaverdenews.blogspot.com

7 comentários:

  1. Estes dados do IBGE podem ser consultados em sua íntegra: publicação completa – Munic 2017 05/07/2018
    https://biblioteca.ibge.gov.br/index.php/biblioteca-catalogo?view=detalhes&id=2101595



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  2. De acordo com esta nova publicação de dados do IBGE, entre 2013 e 2017, praticamente a metade dos 5.570 municípios brasileiros (48,6%) registraram algum episódio de seca. A maior parte deles se concentra no Nordeste, mas há municípios enfrentando escassez de chuvas em todas as regiões, ate mesmo no sul do Brasil.

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  3. "No Sudeste ou no Sul, não temos aquela imagem clássica da seca, do rebanho sem alimento, da plantação seca. Mas nessas regiões também temos também muitos episódios de seca, como os que resultaram, por exemplo, na recente crise hídrica em São Paulo e no Rio. De uma forma geral, os desastres ambientais avaliados nas pesquisas (além da seca, enchente , erosão e deslizamento) estão distribuídos por todo o país. Embora a seca seja o problema mais comum, 31% dos municípios registraram casos de alagamentos, 27,2% de enxurradas, 19,6% de erosão e 15% de deslizamentos": comentário de Vânia Maria Pachecoa, coordenadora de populações e indicadores sociais do IBGE.

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  4. Depois, em nova edição desta seção, mais comentários e informações sobre esta pauta de hoje: você pode mandar sua mensagem que postamos aqui, envie pro e-mail da redação do nosso blog de ecologia e de cidadania, made para navepad@netsite.com.br

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  5. Vídeos, fotos, material de informação, notícias, você pode enviar também pro e-mail do nosso editor de conteúdo deste blog da gente, mande seu material para padinhafranca603@gmail.com

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  6. "Os alagamentos atingiram 1.729 municípios (31,0%), com maior concentração na região Sul (53,9%) e menor, no Nordeste (13,2%). Quanto maior a classe de tamanho da população dos municípios, maior a proporção de atingidos por alagamentos: 92,9% dos com mais de 500 mil habitantes contra 18,8% dos com até 5 mil habitantes. Em 1.093 municípios (19,6%) ocorreram processos erosivos acelerados, com a maior concentração naqueles com mais de 500 mil habitantes, 54,8%, contra 13,9% naqueles com até 5 mil. As enchentes ou inundações graduais atingiram 1.515 municípios (27,2%) nos últimos quatro anos, com maior concentração na região Sul 50,7%) e menor no Nordeste (7,2%). O maior percentual de municípios atingidos ocorreu no Amazonas (90,3%). As enxurradas ou inundações bruscas, provocadas por chuvas intensas, que fazem os canais naturais de drenagem transbordarem de forma rápida e imprevisível, atingiram 1.590 municípios, com maior concentração na região Sul (55,3%) e nos municípios com mais de 100 mil a 500 mil (61,9%). O estado menos afetado foi o Ceará (1,3%). Já os deslizamentos ocorreram em 833 municípios (15,0%), tendo como causa principal a infiltração de água das chuvas combinada com mudanças nas condições naturais do relevo, como cortes para construção de moradias, rodovias, aterros e outras obras. As regiões Sudeste (21,2%) e Sul (24,8%) foram as que apresentaram a maior concentração de municípios atingidos por escorregamento ou deslizamento de encostas, e a menor, a Centro-Oeste (3,2%). O maior percentual ocorreu nos municípios com mais de 500 mil habitantes (61,9%), contra 9,9% naqueles com mais de 5 mil até 10 mil habitantes (9,9%": comentário extraído do Municip, levantamento do IBGE sobre seca e outros problemas ambientais brasileiros.

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  7. "Ainda que não seja um caos ainda, há uns 3 meses não chove por aqui entre o interior de Minas Gerais e São Paulo, uma região de rios e nascentes, sofrendo estio, poluição e desmatamentos, a gente se assusta com isso e pedimos a Deus que chova mesmo antes da Primavera, nós também queremos gestão ambiental dos governos, como este blog coloca": João Pedro Ramos, agricultor, integrante de movimento local pelo São Francisco e outros rios, que ele define, "rios com pouca água e poucos peixes, cada vez menos vida".

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