A OceanCare realizou 115 pesquisas para denunciar esta nova forma de poluição sonora nos mares, que só acabará quando na Terra a opção por energias limpas e renováveis for uma realidade, afirmou nas Nações Unidas ecologista ligado a esta entidade e a este movimento pela ecologia e pela vida dos mares, uma organização não governamental sediada em Zurique, na Suíça: o ruído que polui o ambiente nos oceanos está sendo causado pelo homem em busca de novas fontes de exploração de petróleo. Este novo problema ambiental está acontecendo agora também no Brasil, em várias regiões do litoral, como na Bacia de Campos e até na foz do Rio Amazonas.
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Sons altos demais nas plataformas de petróleo off-shore |
A cada 15 segundos rajadas barulhentas de ar comprimido - Este ruído poluindo e agredindo a vida marinha são o foco de reuniões que vem acontecendo na Organização das Nações Unidas nesta semana, estes primeiros debates são uma vitória para grupos de defesa ecológica que vinham alertando sobre esse problema e não estavam sendo ouvidos. Quais são as causas do ruído nos oceanos? A principal atividade humana é o transporte marítimo e entre os sons mais altos estão as explosões destinadas a demolir as plataformas de petróleo off-shore. Cientistas e pesquisadores acusam em especial o uso de armas de ar comprimido (para exploração sísmica), que são usadas pelos interesses da indústria do petróleo e do gás para encontrar reservas no fundo do oceano.
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Poluição sonora agride Baleias, Golfinhos e... |
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...todas as espécies de vida marinha da cadeia alimentar |
Os ruídos são de batalhas submarinas, um barco reboca de 12 a 48 armas por vez, e cada uma delas dispara
rajadas barulhentas de ar comprimido. Essas ondas sonoras passam pela água e
atingem o fundo do mar, refletindo informações sobre depósitos de petróleo e
gás enterrados que podem ser usadas para criar mapas tridimensionais. As explosões são repetidas a cada 15 segundos, em amplas áreas do oceano
em alto volume, às vezes por semanas a fio.
A OceanCare, entidade da sociedade civil indo à luta pela ecologia marinha, divulgou em Zurique, na
Suíça, nestes dias uma revisão de 115 pesquisas mostrando os efeitos da
poluição sonora nos oceanos que agride demais 66 espécies de peixes e 36 tipos de invertebrados. O zooplâncton se mostrou altamente vulnerável a explosões sísmicas. Um
estudo feito ao longo de 2017 demonstrou que uma explosão, mesmo em um nível mais baixo do que as
normalmente usadas em operações de prospecção de petróleo e gás,
dizima metade do zooplâncton na área. Isso é um exemplo da situação geral. Até 95% de certas espécies morrem devido a esta forma de poluição sonora. Também devido ao fato que o zooplâncton forma a base da cadeia alimentar, sendo uma nutrição vital
para as Baleias, Golfinhos e muitos invertebrados, como Ostras e Camarões. Em áreas onde se usa esta técnica agressiva de prospecção de petróleo e gás, há uma grande redução dos estoques de Bacalhau. Os peixes por causa destes ruídos sofrem lesões internas e mudam seu comportamento. Ao se
tornarem desorientados pelo barulho, eles podem nadar para longe ou ficar
paralisados no lugar, perdendo o equilíbrio ambiental em sua vida.
De acordo com estudos feitos em duas décadas, explosões sísmicas provocaram a fuga de peixes como Hadoque e Bacalhau, reduzindo a taxa de captura em 20% a 70% em algumas áreas. Alguns peixes nadavam mais fundo, onde poderiam estar mais vulneráveis, enquanto outros eram pegos com o estômago vazio, um sinal de que haviam parado de comer. Este processo acabará por dizimar muitas espécies.
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...o clamor pela vida marinha chegará ao coração dos homens? |
De acordo com estudos feitos em duas décadas, explosões sísmicas provocaram a fuga de peixes como Hadoque e Bacalhau, reduzindo a taxa de captura em 20% a 70% em algumas áreas. Alguns peixes nadavam mais fundo, onde poderiam estar mais vulneráveis, enquanto outros eram pegos com o estômago vazio, um sinal de que haviam parado de comer. Este processo acabará por dizimar muitas espécies.
Os técnicos da ONU questionaram quais seriam as soluções. A resposta mais simples é limitar o número e a intensidade das explosões
sísmicas. Mas pelo menos nos Estados Unidos, as coisas estão indo na direção
oposta. E o Brasil vai neste mesmo ritmo, nosso país é aliado das megaempresas petrolíferas na busca por novas fontes de combustíveis fósseis. O polêmico governo do presidente Donald Trump abriu a costa do Atlântico para
pesquisas sísmicas. Representantes da indústria de petróleo e gás afirmam que a evidência
científica não prova que as pesquisas prejudiquem os peixes, "além do mais as operações das empresas
tomam as precauções necessárias", argumentou Michael Tadeo, porta-voz do Instituto
Americano de Petróleo, se referindo a pesquisas sísmicas que estão sendo feitas agora no Golfo do México. Não é isso que relatam os estudos de defesa das populações de animais marinhos, oceanógrafos contestam esta visão e até empresas que se dedicam à pesca comercial pedem providências contra esta poluição sonora e fatal. Já a pesquisadora da Universidade Dalhousie e
consultora da OceanCare contestou estas afirmações da indústria petrolífera, mostrando dados objetivos e cruéis das agressões à vida marinha causados pelas operações sísmicas, afirmando ser urgente mudar a matriz energética em todo o planeta para fontes limpas e renováveis que não poluem e que não comprometem a vida, também das espécies marinhas.
Temos aqui na redação do blog mais algumas informações sobre esta forma cruel e fatal de poluição sonora no fundo dos mares: logo mais, em nova edição, estaremos postando os comentários, aguarde e venha conferir em seguida.
ResponderExcluirParticipe você também da luta pela vida das espécies marinhas, cada vez mais ameaçadas, e não só por essa forma de poluição sonora: mande a sua mensagem pro e-mail da redação do blog que aí postamos aqui para você, envie para navepad@netsite.com.br
ResponderExcluirMaterial de informação, como vídeos ou fotos, você pode enviar também diretamente pro e-mail do nosso editor de conteúdo padinhafranca603@gmail.com
ResponderExcluir"Vida Marinha à beira da extinção: comparar os padrões de extinção terrestre e marinha com o que era antes, nos ajuda a ilustrar os impactos humanos sobre a fauna marinha em um contexto que possa nos direcionar rumo à sua recuperação. A defaunação é uma realidade": comentário que resume as informações que logo mais postaremos por aqui, aguarde e venha conferir.
ResponderExcluir"Realmente, a submissão ao petróleo complica muito o ambiente e até a economia, já se tornou um problema insustentável, é hora de mudar toda a energia": comentário de Humberto Santos, de Mauá (RJ), que nos envia fotos da Baci de Campos, agradecemos e vamos divulgar.
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