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sábado, 23 de junho de 2018

ARTE DA BOLA VERSUS FUTEBOL BUSINESS É A VERDADEIRA E A MAIOR DISPUTA AGORA NESSA COPA DO MUNDO NA RÚSSIA

A reportagem pura emoção de Tino Marcos no JN sobre o mestre Tite está na seção de vídeo aqui nesse blog da ecologia e da cidadania onde a gente torce pelo Brasil mas mais ainda pelo futebol arte (a cultura pop do nosso povo não pode ser extinta)

 


Não há muito o que discutir, basta colocar como manchete arte da bola X futebol business e você entende o enfoque da gente. Consultamos no Google esta pauta e encontramos algumas poucas informações, poucos textos nesse assunto que consideramos da maior importância dentro da cultura do futebol, tal como ela se desenvolveu no Brasil. Um dos raros estudos mais ou menos dentro deste enfoque é o do português Pedro Fernandes, do site comunidadeculturaearte e aqui resumimos para você alguns trechos deste texto dentro do nosso post de hoje. "Nas duas últimas décadas, os clubes de futebol têm passado por um processo de profissionalização, isto é, as suas estruturas organizativas passaram a ser semelhantes às de uma grande empresa como qualquer outra indústria. Por exemplo, o número de licenciados, mestrados e doutorados que trabalham num clube de futebol aumentou drasticamente no contexto europeu. Esta evolução deve ser vista paralelamente à evolução de alguns países. Se pensarmos em Portugal, por exemplo, enquanto há uns anos atrás se discutia porque havia falta de licenciados para desenvolver o país, hoje se discute porque há tantos licenciados em situação de desemprego. Os níveis de educação cresceram e isso é bom. As organizações do mundo do futebol acompanharam estas mudanças". Mas cá entre nós e no Brasil: estas mudanças de estrutura, dentro do esquema de futebol business estão elitizando este esporte? Estão sufocando a arte popular da bola? Esta é a questão que a gente aqui do Folha Verde News considera a mais essencial na atualidade futebolística. E mais: na Copa da Rússia 2018, na visão da gente,  o que está principalmente em jogo é isso, a arte pura da bola vai resistir à tanta estrutura de marketing, engenharia financeira, gestão econômica, investidores até da China invadindo o campo de jogo, seja na Inglaterra (pai do futebol) seja em toda Europa ou em qualquer lugar do mundo, até por aqui, na terra do Garrincha e do Pelé, onde ainda sobrevive a arte da bola, bola que virou um fator de grande negócio, não tem mais aquele romantismo da pelada ou o futebol em busca da beleza das jogadas. Agora o objetivo além do gol são os dólares ou os euros e o futebol se transformou num megainvestimento, o que ocorreu também como consequência da atual forma de organização social da vida nas sociedades globais de consumo. "Sim, mas a arte da bola vai sobreviver dentro da estrutura de futebol business?", questiona aqui nosso editor o ecologista Padinha, também um peladeiro de futebol. 


O sonho dos meninos pobres...

...e a imaginação dos artistas....

...diante do futebol business



Voltando a mais um trecho do texto do cronista esportivo português Pedro Fernandes, ele cita a estrutura do Real Madrid e comenta também o que pensa Andrea Agnelli, Ceo da Juventus de Turin (Itália), que numa conferência na London Business School tentou argumentar que o futebol é hoje um negócio diferente mas um negócio diferente: "Em primeiro lugar vem o futebol, ou seja, os resultados no campo, só depois a gestão da empresa. Aqui  na Juventus o que interessa é ganhar troféus e não gerar ganhos de capital para os accionistas: “o nosso objetivo é ser competitivo ao mais alto nível mas também mantendo um equilíbrio financeiro do clube. Mais importante do que saber se o clube teve lucro, é garantir que a equipe seja capaz de ganhar títulos, vencendo jogos".Outro Ceo muito experiente no futebol é Ferran Soriano, do Manchester City e ex-vice Presidente do Barcelona. No livro A bola não entra por acaso, que escreveu pela editora Gestão Plus, Soriano conta que quando chegou ao clube lhe tinham dito que o futebol era uma questão de sorte: “Se a bola entra, está tudo bem, se a bola vai ao poste, é um desastre”. Mas Soriano defende que este esporte tem que ser tratado até como ciência e mais como empresa, enfim, futebol business. Aí é que mora o perigo para a arte da bola: o jogo de verdade não pode perder a espontaneidade, a improvisação, a ginga tipo Garrincha, embora tenha que se adaptar a um crescimento cada vez maior como o maior espetáculo de massa na atualidade. "Nesse sentido, aqui nesse blog, a nossa proposta é a de um futebol sustentável, aliando a estrutura empresarial deste esporte hoje que envolve a grande mídia com a velha e boa arte da bola, para não perder a graça que marca essa cultura popular e consagrou mundialmente o futebol do Brasil", argumenta o ecologista Padinha, defendendo assim uma proposta: "um equilíbrio estratégico entre o negócio e a arte, para que assim sobreviva a emoção desse esporte".


O site Google fez uma série de artes para documentar a cultura do futebol por ocasião desta Copa de 2018






Fontes: google.com
              comunidadeculturaearte.com
              folhaverdenews.blogspot.com

7 comentários:

  1. Já recebemos em nossa redação algumas mensagens nessa pauta, aguarde a nossa edição dos comentários, logo mais: mande desde já sua opinião pro e-mail da nossa redação navepad@netsite.com.br

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  2. Material de informação, vídeos, fotos, notícias nesse tema, sugestão de pauta, você pode também enviar direto pro e-mail do nosso editor, mande para padinhafranca603@gmail.com

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  3. "Interessante esse enfoque que tem tudo a ver com o que vem acontecendo com o futebol": comentário de Jarbas Vieira, de Vitória (ES), ele diz que jogou na várzea e na base do Desportivo, sendo hoje lojista na região do Porto Tubarão.

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  4. "O futebol-arte na era de sua reprodutibilidade técnica, de Roberto Henrique Amorim de Medeiros: este é um estudo que pode muito bem ilustrar a matéria de hoje no blog aí. Ele se refere ao conteúdo do livro intitulado "Veneno remédio: o futebol e o Brasil", escrito por Wisnik em 2008, sendo visto como uma interpretação bem real da cultura brasileira, ao mesmo tempo em que revela o potencial da análise levada a cabo a partir do jogo de futebol em si para lançar novas questões acerca de nossa realidade": comentário de Paulo José Santos, de São Paulo, redator de agência de publicidade, que planeja escrever um livro neste tema.

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  5. "Creio que a conclusão do artigo de hoje aqui no blog está certa, a proposta para que a arte da bola seja equilibrada com o businnes para que seja assim viável hoje em dia um futebol sustentável, uma boa ideia, pode ser o futuro desse esporte": comentário de Maria Helena Barcellos, que fez Educação Física pela USP e dá aulas na rede pública da região de Santo André (SP).

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  6. "O acirramento de interesses econômicos, promovidos pela transformação do futebol em um produto extremamente rentável, fez com que aqueles que se organizaram como os grandes exploradores do mercado de jogadores - os empresários - passassem a assumir todo o controle da circulação de jovens promissores pelos clubes. Eles se vinculam às categorias de base de alguns clubes de tradição no futebol para que estas sirvam de exposição para seus produtos ou, até mesmo, chegam a criar seus próprios clubes ditos formadores onde se ensinam o jogo e a tática, se cuida da evolução física do futuro atleta, mas, também, onde se pode formar jogadores com funções pré-definidas e controlar melhor o estoque com vistas a monopolizar o mercado": comentário de Roberto Henrique Amorim de Medeiros, analisando o futebol business no site appoa.com.br

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  7. "Antes, o camisa 10 não surgia nos clubes. Surgia na rua, na várzea, com o pé no chão e na bola de meia. Surgia, naturalmente, na liberdade dos campos, das praças, das calçadas, e na pouca normatividade que, parece, permitia espaço à invenção na forma de jogar. O acirramento da competição, que transcendeu os limites do campo de futebol – mas também o esvaziamento do espaço público como local de convivência social – rompe com o processo histórico da formação do jogador inventivo, habilidoso, criador do inesperado e da novidade no jogo. Em nome da complexidade atingida pelo negócio futebol, o controle e o método quase científico de produção. Em nome da seriedade, a (re)produção em série de atletas medíocres": comentário também de Roberto Henrique Amorim de Medeiros, do site appoa.com.br

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