Leanships
são os navios menos poluentes projetados e construídos até hoje sendo
este o principal destaque em meio ambiente da Europa e da Euronews nestes dias
Três jornalistas portugueses participaram da reportagem António Oliveira e Silva, Ana
Ruivo e Nuno Prudêncio que nos foi enviada aqui ao nosso blog Folha Verde News por
e-mail, no sentido de valorizar esta iniciativa de desenvolvimento
sustentável, boa para a economia e também para a ecologia ao mesmo
tempo: imagine o valor dum cargueiro cuja
construção permite que emita até 25% menos de dióxido de carbono durante a
navegação, deixando, por outro lado, de produzir outros agentes poluidores como
enxofre ou azoto. Com a concretização deste projeto europeu de navegação Leanships, que foi financiado pelo programa Horizon 2020, da
Comissão Europeia, estimula pelo lado econômico um aumento da
competitividade da UE no mercado cada
vez mais globalizado, além de ajudar a proteção ecológica da vida
marinha, já com muitos problemas, como a gente pôde aqui acompanhar em
outras postagens (como a poluição sonora da prospecção de petróleo e de
gás no fundo dos oceanos, que foi nosso alerta dias atrás, luta da OcenCare).
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Leanships vão ajudar a economia da navegação e ao mesmo tempo... |
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... proteger um pouco melhor a ecologia da vida marinha |
A
equipe da Euronews esteve em Hamburgo, na
Alemanha, onde pesquisadores simulam condições climáticas
extremas, como as que existem no Ártico. Água com menos 8º e
temperatura ambiente abaixo de 10º, estas condições são reproduzidas
numa piscina coberta, preparada para simular navegação
habitual na região ártica. A matéria que você pode acompanhar também na
nossa seção de vídeo aqui no blog da ecologia, demonstra em detalhes
como os cientistas realizam os primeiros testes logo de manhã, numa água
salgada e quase gelada. Interessa
medir a espessura da camada de gelo à superfície, de acordo com um dos
pesquisadores, Quentin Hisette: "Recolhemos cerca de 200 dados
diferentes em cada teste. Medimos a espessura do gelo em 200 pontos da
piscina.
Isto, porque o gelo não tem uma constituição homogénea. E é exatamente o
que
acontece, por exemplo, no oceano Ártico. Por isso, precisamos conhecer o
volume
médio da espessura do gelo. Queremos que os dados sejam o mais exatos
possíveis, para assim dar base ao trabalho dos engenheiros mecânicos e
navais nos seus cálculos e na construção deste tipo inovador e
sustentável de navio".
Nova geração de embarcações
São
navios ágeis e dinâmicos, além do mais sustentáveis, os rebocadores
desenvolvidos nos estaleiros de Gorinchem,
na província da Holanda do sul. Um rebocador com uma popa reversível e
formas
que lhe permitem ser mais rápido a alta velocidade e isso até mesmo em
portos congestionados. Um outro pesquisador, Robert Van Koperen explicou
que desta forma estas embarcações podem ter mais mobilidade em portos
que hoje em dia são cada
vez mais congestionados em todos os pontos do planeta: “Os navios que
chegam aos nossos
portos são cada vez maiores e mais potentes e aí têm cada vez menos
espaço para
as manobras, com este novo tipo de casco a gente consegue um rebocador
mais ágil”. Esta é uma outra vantagem econômica, a rapidez de navegação e
de operações portuárias, no sentido ecológico, agora o próximo passo é
construir
rebocadores que funcionem a gás natural, uma alternativa que vai
consagrar de vez a sustentabilidade dos Leanships. A gente aqui no blog espera logo mais estar divulgando mais este avanço.
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No Brasil já se ensaia a busca desta nova geração de navios |
Fontes: pt.euronews.com
folhaverdenews.blogspot.com
"Nos testes e simulações de laboratório a pesquisa procura saber como irá se comportar um cargueiro deste novo tipo recentemente construido, em condições reais, para assim criarmos uma solução que avance a realidade do transporte naval": comentário de um dos pesquisadores dos LeanShips. Quentin Hisette.
ResponderExcluir"Os navios de grande porte deverão ter um casco preparado para oferecer menos resistência à água, mas também um novo tipo de hélices. bom assim informar que testamos também a resistência na dianteira do modelo com que trabalhamos, para que todo o projeto sustentável se concretize": comentário de outro pesquisador dos LeanShips, Robert Van Koperen
ResponderExcluir"Na parte traseira das embarcações, medimos a velocidade e rotação das hélices, assim como o impulso e o torque. Medimos também a resistência às correntes laterais e aos movimentos que ao se moverem, provocam. A menor resistência das hélices é fundamental": comentário de mais um da equipe de pesquisa dos Leanships, Gerco Hagesteijn que também é gestor de todo o projeto. Ele diz que desenvolveram um modelo de hélices muito eficaz, mas que poderá não ser igual ao que poderá vir a ser lançado no mercado: "estamos ainda buscando algo ainda mais inovador e futurista".
ResponderExcluirDepois aqui nesta seção mais comentários sobre a nova geração sustentável de navios, bem como sobre a luta para despoluir os mares e conservar a vida marinha. Participe desta edição, envie a sua opinião ou informação pro e-mail da redação do nosso blog, mande para navepad@netsite.com.br
ResponderExcluirMaterial de informação, vídeos, fotos, notícias, você pode enviar também diretamente pro e-mail do nosso editor de conteúdo aqui do blog da gente: padinhafranca603@gmail.com
ResponderExcluirA importância desta nova geração sustentável de navegação reforça a luta da OceanCare que enfocamos por aqui dias atrás. Esta entidade realizou 115 pesquisas para denunciar a nova forma de poluição sonora nos mares, que só acabará quando na Terra a opção por energias limpas e renováveis for uma realidade, afirmou nas Nações Unidas ecologista ligado a esta entidade e a este movimento pela ecologia e pela vida dos mares, uma organização não governamental sediada em Zurique, na Suíça: o ruído que polui o ambiente nos oceanos e está sendo causado pelo transporte marítimo e por empresas buscando novas fontes de exploração de petróleo. Este novo problema ambiental está acontecendo agora também no Brasil, em várias regiões do litoral, como na Bacia de Campos e até na foz do Rio Amazonas. Depois, por aqui, mais informações e comentários, aguarde nossa edição.
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