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domingo, 27 de maio de 2018

ISLÂNDIA NOVO PARAÍSO PARA MINERAÇÃO DE BITCOINS PODE VIRAR UM INFERNO AMBIENTAL PELA FEBRE DE MINERAR CRIPTOMOEDAS


A febre da mineração de bitcoins conquista a Islândia porque este país tem clima frio também energia limpa e barata, dois requisitos fundamentais para a atividade de minerar criptomoedas atendendo o boom de bitcoins nesse mundo digitalizado

Usina Geotérmica de Hellisheidi na Islândia


Luís Doncel fez reportagem na Usina Geotérmica de Hellisheidi, na Islândia. com fotos de Carlos Spottorn, em matéria do jornal e site da Espanha El Pais, que é destaque agora na rede mundial: pelo menos deste tipo de mineração o Brasil está livre, devido ao clima que por aqui é quente, tropical, a extração destas moedas virtuais é um processo em que a temperatura baixa e constante em torno de 5 graus é fundamental para assim manter em atividade full time centenas de computadores. Este novo filão de mineração é uma fábrica de novos milionários, por causa do crescimento muito grande do mercado dos bitcoins, porém este paraíso econômico pode virar um inferno ecológico segundo estudos feitos pelo Greenpeace na Islândia, onde o uso maciço de energia para extrair as criptomoedas já se transforma numa ameaça nova para o meio ambiente. Confira aqui no blog da ecologia, da cidadania e da criação do futuro Folha Verde News um resumo das informações sobre essa nova "corrida ao ouro" versão 2.0. 
 

A mineração de criptomoedas com o boom dos bitcoins


Lá em Hellisheidi  a mesma imagem se repete, pilhas de computadores se amontoam no chão à espera de novas instalações, prontos para continuar explorando a galinha dos ovos de ouro versão século 21: "É uma loucura que acontece aqui, há um ano, só tínhamos esta sala. Agora contamos com três centros com várias salas e estamos a ponto de abrir outros quatro centros de produção. O telefone não para de tocar, são investidores pedindo espaço para suas máquinas”, conta Marcel Mendes da Costa, gerente da Borealis que funciona num descampado sem charme na sua paisagem, mas que gera muito, muito, muito lucro e muito lucro mesmo. Assim, o interesse aumentou desde o ano passado, quando o valor do bitcoin passou de 1.000 dólares (3.700 reais) em janeiro para quase 20.000 (74.000) em dezembro.  Foi então que chegaram empresas e investidores, chegando ao centro de dados como os novos cowboys nessa corrida ao ouro contemporâneo. 


Centro de dados da usina de Hellisheidi, na Islândia


A mineração de bitcoins chegou para ficar na Islândia. Por exemplo, a HS Orka, uma das grandes companhias elétricas da Islândia, anuncia: em 2018, pela primeira vez, o consumo de energia destinada a esse intrincado processo vai superar o de todos os lares de todo este país. Neste mundo das divisas digitais, a mineração equivale ao que seria nas moedas tradicionais a impressão de notas. E, se tudo continuar como está até agora, o processo só conhece uma realidade, aumentar a exploração. Segundo cálculos do economista Alex de Vries, no final do ano o bitcoin terá absorvido a eletricidade consumida por um país como a Áustria ou 0,5% de toda a eletricidade produzida no mundo. “Pode parecer pouco, mas para se ter uma noção, a energia solar responde por 1% da eletricidade total do planeta. E foram necessárias décadas para que atingisse essa porcentagem. Em apenas um ano, o consumo agora dispara e ninguém sabe aonde poderá chegar. É o desafio ou o choque do futuro chegando. 

Bitcoins um desafio e um choque do futuro

(Confira aqui na seção de comentários mais informações e mensagens também sobre  o bitcoim e o processo de mineração de moedas digitais, o sentido econômico, energético, ecológico e de comportamento nesta nova realidade da vida de hoje)


Usina de mineração de criptomoedas na China



Fontes: brasil.elpais.com
             folhaverdenews.blogspot.com


6 comentários:

  1. Qual é o efeito ou impacto ambiental da mineração da criptomoeda? Este é o tema do blog da gente, debatendo essa nova realidade e este novo problema. Confira e participe deste debate da hora.

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  2. "Moedas eletrônicas como bitcoin (BTC) e ether abriram o caminho, aumentando maciçamente em valor unitário, bases de pessoas e volumes de transações diárias - e dezenas de novas criptomoedas adotaram em sua rota. Dito isto, a criptomoeda não está sem seus detratores. Muitos céticos continuam argumentando que o espaço é uma bolha especulativa completamente pronta para explodir. Uma outra forma de crítica que ainda não foi notada, é uma pessoa que tem a ver com os efeitos ambientais das moedas eletrônicas": comentário extraído da matéria especial no site El Pais.

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  3. "Com o tempo e na prática vamos descobrir quais serão os impactos que as moedas digitais poderiam ter sobre o ambiente e poderemos ter mais dados e pontos de vista diversos sobre como isso pode ocorrer em um futuro que já é previsível": comentário de Ana Maria Barcellos, engenheira que atua na área ambiental do Estado no Tio de Janeiro.

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  4. "A maioria das moedas digitais adere ao design do bitcoin, a criptomoeda mais antiga para obter adoção e realizações populares. Como um token descentralizado, o bitcoin não está conectado a uma instituição financeira central. Relativamente, novos bitcoins são produzidos por meio de um procedimento conhecido como “mineração”, no qual computadores próximos ao mundo inteiro resolvem complexas dificuldades matemáticas, ganhando o BTC como recompensa": comentário de Paulo José de Sousa Miranda, técnico que atua no mercado financeiro em São Paulo, Rio e Belo Horizonte.

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  5. "Todo o processo é suportado e baseado em blockchain, uma tecnologia que funciona como um livro eletrônico disperso para arquivar todas as transações anteriores. Os dados no blockchain são compartilhados entre os nós via plataformas de mineração em todo o mundo. Os adeptos da noção de criptomoeda argumentam que as moedas eletrônicas fornecem numerosas vantagens sobre a renda fiduciária graças às suas configurações desafiadoras e anônimas. Por outro lado, de acordo com um relatório da CNN, o processo de mineração de BTC e outras moedas digitais exige um total desconcertante de eletricidade. Na verdade, a partir de dezembro 2017, bitcoin utilizado sobre 32 terawatts de vitalidade por ano. Essa quantidade de vitalidade poderia ter cerca de 3 milhões de residências nos EUA. Quando a BTC pode fornecer pontos fortes além dos meios regulares de transação, ela requer energia adicional significativamente maior do que a Visa Inc. usa para bilhões de transações com cartão Visa no total de 12 meses, em resumo, um volume fora do comum em energia": comentário de acordo com dados do Bitcoin Strength Intake Index, publicado pela Digiconomist, um site de análise de criptomoedas opera em uma fundação voluntária.





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  6. "Uma preocupação que os ambientalistas têm sobre o bitcoin e outras moedas eletrônicas é que eles provavelmente demandarão muito mais e mais energia elétrica à medida que se tornarem muito mais comuns e seu valor aumentar. No caso do bitcoin, por exemplo, os quebra-cabeças matemáticos são obrigados a resolver a fim de obter uma recompensa do BTC cada vez mais difícil à medida que o valor da moeda sobe. Isso geralmente significa que eles também têm que ter energia elétrica de computação adicional e, por sua vez, muito mais, mais e mais energia": comentário de Paulo José Miranda, mercado financeiro em cidades como BH, São Paulo e Rio, nos explicando a razão de nova preocupação ambiental com a produção dos bitcoins.

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