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sábado, 26 de maio de 2018

DO TOTAL DE 120 MILHÕES DE TONELADAS NA SAFRA 2017/2018 DA SOJA MADE IN BRAZIL SOMENTE 4 MILHÕES DE TONELADAS DE GRÃOS ATUALMENTE SÃO CERTIFICADOS OU SUSTENTÁVEIS


Mesmo assim há uma notícia positiva no caso da soja produzida no Brasil: houve um crescimento de 21% deste produto com certificado socioambiental nessa atual safra


Agronegócio não pode ver só o lado econômico da soja


O jornalista Roberto Samora, da Reuters, fez matéria sobre a produção de soja no Brasil e a reportagem bomba na mídia de todo o planeta, a notícia aqui dentro do país é destacada na Exame da Abril e claro, também por aqui no blog da ecologia e da cidadania Folha Verde News, por um pormenor da maior importância: a soja brasileira já responde por 80% das 5 milhões de toneladas de soja certificada no mundo na temporada 2017/18, a gente só lamenta que atualmente esta tendência de produção deste grão de forma sustentável, ao mesmo tempo mais econômica e mais ecológica, ainda atinja hoje menos do que 5% de toda a soja made in Brasil

 Quando mais sustentável mas a soja brasileira terá mercado


A produção de soja com o certificado socioambiental RTRS deve fechar a safra 2017/2018 do Brasil com crescimento de 21 por cento ante 2017,  devendo então atingir 4 milhões de toneladas, com produtores interessados em obter um prêmio pela oleaginosa cultivada com padrões ambientais mais elevados e mais atualizados, antevendo o que poderá vir a ser quando o nosso país atingir a sustentabilidade. Nesse tempo futuro, poderá ganhar mais força no mercado mundial. Por enquanto, o volume é pequeno, levando em conta o recorde de cerca de 120 milhões de toneladas de soja que o Brasil colheu na atual temporada, mas os dados mostram que esse nicho de mercado é crescente, à medida que os consumidores também estão preocupados com a sustentabilidade na produção agropecuária, comentou em sua notícia a agência internacional Reuters que entrevistou um especialista da RTRS, a associação internacional de soja, Cid Sanches, do Brasil Ele informou que para ganhar a certificação pela RTRS todos os integrantes da cadeia da soja, como produtores, indústrias e comerciantes, precisam garantir bases para que a oleaginosa venha a ser produzida em área sem desmatamento. Esta exigência vem desde 2016. As propriedades que ganham o selo também devem cumprir as melhores práticas sociais, empresariais e agrícolas, além de respeitar as leis ambientais.Com a certificação, produtores podem ganhar mais de 2 a 5 dólares por tonelada de soja adicionais, pagos por indústrias alimentícias interessadas em levar aos seus consumidores que trabalham com “soja responsável” um produto assim de melhor qualidade. O valor adicional é relativamente pequeno perto do preço atual de uma tonelada de soja (cerca de 380 dólares), mas compensa o agricultor em vários aspectos, não só economicamente, destacou Sanches, ampliando o mercado do seu produto.

 O padrão da soja brasileira está crescendo apesar dos pesares




No âmbito ambiental, o certificado RTRS trabalha com padrões superiores à própria lei no Brasil, que permite que os produtores desmatem uma parte da propriedade para realizar a atividade agropecuária, por mau exemplo. Ou que poluam nascentes, córregos e rios com agrotóxicos. Hoje, a soja já não é vista só como um vetor de desmatamento. A pecuária divide com ela esta culpa. Mas as novas áreas agrícolas  em geral precisam ser mais desenvolvidas de preferência em terras desflorestadas no passado, que chegaram a ser utilizadas primeiramente para a pecuária, isto é, sem desmatar áreas com matas nativas ou destruir mananciais, provocar erosões e poluir. E o especialista Cid Sanches deu uma boa dica nesse sentido positivo: a utilização de uma pastagem degradada pela agricultura, por exemplo, exige menos investimentos do que na derrubada de uma mata.

O certificado RTRS indica melhores rumos para a soja brasileira


(Confira na seção de comentários do blog da gente mais informações e mensagens)



O certificado RTRS é um avanço mas o índice de desmatamento por causa da soja ainda é grande demais no Brasil e hoje desnecessário, há terras suficientes para o plantio, não é necessário desmatar mais do que já foi desmatado




Fontes: Exame da Abril - Reuters
             folhaverdenews.blogspot.com
             



9 comentários:

  1. O documentário sobre Matopiba aqui na nossa página na seção de vídeo (TV Folha Verde News) mostra bem o dilema entre o lado positivo e negativo da soja, tema da nossa matéria de hoje. Confira o vídeo, OK?

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  2. Temos mais algumas informações atualizadas que recebemos via a agência de notícias Reuters e também divulgadas na revista Exame da Abril: além disso, a gente já recebeu algumas mensagens nessa pauta de hoje, a possibilidade do avanço duma sija sustentável no Brasil. Aguarde nossa próxima edição e confira os comentários aqui.

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  3. "Já pode ser sentido um avanço mas o índice de desmatamento por causa da soja ainda é grande demais no Brasil e hoje desnecessário, há terras suficientes para o plantio, não é necessário desmatar mais do que já foi desmatado": resumo de comentário de Cid Sanches, RTRS à Reuters.

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  4. "Em termos numéricos, econômicos, o Brasil vai bem na soja, é o maior exportador, maior produtor, mas precisa implantar critérios mais ecológicos ou sustentáveis, avançar a produção orgânica, aí sim, será um verdadeiro líder mundial": comentário de Rogério Souza Santos, de São Luís Maranhão, que é agrônomo e conferiu esta matéria aqui no blog.

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  5. "A demanda da indústria de alimentos pelo produto certificado no mundo está crescendo a uma taxa 10 por cento ao ano, menos do que o crescimento da produção com selo sustentável": comentário nesta questão da soja made in Brazil feita no site Exame da Abril.

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  6. " Somente 5% da soja brasileira tem o melhor padrão de qualidade que pode ampliar o mercado na Europa, no mundo, por aqui também a bem da saúde da população e do ambiente: urgente ampliar ao máximo esta tendência positiva, que ainda está longe da realidade geral deste produto, ainda desmatando, poluindo, prejudicando a ecologia e desta forma não irá avançar a economia dos grãos, em que o Brasil pode ser líder mundial com a soja sendo sustentável, não transgênica e sim orgânica, ajudando a criar o futuro do nosso país. Falta governantes e agronegócio acordarem para isso. Ainda agora, o plantio de soja tem é ampliado o desmatamento de áreas florestais e poluído com agrotóxicos reservas de água. Mas o setor já tem o roteiro para mudar e avançar": comentário do nosso editor, o ecologista Padinha, respondendo a uma pergunta no Facebook.

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  7. "Entre 2016/17, a RTRS, integrada por mais de 190 membros no mundo, certificou globalmente 4 milhões de toneladas em todo o mundo, e o Brasil respondeu por boa parte do crescimento esperado de 1 milhão de toneladas": comentário extraído de noticia da agência Reuters: "A demanda da indústria de alimentos pelo produto certificado no mundo está crescendo a uma taxa 10 por cento ao ano e isso pode estimular avanços de qualidade também neste setor.

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  8. "No ano passado, 270 milhões de toneladas de soja foram produzidas e 93% desse cultivo é oriunda de apenas seis países: Brasil, Estados Unidos, Argentina, China, Índia e Paraguai. Além disso, a projeção é de um aumento de 59% da produção até 2021-22 para atender ao mercado chinês que passa a importar cada vez mais soja. O desafio é atender a essa demanda sem causar mais impactos ambientais negativos": comentário de Paulo Pereira Mendes, economista especializado em mercado internacional, atuando em Santos (SP).

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  9. "O estudo Crescimento da Soja: Impactos e Soluções apresenta um panorama da indústria da soja e os problemas em torno dele. O objetivo deste relatório foi de detalhar os usos da soja, traçar o seu índice de crescimento extraordinário e apresentar os dados sobre onde ela é produzida e consumida. O documento aponta as regiões que mais correm riscos com a expansão da produção de soja e discute seus outros impactos ambientais e sociais.
    Finalmente, e mais importante, o relatório expõe soluções possíveis para reduzir os impactos da soja": comentário no relatório da Rede WWF, que em resumo tem a convicção de que é possível produzir soja sem destruir as florestas e outros ecossistemas importantes. No entanto, isso requer um esforço conjunto de muitas partes: ao longo de toda a cadeia de valor da soja, desde os produtores de soja até os fabricantes de ração, os industriais e os varejistas; desde os formuladores de políticas até os financiadores e consumidores.

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