NÃO À CAÇA E À TODA VIOLÊNCIA CONTRA OS ANIMAIS MOBILIZA ENTIDADES NACIONAIS E INTERNACIONAIS, ECOLOGISTAS E ATÉ ALGUMAS AUTORIDADES DE BOM SENSO

A luta contra o retrocesso da caça e comercialização de animais silvestres: Fórum Animal também comparece ao debate em São Paulo contra o Projeto de Lei da Caça

Projeto de Lei 6.268 vai liberar a violência contra animais silvestres no Brasil

Aconteceu em São Paulo debate para combater o Projeto de Lei 6.268/2016, de autoria de Valdir Colatto (deputado federal da bancada ruralista e do MDB), que pretende legalizar a caça de animais silvestres e exóticos no país. O evento foi na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), reunindo lideranças da defesa dos animais, além de estudantes e ecologistas presente a coordenadora do Núcleo Técnico de Gestão Ambiental, Ângela Maria Branco, a Promotora de Justiça do Ministério Público de São Paulo Vânia Maria Túglio, o coordenador de Operações de Fiscalização do Ibama, Roberto Cabral Borges, e o representante do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros do ICMBio, Rogério Cunha de Paula, além de alguns poucos e raros parlamentares contrários a este retrocesso no Brasil que seria a volta da caça, a liberação do tráfico de animais silvestres, de rodeios e de vaquejadas entre outros problemas e formas de violência. Participaram ainda deste movimento de alerta contra o PL 6.268 líderes de organizações não governamentais, como o Fórum Animal, a WWF, o Greenpeace, entre ativistas da Não Violência, que nos enviaram este conteúdo por e-mail aqui para este blog do movimento ecológico, científico e de cidadania Folha Verde News. Segundo o produtor cultural  Roberto Cabral, que apresentou vídeos chocantes sobre caça, afirmou que "desde 1967, ano em que a prática foi teoricamente proibida no Brasil, não existe nada tão nefasto para a fauna  e para toda a ecologia brasileira". 

Parte dos participantes do debate na USP em São Paulo...

...que se colocam também contra vaquejadas, rodeios e tráfico de animais

A promotora Vânia Túglio ressaltou que o PL é revoltante, se for aprovado, regularizará também o tráfico de animais silvestres, uma vez que permitirá a criação e comercialização de espécies nativas e exóticas. A médica veterinária Vania Nunes, relembrou que "este projeto de lei vai completamente contra princípios da Organização das Nações Unidas (ONU), da qual o Brasil é signatário". Ela citou o item 15.7 dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, das Nações Unidas, que descreve que se deve "tomar medidas urgentes para acabar com a caça ilegal e o tráfico de espécies da flora e fauna protegidas e abordar tanto a demanda quanto a oferta de produtos ilegais da vida selvagem", e o item 15.c, que reforça "o apoio global para os esforços de combate à caça ilegal e ao tráfico de espécies protegidas, inclusive por meio do aumento da capacidade das comunidades locais para buscar oportunidades de subsistência sustentável". 

 Caçadores continuam à solta aqui e em todo lugar do país

ALGUNS DOS ABSURDOS QUE ESTA NOVA LEI PERMITIRÁ

-  Abate de animais silvestres ameaçados de extinção;

- comércio de animais silvestres e exóticos;

- “erradicação de espécies exóticas consideradas nocivas à saúde pública, às atividades       agropecuárias e correlatas e à integridade e diversidade biológica dos ecossistemas”;

- estabelecimento de campos de caça em propriedades privadas

- criação e manutenção de animais silvestres em criadouros comerciais;

- destinação de animais recebidos em centros de triagem a cativeiros e a campos de caça;

- venda a criadouros de animais silvestres por zoológicos;

- abate de animais silvestres provenientes de resgates em áreas de empreendimentos sujeitos a licenciamento ambiental

- abate de animais em unidades de conservação.

Abate de espécies selvagens é uma violência contra a vida

O que a caça de antas e macacos pode ter a ver com o caos ambiental?

Um estudo publicado nesta segunda-feira faz essa relação inédita pela primeira vez.. Com a redução do número de animais que espalham sementes de grandes árvores, essas espécies de troncos particularmente densos também tendem a desaparecer, reduzindo a capacidade da floresta de absorver carbono, o principal gás responsável pelo efeito estufa. A longo prazo, isso pode piorar  o meio ambiente e agravar o aquecimento global que está levando a um caos o clima e a ecologia.

Abate em caça de Antas, uma das vítimas mais comuns de caçadores no Cerrado

"Os brasileiros estão a poucos passos de assistir a um retrocesso na defesa e nos direitos dos animais, já houve pesquisas que mostram, mais de 90% da população são contrários à toda violência contra os bichos", destacou o engenheiro florestal Carlos Baptista. Enfim, os deputados federais estão prestes a aprovar também projetos que vão liberar a realização de vaquejadas e rodeios além da caça de animais silvestres que não podem ser apenas objetos de lucro ou de prazer vistos como meros promotores de diversão para o homem: o único ser vivo que mata e maltrata por deleite ou por ódio é o ser humano.

As Antas são fundamentais pro equilíbrio ecológico da natureza brasileira

(Confira alguns detalhes mais sobre esta pauta que ainda terá que passar pela Câmara Federal, bem como opiniões e mensagens na seção de comentários deste blog de ecologia)

Abate e tráfico de animais silvestres precisa ser urgentemente controlado 

Fontes: panda.jor.br
              forumanimal.org
              folhaverdenews.blogspot.com