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sexta-feira, 20 de abril de 2018

HABITAT DE ONÇAS SUÇUARANAS E MUITA FAUNA E FLORA A SERRA DO JAPI É TAMBÉM UMA RESERVA HÍDRICA IMPORTANTE BEM PERTO DA MAIOR CIDADE DO PAÍS E DA AMÉRICA DO SUL

Nestes dias a gente fez aqui nesse blog matéria sobre entidade Mata Ciliar e trabalho da médica veterinária Cristina Harumi na recuperação de animais selvagens feridos: hoje completamos a informação com post sobre a a própria Serra do Japi, remanescente da Mata Atlântica e refúgio de espécies raras por aqui nesse oásis para bichos, plantas e ecologistas



Macrorregião da Serra do Japi merece investimentos na  proteção da natureza e das águas

Tráfico e comércio ilegal de animais da fauna brasileira, além da caça, atropelamentos junto a rodovias, queimadas e desmatamentos ou poluição, são diferentes versões da violência que sofrem os animais silvestres em toda região onde ainda eles e as matas nativas sobrevivem, como é o caso da Serra do Japi que abrange 354 quilômetros, área de montanhas e remanescente da Mata Atlântica no Sudeste ao lado de Jundiaí, Pirapora do Bom Jesus, Cajamar e Cambreúva ali na cabeça do interior paulista a pouco mais de 50 quilômetros de São Paulo. Por sinal, um dos problemas é a conservação de espécies animais e vegetais nativas, com o avanço também da urbanização. Neste contexto  e nesta região que enfocamos hoje nasceu ainda em 1987 a Associação Mata Ciliar com objetivos ecológicos, agora esta entidade conta com a produção anual de aproximadamente dois milhões de mudas de 200 espécies diferentes de plantas características de Mata Atlântica e Cerrado, produzidas em três viveiros localizados nas cidades de Pedreira, Jundiaí e Águas de Lindóia. Em 1997, a Mata Ciliar fundou um Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS) a fim de prestar atendimento médico veterinário aos animais da fauna silvestre. Os animais, provenientes da Serra do Japi e região, chegam ao CRAS em consequência de tráfico, queimadas, caça, desmatamento, entre outros motivos. Ali a estrutura montada ao longo destes anos em seu trabalho de ponta a Drª Cristina Harumi conseguiu montar também o Centro Brasileiro para Conservação de Felinos Neotropicais que tem o objetivo de implementar estratégias para não deixar serem extintos  oito espécies de felinos selvagens que ocorrem no país e por ali na Serra do Japi, uma atuação que se trata duma referencia nacional e internacional promovendo pesquisa em cativeiro e vida livre deste animais. Confira matéria anterior por aqui mesmo no blog do movimento ecológico, científico, de cidadania e da não violência Folha Verde News mais dados sobre a luta da Mata Ciliar e da médica veterinária Cristina Harumi Adania, doutorada pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP, ela que é uma especialista em felídeos, censo cativeiro, registro genealócio, puma concolor e panthera onça: você pôde ver também um vídeo sobre a violência contra os animais silvestres e a luta ecológica a favor deles. Agora, mais alguns detalhes sobre a Serra do Japi onde isso acontece a bem da nossa última natureza, OK? 



Centro de socorro a Suçuaranas e outros bichos com Drª Harumi e equipe


Aqui é a terra das Suçuaranas 


 Um habitat de várias espécies animais também de Onças


A Serra do Japi, uma cadeia montanhosa localizada no sudeste do sudeste no interior de São Paulo com 354 km² de área, tem ponto culminante de 1.250 metros de altitude, faz divisa com quatro municípios: Jundiaí, Pirapora do Bom Jesus, Cajamar e Cabreúva. A região é um raro remanescente da Mata Atlântica. Sua biodiversidade, que apresenta um grande número de espécies, está diretamente relacionada à localização, região ecotonal, ou seja, de encontro de dois tipos de florestas: a Mata Atlântica característica da Serra do Mar e a Mata Atlântica do interior paulista.  Além de ser a maior reserva de água de toda a macrorregião, a Serra do Japi também tem potencial hídrico para abastecer muitas cidades no futuro. É o que também revelou reportagem publicada pela organização não governamental Coati, que é o Centro de Orientação Ambiental Terra Integrada. Para isso ocorrer, especialistas apontam a necessidade da criação de um reservatório de água na Serra do Japi. Como a oferta de água para a população de Jundiaí não é abundante, será necessário recorrer ao Rio Caxambu, segundo estudos já feitos por pesquisadores no local. Localizada na área de conservação da Ermida, na Serra do Japi, a bacia do ribeirão Caxambu tem capacidade para aumentar de 7% para 30% por exemplo o abastecimento de Jundiaí. Atualmente, dois afluentes abastecem esta cidade: Padre Simplício, na região do Eloy Chaves e Moisés, no bairro da Malota. Há um projeto para construção de barragem e represa das águas do ribeirão Caxambu. As águas da Serra do Japi são a única fonte de Cabreúva e Itupeva e também abastecem Indaiatuba, Itu e Salto. Além dos 7% que vêm da Serra do Japi, o restante do abastecimento de Jundiaí é feito pelas águas do Jundiaí-Mirim.  O processo de urbanização é intenso nessa macrorregião e assim qualquer que seja o empreendimento precisa vir a ser sustentável, bom para a economia e para a ecologia, a bem da população urbana e das espécies que sobrevivem nas últimas matas.




A Serra do Japi abraça Jundiaí e outras cidades



Serra do Japi em Tupi-Guarani significa Nascente de Rios e ela já  foi tombada pela Unesco como uma das reservas mundiais da biosfera e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo, diversas são as leis que procuram preservá-la, a mais importante delas é a Lei Municipal 417, que criou as zonas de preservação, restauração e recuperação ambiental, em volta desta reserva biológica. No entanto ainda há e aumentam as ameaças de riscos e problemas da urbanização ao seu redor, urgente combater crimes ambientais e evitar ao máximo os problemas na Serra do Japi, não basta o trabalho dum heroico agrupamento de Guardas Municipais ou de grupos ecológicos, o alerta dos cientistas da natureza é para que sejam feitos investimentos especiais em defesa da Serra do Japi, reserva de vida para o futuro.



Serra do Japi, nascente de rios para os antigos índios


Fontes: teraambiental.com.br
              Globo Ecologia - Unesco
              folhaverdenews.blogspot.com

7 comentários:

  1. Logo mais, aqui nessa sessão, comentários que podem ampliar o alcance desta matéria sbre o valor e a necessidade de investimentos na Serra do Japi, tombada pela Unesco, refúgio de espécies já em extinção no Brasil e reserva de água, fundamental pro futuro.

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  2. Você pode por direto aqui sua opinião ou então mandar uma mensagem pro e-mail da redação do nosso blog de ecologia e de cidadania, mande para navepad@netsite.com.br

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  3. Vídeos, material de informação, fotos e outros conteúdos ou mensagens você pode também enviar para o nosso editor deste blog. mande para padinhafranca603@gmail.com

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  4. Antes de mais nada vamos postar aqui alguns comentários da edição anterior que a gente fez sobre a Serra do Japi, mais sob o ponto de vista de animais silvestres e da violência contra a fauna neste último oásis nas proximidades de São Paulo, entre a Serra do Mar e remanescente da última Mata Atlântica na região paulista.

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  5. "É um problema sério para a conservação das espécies essa violência de hoje. Se desmatamento, urbanização e poluição são as principais causas do desaparecimento de espécies animais e vegetais, o tráfico de animais também tem um impacto significativo. No Brasil, o tráfico de animais silvestres é considerado crime ambiental conforme legislação em vigor porque põe em perigo a biodiversidade do planeta, em especial, ameaçando grandes mamíferos. Este mercado ilegal e clandestino gera 15 bilhões de euros por ano. No Brasil a participação deste mercado chega na casa de 1 bilhão de euros por ano": comentário da associação ecologista internacional World Wide Fund for Nature (Fundo Mundial para a Natureza - WWF) sobre uma outra violência aos animais selvagens brasileiros.



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  6. "Drª Cristina Harumi comentou também esta questão do tráfico e todas as formas de violência contra animais, Ela faz um trabalho de ponta, como se viu na matéria no blog da ecologia nesta semana. Ela possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1985) e mestrado em Reprodução Animal pela Universidade de São Paulo (2002). É doutoranda do Departamento de Reprodução Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo. Atualmente é Coordenadora de fauna da Associação Mata Ciliar, atuando principalmente nos seguintes temas: felídeos, censo cativeiro, registro genealógico, puma concolor e panthera onca": comentário no site Cultura Ambiental.




    "A Serra do Japi é maravilhosa e Precioso este trabalho da Drª Cristina Harumi, do centro de reabilitação e de toda a ação da Associação Mata Ciliar, trabalhos que semeiam uma gestão ambiental que deveria ser ampla e geral em nosso país todo": comentário de Fábio Mendes, que é engenheiro agrônomo pela USP e ecologista, vivendo em São José dos Campos (SP).

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  7. "Drª Harumi e esta entidade Mata Ciliar dão o exemplo para todo nosso movimento e mostram para as autoridades o caminho para uma gestão ambiental dos nossos problemas": comentário de Ana Luiza, Bióloga pela Unesp.

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