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terça-feira, 13 de março de 2018

UM LÍDER DO MOVIMENTO ECOLÓGICO E CIENTÍFICO COLOCA EM XEQUE A MAIOR INDÚSTRIA DA ALEMANHA POR CAUSA DA POLUIÇÃO DO DIESEL



A luta de Jürgen Resch  e também as acusações de cartel ou sentenças judiciais contra os motores poluidores enfraqueceram a imagem das poderosas fabricantes alemães de carros: um momento histórico para o meio ambiente na préhistória do desenvolvimento sustentável numa economia de 1º mundo (algo que é urgente também por aqui)


Jürgen Resch, da organização Ajuda ao Meio Ambiente Alemão

A pesquisa e a tecnologia colocam em xeque megainteresses

 
"O presidente da organização Deutsche Umwelthilfe (Ajuda ao Meio Ambiente Alemão), Jürgen Resch possui uma fama que lhe incomoda. Critica sem piedade na imprensa a perigosa poluição do ar feita pelos carros com motores a diesel fabricados na Alemanha e assim, Resch se transformou num líder socioambiental e no principal inimigo da poderosa indústria automotriz alemã", explica a matéria do jornal e site El Pais. A fama de Jürgen Resch aumentou há alguns meses atrás por uma iniciativa que deixou em pânico os executivos das gigantes  Volkswagen, Daimler e BMW, obrigando de quebra o Governo Federal lá a procurar uma solução urgente para aplacar o descontentamento da população e o medo de 15 milhões de proprietários alemães de carros a diesel. Também desde o ano passado, em toda Europa, em especial na Alemanha, França e Inglaterra,  já se tem o prazo final de 2030 para comercialização de combustíveis fósseis e poluentes (sendo que somente até 2050 diesel e gasolina serão tolerados para os consumidores já proprietários de veículos com este tipo de combustível). Um outro lado desta notícia é que  a Alemanha por decisão governamental já está agora investindo mais de 1 bilhão de dólares nos carros elétricos. Um sinal de que poderá haver um avanço nos próximos anos para um futuro sustentável, a bem da vida, como sonham Jürgen Resch e todos os que lutam no movimento ecológico, científico e de cidadania na UE, por aqui ou em todo o planeta. 


Jürgen Resch representa todo um movimento coletivo que pede este avanço

    Jürgen Resch desde 1998 dirige a organização de defesa ao meio ambiente, sendo que obteve a maior vitória de sua vida em julho do ano passado, quando um juiz do Tribunal do Contencioso Administrativo de Stuttgart emitiu uma sentença que foi favorável à demanda apresentada pela organização Deutsche Umwelthilfe, pedindo a proibição da circulação dos carros a diesel poluidores com um argumento demolidor das reações contrárias às mudanças de combustível: “A saúde dos habitantes tem prioridade sobre os direitos dos proprietários de veículos a diesel”, disse o juiz. A sentença, ainda não tem data para ser cumprida, mas é o último golpe à imagem da poderosa indústria alemã do automóvel, que emprega diretamente mais de 800 mil pessoas e fatura por ano 450 bilhões de euros (1,7 trilhão de reais). Os fabricantes enfrentam uma dura crise que começou com o famoso Dieselgate, o escândalo descoberto em 2015 sobre a manipulação feita pela Volkswagen de motores a diesel através de um software que permitia à empresa camuflar parte de suas emissões de gases poluidores. A trama estava oculta em aproximadamente 11 milhões de veículos vendidos em todo o mundo. Quando ainda não havia se recuperado e cercada de críticas por seu papel na poluição, em julho a indústria voltou a sofrer outro baque quando a revista Der Spiegel afirmou que as marcas emblemáticas do país, Volkswagen, Daimler e BMW, acertaram um cartel para evitar as rigorosas leis que regem a concorrência no país. As três grandes marcas negam peremptoriamente e Bruxelas ainda está investigando todas as acusações. “O que está em jogo é a credibilidade de toda a indústria automotiva alemã”, declarou a ministra da Economia, Brigitte Zypries.


    O carro elétrico entra de vez no mapa da indústria automobilística


    Jürgen Resch: “Eu não sou o pior inimigo da indústria automotiva, sou na verdade seu melhor amigo porque não quero prejudicá-la, mas ajudar para que ela continue sendo capaz de se adaptar aos desafios do futuro”. 


    Jürgen Resch, contemporâneo do futruro sendo criado desde agora


    (Confira na seção de comentários deste nosso blog outras informações e também mensagens sobre este conteúdo de hoje por aqui)


    Já há 6 meses,  o Governo da Alemanha organizava a chamada “reunião do diesel”, da qual participaram os principais executivos da indústria automotiva, dois ministros federais (do Transporte e do Meio Ambiente) e representantes dos governos regionais, também do sindicato IG Metall. A reunião terminou com um acordo que foi duramente criticado por ativistas como o próprio Jürgen Resch e também pelo professor Ferdinand Duddenhöfer, um dos mais renomados especialistas alemães em automação. De toda dorma, a reunião acabou com o compromisso da Volkswagen, Daimler AG, BMW e Ford de instalarem um novo software em 5,3 milhões de veículos a diesel da classe euro 4 e euro 5 para poder diminuir as emissões de dióxido de nitrogênio em mais de 25% já até o final de 2018 e o dever das empresas em realizarem a compra de carros não poluidores e elétricos, com prêmios em dinheiro para a compra de veículos com tecnologia contemporânea ou não poluente. 


    A poluição do ar por diesel na Alemanha: problema ambiental e de saúde



    Mas não são todos os fabricantes que defendem carros elétricos, afinal eles estão entre os maiores interessados e são um dos grupos econômicos mais fortes da Alemanha: “O motor a diesel moderno e eficiente emite menos CO2 e pode contribuir dessa forma com a proteção ao meio ambiente. Há quase dois anos, a tecnologia a diesel de vanguarda, eficiente e popular, foi deliberadamente desacreditada publicamente e, portanto, milhões de motoristas estão inseguros. Mas isso não é verdadeiro. Como indústria automobilística alemã, continuamos sendo uma garantia para nossa força na inovação e proporcionaremos as soluções à mobilidade do futuro”, comentou através de nota por escrito ao El Pais o executivo-chefe da BMW, Harald Krüger. O grupo Volkswagen, por sua vez, preferiu não se manifestar sobre esta polêmica.  A polêmica continua cada vez mais quente e se aprofunda com os  escândalo somados às pesquisas científicas, as críticas da população que têm uma visão ambientalista como o líder Jürgen Resch, da organização Deutsche Umwelthilfe que já colocou definitivamente o seu nome e esta luta na história da criação do futuro sustentável na Alemanha, na Europa, algo que precisa ser implantado também por aqui e em toda a Terra. Realmente, é preciso mudar e avançar para existir futuro na vida. 


    Novas alternativas tecnológicas e não poluentes são a bola da vez na Terra



    Fontes: El Pais - EFE - Livenews - DW
                 folhaverdenews.blogspot.com 

    8 comentários:

    1. Algumas manchetes na mídia da Alemanha e UE:

      Justiça alemã investiga ex-presidente da Volkswagen por fraude

      Volkswagen fará recall de 8,5 milhões de carros em toda a Europa

      O estudo de 275.000 reais que pode arruinar a Volkswagen

      Alemanha quer banir carros a gasolina e diesel até 2030

      Motores de combustão interna podem ser proibidos em toda a União Europeia

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    2. "O Bundesrat, conselho federal alemão, votou pela proibição dos motores de combustão interna até 2030. A partir desse ano, todos os carros vendidos na Alemanha deverão ter motores alimentados a eletricidade, hidrogênio ou outras fontes de energia limpa. Mas a medida pode não ficar restrita ao país: os legisladores querem levar a resolução para toda a União Europeia. O incentivo aos veículos elétricos é uma das medidas tomadas para reduzir as emissões de dióxido de carbono na Alemanha em 95% até 2050": comentário na revista alemã Der Spiegel.

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    3. "Uma possibilidades para acelerar o fim dos carros movidos a gasolina e diesel é aumentar os impostos para os motores de combustão interna que, por sinal, olha só, foram inventados por Nikolaus Otto, um alemão": comentário do jornalista Paulo Higa, que atua em sites europeus.


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    4. "A resolução do Bundesrat, que representa os 16 estados alemães, não tem efeito legislativo: a medida precisa ser aprovada pela União Europeia para valer. No entanto, como lembra a Forbes, “as regulações alemães tradicionalmente têm moldado as regulações da União Europeia e da UNECE [Comissão Econômica das Nações Unidas para a Europa]”.Metade dos carros que circulam na Europa são movidos a diesel, já que o combustível é mais barato e rende mais por quilômetro rodado.Desde o escândalo da Volkswagen, que implementou um software para distorcer resultados de testes de emissão de poluentes, as vendas de diesel caíram 5% na Alemanha e 12,9% nos Países Baixos": comentário em noticiário da agência EFE.

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    5. Logo mais, mais comentários e informações, você pode participar da polêmica, envie uma mensagem para o e-mail da redação deste blog de ecologia e de cidadania: navepad@netsite.com.br

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    6. Vídeos, fotos, material de informação você pode mandar direto pro e-mail do nosso editor de conteúdo deste blog padinhafranca603@gmail.com

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    7. "O simples debate esta questão carros elétricos versus diesel, gasolina, avança a informação na economia e no ambiente no Brasil, onde este conteúdo ainda inexiste": comentário de Júlio César, TI, que atua em Salvador, na Bahia.

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    8. "Além do cineasta Pedro Deperon Grimaldi (de São Paulo), pela medição Google cerca de 1.200 pessoas acessaram no blog da ecologia até agora (17h30) este post sobre Jürgen Resch e o movimento ambientalista na Alemanha (avançando na questão do carro elétrico), pessoas do Brasil e do exterior, o que mostra a força desta luta para substituir os combustíveis fósseis e poluentes, a bem do meio ambiente e da saúde da população. Este avanço precisa acontecer urgente por aqui também, em todo o planeta": comentário do ecologista Padinha, que edita o Folha Verde News.

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