Conforme a quantidade usada Bisfenol A (BPA) atinge o feto através da mãe é o que adverte notícia do site EcoDebate em pesquisa da Universitat Rovira i Virgili que resumimos e discutimos hoje aqui no blog do nosso movimento
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O Bisfenol A (BPA) está em vários tipos de embalagens hoje em dia |
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Bisfenol mais um destaque negativo no universo dos plásticos
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Através de tradução da pesquisa e notícia de Henrique Cortez, enviada por e-mail por Carina Campos ao nosso blog da ecologia e da cidadania Folha Verde News, alertamos que esta informação pode ser extremamente útil para as pessoas de quaisquer idades evitarem o risco de desenvolver distúrbios metabólicos, imunológicos ou reprodutivos e doenças neurológicas causadas por este produto químico. O lado mais dramático é que os efeitos nocivos podem atingir o feto, se utilizado por mulheres grávidas, o Bisfenol A (BPA) é um plastificante que está presente em uma grande variedade de alimentos, cosméticos, embalagens, pasta de dentes e brinquedos, entre outros produtos aparentemente inofensivos. As autoridades governamentais precisam urgente informar a população, alertando os consumidores sobre mais este problema de saúde pública. Com a industrialização e a produção de itens em massa, vários materiais começaram a fazer parte de nosso dia a dia, como o plástico. Muitos produtos feitos com ele: garrafas, jarras, mamadeiras, embalagens. Algumas substâncias químicas presentes nesses materiais podem fazer mal à saúde. Um tipo de plástico chamado policarboneto, por exemplo, contém um ingrediente que tem sido alvo de pesquisas e polêmicas em alguns países, tema da gente hoje aqui, o Bisfenol-A. O motivo é simples: esse monômero foi classificado como um desregulador endócrino depois que estudos o relacionaram a diversas doenças.
Bisfenol A (BPA) é diferente de outros produtos químicos porque ele se
degrada muito rapidamente e é facilmente descarregado do corpo. No
entanto, a exposição é praticamente contínua e antes de ter sido
totalmente degradada, mais foi consumido, o que significa que o corpo
nunca o esvazia completamente. Além disso, o metabolismo dos fetos é
mais lento e a função de degradação é menos desenvolvida. Isso significa
que o Bisfenol A permanece em seu organismo por mais tempo do que em
adultos e representa um maior risco para a saúde. Vários estudos mostraram que, quando ele entra em contato com o
organismo das mulheres grávidas, pode atravessar a placenta e atingir o
feto. Entre outras coisas, a exposição a esta toxina pode ter efeitos
negativos sobre a fertilidade, o desenvolvimento do cérebro e mudanças
comportamentais na idade adulta. Até agora, no entanto, nenhum método
foi disponível para quantificar a quantidade de composto que pode
atingirjá na gestação as futuras crianças. Pesquisadores do Centro de Tecnología Ambiental Alimentaria y
Toxicológica (TecnATox) criaram um modelo matemático que pode calcular
essa quantidade e a usaram com uma amostra de 100 mulheres grávidas para
determinar como o Bisfenol A se comporta no organismo e quais as
consequências pode ter sobre a futura saúde da garotada e das pessoas em
geral.A pesquisa liderada por Marta Schuhmacher, desenvolveu um
modelo farmacocinético conhecido como P-PBPK, que é feito sob medida
para cada pessoa no estudo: detecta o momento em que o Bisfenol A entra
em contato com o organismo por ingestão, inalação ou na pele. A partir
deste ponto, o modelo monitora e analisa os efeitos que tem durante
sua jornada através do organismo até que ele seja descarregado do corpo. A reação depende de
cada pessoa e um grande número de variáveis (tamanho, idade, tipo de
respiração, se a medicação está sendo tomada ou não, etc.). O modelo
que foi projetado na URV permite personalizar toda essa informação em
tempo real, revela o momento em que o feto está mais exposto ao produto
químico, neste caso, após seis meses de gravidez. Ele também fornece
determinações mais precisas dos efeitos que a exposição a este composto
pode ter sobre a saúde de uma pessoa de toda idade ou em várias situações.
Os pesquisadores monitoraram as mulheres no estudo após o primeiro
período de gravidez, após o nascimento e depois durante a amamentação.
Por enquanto, a pesquisa determinou o quanto o Bisfenol A (BPA) é diferente de outros produtos químicos atinge o feto
através da mãe e agora eles estão estudando os efeitos que tem em cada
caso particular. Isso significa que podem ser feitas recomendações
personalizadas sobre mudanças de hábitos e dieta para reduzir o impacto
desse produto químico que, repetimos aqui, é um
plastificante que está presente em uma grande variedade de
alimentos, cosméticos, embalagens, pasta de dentes e brinquedos, entre
outros produtos aparentemente inofensivos. Pode causar doenças
neurodegerenativas também, como Parkinson ou Alzheimer, em pessoas que
tenham alguma predisposição a estes problemas. O que se questiona no
movimento ecológico, científico e de cidadania é como um produto químico
deste alcance negativo continua sendo usado sem controle hoje em dia
aqui e em vários países?
(Confira mais alguns detalhes desta pesquisa de alerta na seção de comentários deste nosso blog, o estudo faz parte do projeto europeu Heals de que participam 29 centros de pesquisa)
Fontes: www.ecodebate.com.br
www.ecycle.com.br
www.ecycle.com.br
folhaverdenews.blogspot.com
O desafio agora é determinar quais as probabilidades que os pacientes têm de desenvolver distúrbios metabólicos, problemas reprodutivos, condições imunológicas ou doenças neurodegenerativas, como Parkinson ou Alzheimer, uma vez que a concentração deste composto no organismo pode afetar a ação de certos biomarcadores que predispõem a todas essas doenças.
ResponderExcluirEsta pesquisa sobre o Bisfenol A faz parte do projeto europeu HEALS (Associações de saúde e meio ambiente através de grandes pesquisas populacionais), em que participam 29 escolas e centros de pesquisa.
ResponderExcluirReferência deste estudo: R.P. Sharma, M. Schuhmacher, V. Kumar . “The development of a pregnancy PBPK Model for Bisphenol A and its evaluation with the available biomonitoring data”. Science of the Total Environment 624 (2018) 55–68. DOI: https://doi.org/10.1016/j.scitotenv.2017.12.023
ResponderExcluir* Tradução e edição de Henrique Cortez, EcoDebate.
in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 08/03/2018
Logo mais nesta seção, mais comentários e informações, participe do debate, mande mensagem pro e-mail da redação do nosso blog de ecologia e de3 cidadania navepad@netsite.com.br
ResponderExcluirVideos, fotos, material de informação você pode também enviar direto pro e-mail do nosso editor de conteúdo do blog padinhafranca603@gmail.com
ResponderExcluir"Um tipo de plástico chamado policarboneto, por exemplo, contém um ingrediente que tem sido alvo de pesquisas e polêmicas em alguns países - o Bisfenol-A. O motivo é simples: esse monômero foi classificado como um desregulador endócrino depois que estudos o relacionaram a diversas doenças. A
ResponderExcluircomposição química do Bisfenol-A é muito semelhante à do estrogênio. Assim, ele pode fazer o papel desse hormônio no organismo": comentário de Elaine Frade Costa, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo (SBEM-SP).
"A composição química do Bisfenol-A é muito semelhante à do estrogênio. Assim, ele pode fazer o papel desse hormônio no organismo. O perigo dessa similaridade com o estrógeno está ligado aos desequilíbrios no sistema endócrino, como puberdade precoce, câncer de mama e infertilidade.
ResponderExcluirApesar de as pesquisas pelo mundo só terem sido realizadas com animais (por enquanto, pelo menos) elas indicaram que o monômero foi o causador de males como diabetes, obesidade, alterações no comportamento e hiperatividade nos bichinhos. Então, até que se prove o contrário, existe a possibilidade de que o componente tenha o mesmo efeito em humanos": comentário de Elaine Frade Costa, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo (SBEM-SP).