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segunda-feira, 12 de março de 2018

PESQUISADORES ALERTAM QUE BISFENOL É UM PRODUTO QUÍMICO (USADO EM EMBALAGENS PLÁSTICAS) QUE PODE DESENVOLVER DOENÇAS NEUROLÓGICAS OU DEIXAR MUITAS SEQUELAS

Conforme a quantidade usada Bisfenol A (BPA) atinge o feto através da mãe é o que adverte notícia do site EcoDebate em pesquisa da Universitat Rovira i Virgili que resumimos e discutimos hoje aqui no blog do nosso movimento





O Bisfenol A (BPA) está em vários tipos de embalagens hoje em dia

 
Bisfenol mais um destaque negativo no universo dos plásticos


Através de tradução da pesquisa e notícia de Henrique Cortez, enviada por e-mail por Carina Campos ao nosso blog da ecologia e da cidadania Folha Verde News, alertamos que esta informação pode ser extremamente útil para as pessoas  de quaisquer idades evitarem o risco de desenvolver distúrbios metabólicos, imunológicos ou reprodutivos e doenças neurológicas causadas por este produto químico. O lado mais dramático é que os efeitos nocivos podem atingir o feto, se utilizado por mulheres grávidas, o Bisfenol A (BPA)  é um plastificante que está presente em uma grande variedade de alimentos, cosméticos, embalagens, pasta de dentes e brinquedos, entre outros produtos aparentemente inofensivos. As autoridades governamentais precisam urgente informar a população, alertando os consumidores sobre mais este problema de saúde pública. Com a industrialização e a produção de itens em massa, vários materiais começaram a fazer parte de nosso dia a dia, como o plástico. Muitos produtos feitos com ele: garrafas, jarras, mamadeiras, embalagens. Algumas substâncias químicas presentes nesses materiais podem fazer mal à saúde. Um tipo de plástico chamado policarboneto, por exemplo, contém um ingrediente que tem sido alvo de pesquisas e polêmicas em alguns países, tema da gente hoje aqui, o Bisfenol-A. O motivo é simples: esse monômero foi classificado como um desregulador endócrino depois que estudos o relacionaram a diversas doenças.
 


A sua utilização precisa ser melhor controlada

Bisfenol A (BPA)  é diferente de outros produtos químicos porque ele se degrada muito rapidamente e é facilmente descarregado do corpo. No entanto, a exposição é praticamente contínua e antes de ter sido totalmente degradada, mais foi consumido, o que significa que o corpo nunca o esvazia completamente. Além disso, o metabolismo dos fetos é mais lento e a função de degradação é menos desenvolvida. Isso significa que o Bisfenol A permanece em seu organismo por mais tempo do que em adultos e representa um maior risco para a saúde. Vários estudos mostraram que, quando ele entra em contato com o organismo das mulheres grávidas, pode atravessar a placenta e atingir o feto. Entre outras coisas, a exposição a esta toxina pode ter efeitos negativos sobre a fertilidade, o desenvolvimento do cérebro e mudanças comportamentais na idade adulta. Até agora, no entanto, nenhum método foi disponível para quantificar a quantidade de composto que pode atingirjá na gestação as futuras crianças. Pesquisadores do Centro de Tecnología Ambiental Alimentaria y Toxicológica (TecnATox) criaram um modelo matemático que pode calcular essa quantidade e a usaram com uma amostra de 100 mulheres grávidas para determinar como o Bisfenol A se comporta no organismo e quais as consequências pode ter sobre a futura saúde da garotada e das pessoas em geral.A pesquisa liderada por Marta Schuhmacher, desenvolveu um modelo farmacocinético conhecido como P-PBPK, que é feito sob medida para cada pessoa no estudo: detecta o momento em que o Bisfenol A entra em contato com o organismo por ingestão, inalação ou na pele. A partir deste ponto, o modelo monitora e analisa os efeitos que tem durante sua jornada através do organismo até que ele seja descarregado do corpo. A reação depende de cada pessoa e um grande número de variáveis (tamanho, idade, tipo de respiração, se a medicação está sendo tomada ou não, etc.). O modelo que foi projetado na URV permite personalizar toda essa informação em tempo real, revela o momento em que o feto está mais exposto ao produto químico, neste caso, após seis meses de gravidez. Ele também fornece determinações mais precisas dos efeitos que a exposição a este composto pode ter sobre a saúde de uma pessoa de toda idade ou em várias situações. 
 

Em alguns países já se proibe o uso de Bisfenol A (BPA)


Os pesquisadores monitoraram as mulheres no estudo após o primeiro período de gravidez, após o nascimento e depois durante a amamentação. Por enquanto, a pesquisa determinou o quanto o Bisfenol A (BPA)  é diferente de outros produtos químicos atinge o feto através da mãe e agora eles estão estudando os efeitos que tem em cada caso particular. Isso significa que podem ser feitas recomendações personalizadas sobre mudanças de hábitos e dieta para reduzir o impacto desse produto químico que, repetimos aqui, é um plastificante que está presente em uma grande variedade de alimentos, cosméticos, embalagens, pasta de dentes e brinquedos, entre outros produtos aparentemente inofensivos. Pode causar doenças neurodegerenativas também, como Parkinson ou Alzheimer, em pessoas que tenham alguma predisposição a estes problemas. O que se questiona no movimento ecológico, científico e de cidadania é como um produto químico deste alcance negativo continua sendo usado sem controle hoje em dia aqui e em vários países?

Bisfenol A (BPA) precisa ser debatido e o uso limitado no Brasil


(Confira mais alguns detalhes desta pesquisa  de alerta na seção de comentários deste nosso blog, o estudo faz parte do projeto europeu Heals de que participam 29 centros de pesquisa)


Fontes: www.ecodebate.com.br
            www.ecycle.com.br
            folhaverdenews.blogspot.com

7 comentários:

  1. O desafio agora é determinar quais as probabilidades que os pacientes têm de desenvolver distúrbios metabólicos, problemas reprodutivos, condições imunológicas ou doenças neurodegenerativas, como Parkinson ou Alzheimer, uma vez que a concentração deste composto no organismo pode afetar a ação de certos biomarcadores que predispõem a todas essas doenças.

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  2. Esta pesquisa sobre o Bisfenol A faz parte do projeto europeu HEALS (Associações de saúde e meio ambiente através de grandes pesquisas populacionais), em que participam 29 escolas e centros de pesquisa.

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  3. Referência deste estudo: R.P. Sharma, M. Schuhmacher, V. Kumar . “The development of a pregnancy PBPK Model for Bisphenol A and its evaluation with the available biomonitoring data”. Science of the Total Environment 624 (2018) 55–68. DOI: https://doi.org/10.1016/j.scitotenv.2017.12.023

    * Tradução e edição de Henrique Cortez, EcoDebate.

    in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 08/03/2018



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  6. "Um tipo de plástico chamado policarboneto, por exemplo, contém um ingrediente que tem sido alvo de pesquisas e polêmicas em alguns países - o Bisfenol-A. O motivo é simples: esse monômero foi classificado como um desregulador endócrino depois que estudos o relacionaram a diversas doenças. A
    composição química do Bisfenol-A é muito semelhante à do estrogênio. Assim, ele pode fazer o papel desse hormônio no organismo": comentário de Elaine Frade Costa, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo (SBEM-SP).

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  7. "A composição química do Bisfenol-A é muito semelhante à do estrogênio. Assim, ele pode fazer o papel desse hormônio no organismo. O perigo dessa similaridade com o estrógeno está ligado aos desequilíbrios no sistema endócrino, como puberdade precoce, câncer de mama e infertilidade.
    Apesar de as pesquisas pelo mundo só terem sido realizadas com animais (por enquanto, pelo menos) elas indicaram que o monômero foi o causador de males como diabetes, obesidade, alterações no comportamento e hiperatividade nos bichinhos. Então, até que se prove o contrário, existe a possibilidade de que o componente tenha o mesmo efeito em humanos": comentário de Elaine Frade Costa, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo (SBEM-SP).

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