A diretora da OPAS
da Organização Mundial da Saúde (OMS), Clarissa Etienne, apresentou
no Rio de Janeiro um panorama sobre a medicina tradicional ou ancestral dos
povos das Américas, hoje estudada em 75% das faculdades médicas nos Estados
Unidos: também conhecida como medicina alternativa ou complementar, na região
das três Américas, praticada tradicionalmente por povos indígenas ou oriundos
da África. Isso aconteceu durante a abertura do 1º Congresso Internacional
de Práticas Integrativas e Saúde Pública, um evento internacional aqui em
nosso país com o apoio da ONU.
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Clarrisa Etienne da OPAS e da OMS... |
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...busca formas de encarar desafios da saúde pública nas Américas |
“Países como a Bolívia, o Equador e o México prometeram na Constituição
respeitar e incluir essas tradições em seus sistemas nacionais de saúde”,
explicou Etienne: “Também Brasil, Chile, Cuba, Guatemala, Panamá, Peru
e Nicarágua promulgaram legislações, tentam desenvolver políticas nacionais
ou modelos de cuidados que reconhecem, protegem, promovem e clamam por
estudos sobre medicamentos tradicionais e outros sistemas de cura
frequentemente referidos como medicina complementar, alternativa ou
integrativa”. Ela se referiu também aos Pajés em práticas que sobrevivem em
cerca de 300 povos indígenas que (por enquanto) sobrevivem no Brasil.
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Pajés brasileiros da cultura indígena foram citados... |
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...assim como a medicina indígena nos Estados Unidos |
Segundo
especialistas e pesquisadores, os países e territórios das Américas estão
também ampliando sua compreensão sobre este potencial na área de saúde: “Cuba
reconheceu a medicina natural e tradicional como uma especialidade médica.
Nos Estados Unidos e no Canadá, médicos agora podem ser board-certified
- certificado que demonstra experiência em uma especialidade em medicina
integrativa. No Brasil, Chile, Colômbia, Bolívia, México, Nicarágua, Peru,
entre outros, o papel dos profissionais de saúde treinados em medicina
tradicional e complementar, ou setores emergentes dentro dessas áreas, estão
sendo reconhecidos ou pelo menos reconsiderados como parte das equipes de
saúde”, comunicou Clarissa Etienne, abrindo debate ontem neste congresso no Rio
de Janeiro.
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Etienne da OPAS tem sido apoiada pelo seu trabalho de revalorizar... |
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... práticas nativas de povos ancestrais das três Américas |
A diretora da OPAS lembrou ainda que a Declaração de Alma-Ata,
de 1978, já reconhecia a importância da medicina tradicional para a saúde e o
bem-estar das pessoas: “Nas Américas, expressamos nosso contínuo compromisso
com estes valores e princípios, assim como muitos pesquisadores e médicos, eu
estou convencida de que a saúde universal é a expressão de Alma-Ata no
século XXI”. Dentro deste evento e deste debate, foi lançada, junto ao Centro
Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (BIREME),
a Biblioteca Virtual de Saúde de Medicinas Tradicionais, Complementares e
Integrais das Américas: “Essa iniciativa é um manifesto do compromisso da
OPAS/OMS com os países”, comentou por sua vez, Diego González, diretor
deste Centro. A plataforma surge como uma forma de suprir a necessidade de
melhorar a disponibilidade e o acesso à informação científica e relevante em
relação ao tema. No ato, o Ministério da Saúde do Brasil anunciou a
incorporação de dez novas práticas integrativas e complementares ao Sistema
Único de Saúde (SUS): apiterapia, aromaterapia, bioenergética,
constelação familiar, cromoterapia, geoterapia, hipnoterapia, imposição de
mãos, ozonioterapia e terapia de florais. Atualmente, temos 29 práticas
integrativas e complementares sendo utilizada por médicos e terapeutas
brasileiros. Elas são milenares e provocam resultados efetivos, mesmo que
surpreendam muita gente ainda, tem eficiência comprovada em pesquisas
científicas. Uma forma também de se valorizar os povos nativos do Brasil e
das Américas.
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Até a imposição das mãos podem iniciar um processo de cura... |
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...há conteúdos místicos, espirituais e energéticos... |
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...nas alternativas tradicionais |
Fontes: www.onu.org.br
folhaverdenews.blogspot.com
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"Há 40 anos, os países membros da Organização Mundial da Saúde (OMS), reunidos em Alma-Ata, no Cazaquistão, definiram um conjunto de princípios para proteger e promover a saúde de todas as pessoas, enunciando a atenção primária à saúde como orientadora de um sistema de saúde integral": comentou e historiou a palestrante da OPAS e da OMS.
ResponderExcluirResumo - Desde a Declaração de Alma-Ata, os países das Américas vêm testemunhando progresso, crescimento econômico e melhoria de seus sistemas de saúde. Permanecem, contudo, muitos desafios por aqui na região das três Américas, entre eles, a pobreza e a desigualdade, as barreiras ao acesso à saúde e também modelos de atenção ineficientes, excesso de comercialismo na prática da saúde e preconceitos contra as curas alternativas e tradicionais.
ResponderExcluirSaúde universal é o tema deste ano do Dia Mundial da Saúde (agendado para o próximo 7 de abril de 2018) e significa que todas as pessoas, sobretudo as que estão em situação de vulnerabilidade — não importa onde estejam —, tenham acesso a cuidados de saúde efetivos e de qualidade e que sejam protegidas de dificuldades financeiras no momento em que necessitam de assistência. Tudo o que não acontece no SUS e na Saúde Pública em geral no Brasil, drama também de outros países da América Latina.
ResponderExcluir"Abrange o conceito de saúde universal toda a gama de serviços médicos, desde a promoção até prevenção, tratamento, reabilitação e cuidados paliativos, neste desafio gigantesco, importante que haja espaço para novas alternativas, algumas delas, novas mais antiguíssimas práticas medicinais dos povos nativos na Américas e em todo o planeta": comentário de Rafael Mendes, estudante de Medicina que esteve na abertura do 1º Congresso Internacional de Práticas Integrativas e Saúde Pública no Rio de Janeiro, ontem.
ResponderExcluirEm nova edição de comentários, depois, aqui, mais informações, você pode colocar neste espaço a sua opinião ou então enviar mensagem pro e-mail da redação deste blog navepad@netsite.com.br
ResponderExcluirVídeos, fotos, material de informação você pode enviar diretamente para o editor de conteúdo deste blog de ecologia e de cidadania, através do e-mail padinhafranca603@gmail.com
ResponderExcluir"O que precisamos ressaltar é que 75% das faculdades dos Estados Unidos têm estudado como especialidades as terapias alternativas dos povos tradicionais das Américas, o que já prova o seu valor": comentário também, na comunicação de Clarice Etienne (OPAS, OMS) na abertura do 1º Congresso Internacional de Práticas Integrativas e Saúde Pública no Rio de Janeiro.
ResponderExcluir"Impressionante este vídeo sobre a cultura Yawa, os Pajés indígenas de várias regiões e etnias são uma das maiores riquezas culturais do Brasil, podem ser a base duma nova ciência da natureza": comentário de Lúcia Pinter, bióloga e escritora de São Paulo.
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