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quarta-feira, 14 de março de 2018

EM CONGRESSO DE SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL E NO RIO DE JANEIRO OPAS E OMS RECONHECEM O VALOR DAS PRÁTICAS MEDICINAIS DOS POVOS NATIVOS


Práticas alternativas de medicina reconhecidas oficialmente foram o destaque do evento com a presença de Clarissa Etienne que é especialista mundial da ONU neste setor de grande importância também para avançar a saúde pública também por aqui no Brasil

Logomarca da OPAS e deste movimento de revalorização cultural

 
A diretora da OPAS da Organização Mundial da Saúde (OMS), Clarissa Etienne, apresentou no Rio de Janeiro um panorama sobre a medicina tradicional ou ancestral dos povos das Américas, hoje estudada em 75% das faculdades médicas nos Estados Unidos: também conhecida como medicina alternativa ou complementar, na região das três Américas, praticada tradicionalmente por povos indígenas ou oriundos da África. Isso aconteceu durante a abertura do 1º Congresso Internacional de Práticas Integrativas e Saúde Pública, um evento internacional aqui em nosso país com o apoio da ONU.  


Clarrisa Etienne da OPAS e da OMS...

...busca formas de encarar desafios da saúde pública nas Américas


“Países como a Bolívia, o Equador e o México prometeram na Constituição respeitar e incluir essas tradições em seus sistemas nacionais de saúde”, explicou Etienne: “Também  Brasil, Chile, Cuba, Guatemala, Panamá, Peru e Nicarágua promulgaram legislações, tentam desenvolver políticas nacionais ou modelos de cuidados que reconhecem, protegem, promovem e clamam por estudos sobre medicamentos tradicionais e outros sistemas de cura frequentemente referidos como medicina complementar, alternativa ou integrativa”. Ela se referiu também aos Pajés em práticas que sobrevivem em cerca de 300 povos indígenas que (por enquanto) sobrevivem no Brasil. 

 
Pajés brasileiros da cultura indígena foram citados...

...assim como a medicina indígena nos Estados Unidos


Segundo especialistas e pesquisadores, os países e territórios das Américas estão também ampliando sua compreensão sobre este potencial na área de saúde: “Cuba reconheceu a medicina natural e tradicional como uma especialidade médica. Nos Estados Unidos e no Canadá, médicos agora podem ser board-certified  - certificado que demonstra experiência em uma especialidade em medicina integrativa. No Brasil, Chile, Colômbia, Bolívia, México, Nicarágua, Peru, entre outros, o papel dos profissionais de saúde treinados em medicina tradicional e complementar, ou setores emergentes dentro dessas áreas, estão sendo reconhecidos ou pelo menos reconsiderados como parte das equipes de saúde”, comunicou Clarissa Etienne, abrindo debate ontem neste congresso no Rio de Janeiro.  

Etienne da OPAS tem sido apoiada pelo seu trabalho de revalorizar...

... práticas nativas de povos ancestrais das três Américas

A diretora da OPAS lembrou ainda que a Declaração de Alma-Ata, de 1978, já reconhecia a importância da medicina tradicional para a saúde e o bem-estar das pessoas: “Nas Américas, expressamos nosso contínuo compromisso com estes valores e princípios, assim como muitos pesquisadores e médicos, eu estou convencida de que a saúde universal é a expressão de Alma-Ata no século XXI”. Dentro deste evento e deste debate, foi lançada, junto ao Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (BIREME), a Biblioteca Virtual de Saúde de Medicinas Tradicionais, Complementares e Integrais das Américas: “Essa iniciativa é um manifesto do compromisso da OPAS/OMS com os países”, comentou por sua vez, Diego González, diretor deste Centro. A plataforma surge como uma forma de suprir a necessidade de melhorar a disponibilidade e o acesso à informação científica e relevante em relação ao tema. No ato, o Ministério da Saúde do Brasil anunciou a incorporação de dez novas práticas integrativas e complementares ao Sistema Único de Saúde (SUS): apiterapia, aromaterapia, bioenergética, constelação familiar, cromoterapia, geoterapia, hipnoterapia, imposição de mãos, ozonioterapia e terapia de florais. Atualmente, temos 29 práticas integrativas e complementares sendo utilizada por médicos e terapeutas brasileiros. Elas são milenares e provocam resultados efetivos, mesmo que surpreendam muita gente ainda, tem eficiência comprovada em pesquisas científicas. Uma forma também de se valorizar os povos nativos do Brasil e das Américas.  

 
Até a imposição das mãos podem iniciar um processo de cura...

...há conteúdos místicos, espirituais e energéticos...

...nas alternativas tradicionais




 Fontes: www.onu.org.br 
            folhaverdenews.blogspot.com


8 comentários:

  1. "Há 40 anos, os países membros da Organização Mundial da Saúde (OMS), reunidos em Alma-Ata, no Cazaquistão, definiram um conjunto de princípios para proteger e promover a saúde de todas as pessoas, enunciando a atenção primária à saúde como orientadora de um sistema de saúde integral": comentou e historiou a palestrante da OPAS e da OMS.

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  2. Resumo - Desde a Declaração de Alma-Ata, os países das Américas vêm testemunhando progresso, crescimento econômico e melhoria de seus sistemas de saúde. Permanecem, contudo, muitos desafios por aqui na região das três Américas, entre eles, a pobreza e a desigualdade, as barreiras ao acesso à saúde e também modelos de atenção ineficientes, excesso de comercialismo na prática da saúde e preconceitos contra as curas alternativas e tradicionais.


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  3. Saúde universal é o tema deste ano do Dia Mundial da Saúde (agendado para o próximo 7 de abril de 2018) e significa que todas as pessoas, sobretudo as que estão em situação de vulnerabilidade — não importa onde estejam —, tenham acesso a cuidados de saúde efetivos e de qualidade e que sejam protegidas de dificuldades financeiras no momento em que necessitam de assistência. Tudo o que não acontece no SUS e na Saúde Pública em geral no Brasil, drama também de outros países da América Latina.

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  4. "Abrange o conceito de saúde universal toda a gama de serviços médicos, desde a promoção até prevenção, tratamento, reabilitação e cuidados paliativos, neste desafio gigantesco, importante que haja espaço para novas alternativas, algumas delas, novas mais antiguíssimas práticas medicinais dos povos nativos na Américas e em todo o planeta": comentário de Rafael Mendes, estudante de Medicina que esteve na abertura do 1º Congresso Internacional de Práticas Integrativas e Saúde Pública no Rio de Janeiro, ontem.

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  7. "O que precisamos ressaltar é que 75% das faculdades dos Estados Unidos têm estudado como especialidades as terapias alternativas dos povos tradicionais das Américas, o que já prova o seu valor": comentário também, na comunicação de Clarice Etienne (OPAS, OMS) na abertura do 1º Congresso Internacional de Práticas Integrativas e Saúde Pública no Rio de Janeiro.

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  8. "Impressionante este vídeo sobre a cultura Yawa, os Pajés indígenas de várias regiões e etnias são uma das maiores riquezas culturais do Brasil, podem ser a base duma nova ciência da natureza": comentário de Lúcia Pinter, bióloga e escritora de São Paulo.

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